MARINA
Chego em casa, depois de ter feito o PLAYBOY de trouxa, ainda não contei pra ele que sou delegada. Somente a Flávia e meu pai sabem.
Eu percebi que ele ficou mexido, afinal estava sentada nele né, confesso que fiquei molhada também.
Mas não vou dar bola pra ele, mesmo que tenha sentido algo ao vê-lo outra vez. Preciso superar o Marcos, não sou mais uma garotinha, mesmo ele ainda me enxergando assim.
Não demora muito meu pai aparece.
MATADOR: Minha bonequinha, desculpe seu pai, dia foi difícil.
MARINA: Tranquilo pai, eu entendo. Mas gostaria de fazer um almoço com os tios e algumas pessoas. Quero comemorar por estar aqui pai.
MATADOR: Claro meu amor, o que você quiser. Pode ser para sábado, o que acha?
MARINA: Por mim está perfeito. Outra coisa pai, queria uma arma. Eu não quis trazer a minha para outro estado.
MATADOR: Só se eu ver do que é capaz filha, não posso te dar algo assim, sua mãe nunca me perdoaria.
MARINA: Não quero entrar pro crime pai, quero só me proteger. Sei que é foda o morro.
MATADOR: Tô sabendo, mas não é tão simples. Amanhã te levo no estande que temos, e você me mostra lá que sabe mesmo usar uma 38.
MARINA: Fechou.
MATADOR: Quer sair pra jantar?
MARINA: Pode ser, vou tomar um banho.
MATADOR: Sem shorts curtos Marina.
MARINA: Tá pai. Não mudou nada, mesmo eu sendo bem grandinha e dona do meu nariz.
MATADOR: Se não quiser que seu velho mate alguém hoje, vista-se como uma mocinha.
MARINA: Você me quebra pai. Assim vou ter que me mudar para um convento.
MATADOR: Relaxa, não é tão ruim ser freira.
Subo as escadas rindo, meu pai é hilário. Não mudou nada, parece que o tempo parou.
Tomo um banho bem demorado, me perfumo toda e faço uma maquiagem mais leve. Mesmo com o calor, eu uso uma calça cargo preta, e um cropped também preto, mostrando um pouco a barriga e algumas tatuagens, além de um tênis branco.
MATADOR: Não tem jeito, vai matar seu velho mesmo.
MARINA: Estou comportada.
MATADOR: Bora logo, chamei o Marcos e a Flávia.
MARINA: Tudo bem pai.
Descemos caminhando, por escolha minha, queria aproveitar mais o morro e a companhia do meu pai. A noite fica muito bonito a visão.
Chegamos no restaurante da tia Rosa, estava com saudades da sua comida. Logo avisto Flávia, com um short jeans e uma blusa vermelha, estava de tênis também, muito bonita. Já o Marcos, estava de blusa preta larga, e uma calça estilo taquetel ambos da nike, calçado com um tênis vermelho.
Eles entraram e o cheiro do Marcos invadiu o lugar, as putas logo olharam pra ele, com cara de safadas.
Vi uma se aproximar dele, com os peitos de fora, que raiva me deu de ver aquela cena ridícula. Ele ficou rindo para ela, e a Flávia continuou caminhando em direção a nossa mesa.
FLÁVIA: Oi tio. Oi amiga.
MATADOR: Oi princesa.
MARINA: Oi amiga. Quem é a piranha?
FLÁVIA: Aline amiga, ela é doida pra ficar com o meu irmão. Se já não conseguiu né.
MATADOR: Vamos deixar eles pra lá meninas, o que vocês querem comer?
MARINA: Carne de vaca.
Flávia começou a rir, pois sabia do que estava falando. Meu pai sem entender nada, fez o pedido por nós. Finalmente o infeliz se aproximou de nós.
PLAYBOY: Fala tio. Salve Marina.
MATADOR: Fala muleque, pegando a filha da Alessandra é?
PLAYBOY: Ela quer o pai aqui, o que posso fazer.
Ele diz dando uma piscadinha para mim, que ódio.
PLAYBOY: Fizeram o pedido?
MARINA: Acho que não vai gostar, não tem carne de piranha no cardápio.
Marcos começa a rir, juntos com meu pai e Flávia.
PLAYBOY: Porra, agora foi foda bebezinho.
MATADOR: Que caralho de bebezinho? Toma juízo PLAYBOY.
MARINA: Relaxa pai, ele está me provocando.
MATADOR: Olha olha vocês, minha filha não é puta em Marcos.
PLAYBOY: Relaxa tio, quero nada com Marina não.
Ele diz dando um sorrisinho de safado pra mim, me olhando fixamente. Ninguém reparou.
Uma mulher muito bonita deve ter no máximo 40 anos, nos serve e anota o pedido do traste do PLAYBOY.
SELENA: Boa noite, aqui estão os pedidos.
MATADOR: Boa noite Selena, obrigado.
Ela dá um sorrisinho sem graça e reparo que meu pai ficou um pouco mexido.
PLAYBOY: Selena, queria pedir um bifão com batata, salada, arroz e feijão. E traz a coca.
SELENA: Pode deixar, com licença.
FLÁVIA: Toda Seleninha.
Ela sorri para Flávia, e se retira.
Ficamos conversando algumas novidades do morro, rindo em família. Reparei que o PLAYBOY ficou me olhando, sempre que eu estava rindo, safado, estava com a oferecida quando chegou aqui e agora fica me dando moral.
Todos já haviam jantado, e eu e Flávia queríamos passar no açaí.
MARINA: Pai vem conosco?
MATADOR: Vou nada filha, nem gosto dessa porra. PLAYBOY cuida delas, leva Marina pra casa depois.
PLAYBOY: Babá dessas duas de novo? Porra tio, empata foda.
MATADOR: Tô pouco me fudendo pra quem tu mete esse pau, só cuida delas. To indo nessa. Tchau filha.
MARINA: Tchau pai, não se preocupe conosco. Vamos Flávia.
Saímos na frente, mas vi meu pai lançar um olhar pro PLAYBOY, que logo nos seguiu.
PLAYBOY: Espera vocês duas.
A Flavia parou mas eu continuei andando na frente. Mas logo senti uma mão me puxar e bati contra um tronco de árvore só pode. O cheiro da mísera ficou nas minhas narinas.
Ele abaixou a cabeça para me olhar, ficamos bem próximos.
PLAYBOY: Tá surda porra!? Não sai na frente assim.
Ele desce o olhar para meus lábios, e eu involuntariamente eu mordo os meus lábios.
PLAYBOY: Não faz isso pequena…
Saiu como sussurro, fomos separados pela Flávia.
FLÁVIA: Casal, o açaí. Bora?
MARINA: Tem casal aqui não Flávia.
PLAYBOY: Isso mesmo, só tem essa teimosa.
FLÁVIA: Melhor ainda. Então se desgrudem. Vamos.
Percebemos que estávamos colados, nos afastamos rapidamente.
O PLAYBOY depois disso ficou mais afastado. Eu sinto algo estranho entre nós, não sei explicar. Mas confesso que é boa a sensação.
Pedimos nossos açaís e vieram caprichados.
Saímos de lá, e viemos eu e Flávia andando. O PLAYBOY pediu para esperarmos, ele foi falar com uns caras. Sentamos na praça e logo veio dois homens e se aproximaram de nós.
PH: Oi Flávia. Quem é sua amiga?
Percebi que Flávia ficou sem graça, o homem é bonito, aparenta ter um pouco mais dos vinte anos, cabelo curtinho preto, olhos castanhos claros, bem musculoso e tatuado.
FLÁVIA: Oi PH, essa é a Marina. Ela é filha do MATADOR.
PH: Não brinca com isso, muito linda. Satisfação sou PH e esse aqui é o DG.
DG: Satisfação meninas.
O tal do DG diz com um sorriso safado pro meu lado. Eu não achei ele muito meu estilo, loiro de olhos azuis, um pouco musculoso também. Acho que por aqui investem no físico.
MARINA: Satisfação.
PH fica de olho na Flávia, até o PLAYBOY aparecer. O outro senta do meu lado e passa o braço pelo meu ombro.
PH: Sai fora mano, ela é filha do dono.
DG: Tô ligado, mas ela não se importa né gatinha?
MARINA: Bom eu…
Antes que eu responda o PLAYBOY me corta.
PLAYBOY: Ela se importa sim, se você quer continuar com esse braço, sugiro que tire ele de cima dela.
DG: Relaxa PLAYBOY, não sabia que era sua mina.
PLAYBOY: Fica longe da MARINA. Isso foi o único aviso que vou te dar, se encostar nela denovo, vai perder é a cabeça para largar de ser otário.
PH: Calma ae PLAYBOY. Bora DG, para de arrumar confusão.
PLAYBOY: Escolha melhor sua amizade PH, você é um mano firmeza.
PH: Falo ae PLAYBOY. Tchau Flavia, tchau Marina.
FLÁVIA: Tchau PH.
MARINA: Até mais PH.
DG Se afastou olhando para mim com um sorriso de deboche, o PLAYBOY estava encarando ele.
PLAYBOY: Não posso ficar longe um minuto, que pau no cu monta em cima. Vamo bora.
FLÁVIA: Quem manda a Marina ser gata pra caramba, e carne nova né.
PLAYBOY: Tá delirando Flávia, acha que não vi o jeito que o PH te olha? Fica de olho em, vou te passar a visão, nada de se engraçar com bandido.
FLÁVIA: Mas você é bandido e quer a Marina. Por que eu não posso?
Nessa hora não sabia aonde enfiar a cara, Flávia me paga.
PLAYBOY: Tá fumando escondido oh peste? Para de neura nas minhas ideia, bora que não tô com paciência pra duas crianças no meu pé.
MARINA: Criança uma porra, me respeita PLAYBOY.
PLAYBOY: Marcos Marina, caralho não me chama de PLAYBOY quando estamos só nós, é estranho.
MARINA: Mas seu vulgo não é esse?
PLAYBOY: Mas não gosto que me chame assim.
MARINA: Por que posso saber?
PLAYBOY: Por que a gente se conhece né, e chega desse papo.
Subimos o morro, e o PLAYBOY deixou a Flávia em casa, e foi me levar.
PLAYBOY: Tu ta mó Linda mesmo. Flávia tem razão.
MARINA: Que isso agora? Deu pra me elogiar?
PLAYBOY: Tu judia do pai aqui né? Quem desdém quer comprar.
MARINA: Nem de graça.
PLAYBOY: Sabe que se o pai desse mole, tu estava na minha rede faz tempo.
MARINA: Fumou maconha estragada? Acho melhor tu ir nas suas ideias pra casa. Daqui eu me viro.
PLAYBOY: Relaxa pequena, eu finjo que não te afeto. E você finge que não percebe meu interesse em você.
MARINA: Tá doidão só pode, papo errado esse. Ainda bem que chegamos.
PLAYBOY: Tchau pequena. Sonha comigo, vou fazer o mesmo com você.
Ele dá uma piscadinha e sai, vê se pode uma coisa dessa.
Entrei em casa rindo.
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Atualizado até capítulo 26
Comments
Sayury Hiroshima Mysaki 🧚🐾
kkkk pior que quando eu falo com ele kkkk eu fico toda bombinha rindo pro cllr kkkkk 🤣🤭
2025-01-11
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