Duas Coroas
O vento frio do outono soprava as folhas cor de cobre, as casas fechadas e as ruas desertas, exibiam um semblante sombrio e suntuoso no reino de Arkanis, era como se anuncia-se algo, no castelo beira mar, apenas os guardas se dispunham, firmes resolutos, régios como verdadeiros guardas deveriam ser, ali apenas uma janela estava aberta onde apenas o vento sibilava suas melodias tristes que eram interrompidas pelos gritos de uma mulher. O quarto suntuoso possuía roupas de cama de seda, uma cama firme de mogno desenhado timbre real, ali mesmo no pé da cama um velho senhor, com vestes clericais, rezava fervorosamente, como se a vida da mulher estivesse em suas mãos, as empregadas e a parteira trabalhavam com retidão na esperança de fazer o seu melhor, as horas passavam e a lamuria da mulher se intensificava, quando a lua já estava a pino, a criança finalmente vem ao mundo, e sua mãe desmaiava de tamanho esforço.
O padre olhando para a situação, rezou mais uma vez, pegando com firmeza a cruz sagrada que ele tanto carregava, a bela criança disposta no colo de sua mãe tinha os olhos abertos, duas jóias cor azul celeste, seus cabelos dourados como os campos de trigo, ao olhar aquilo o velho senhor, ajoelhou-se e a empregada vosiferou-se:
- Padre Carlos, pelo amor da deusa samas que está fazendo.O velho com lágrimas sobre os olhos apenas apontou para tapeçaria que estava sobre a cabeceira da cama real, ali estava a imagem de uma mulher que com sua mão esquerda estava um sol e a sua mão direita uma espada em chamas, ela era acompanhada por duas fileiras de anjos armados.
A empregada olhou a tapeçaria descendo seus olhos percebeu que a criança com sua mão esquerda apontava e sorria enquanto a mão direita estendida para baixo parecia carregar algo, uma imagem que arrebatou a mulher, tomando ao chão igualmente o clérigo.
Muito longe dali, um cavaleiro, vestido com sua armadura reluzente, e correndo ferozmente sobre estrada principal da cidade e ao encontro do Castelo sua marcha feroz era o único som que era ouvido a quilômetros de distância, ainda assim nenhum morador usava abrir as janelas e olhar entre as frestas da porta, ao chegar sobre o portão os guardas que montavam a patrulha apenas deixaram que o ginete misterioso passasse pelo portão principal, ele parou o cavalo com tamanha força que eu mesmo relinchou em protesto, o vigoroso homem cruzou o pátio, e até mesmo os guardas que ali estavam baixavam suas cabeças e não interrompiam sua marcha, cruzando o salão real apenas o som do vento que fazia as flâmulas dançarem, e tal som que competia com o tilintar de sua armadura, passos pesados firmes subiam a escada de mármore cruzando os salões, o guerreiro olhava para os quadros dos Reis anteriores, por um momento parou e olhando para baixo, e ficou, não muito, apenas alguns segundos, como se quisesse recuperar o fôlego sua respiração pesada, seu coração ofegante, tomou o passo para si e continuou, e então cruzou as portas de carvalho escuro entalhadas e decoradas com arabescos de metal, ali dois guardas o cumprimentaram, eles estavam felizes, mas o homem, o ignorou, ele cruzou uma segunda sala e abriu a porta, estava no quarto da mulher que agora repousava enquanto o padre ninava a criança.
O cavaleiro se desvencilhou de seu Elmo demonstrando quem era, era o rei que voltava de uma guerra nas fronteiras do reino, Carlos olhava para ele com eloquência, e disse tranquilo:
—Meu rei, aqui está o símbolo da paz, não precisaremos mas guerrear, é uma menina. o clérigo mostra a criança que agora dorme tranquila sobre seus braços. mas o rei a olha com desaprovação olha para o padre e disso num tom de zombaria:
— eu preciso de um homem, de um rei, meus exércitos caem como folhas secas diante das tropas inimigas, tu está louco está insano. o rei anda de um lado para o outro enquanto solta escárnio ao monge, que apenas observa sem demonstrar nenhuma reprovação.
O monge então avança próximo do rei, olha para sua armadura reluzente tingida com manchas avermelhadas, que era com certeza sangue das suas batalhas, olhando para os olhos do seu monarca como se tentasse desesperadamente o conforta-lo, ele diz tocando o seu ombro:
— O meu senhor, a sua filha é um sinal da nosso a deusa, sei que queria um menino, mas não devemos questionar os decretos divinos.
O rei pega filha sobre os braços e olha com ternura para criança, e é como se o olhar duro do homem fosse preenchido pela leveza do bebé estar sob os seus braços, com um movimento rápido o rei golpeia o padre e abraçando sobre o seu ouvido ele sussurra:
— Sabe o homem, saiba que o grande rei elfo Ademar ele não vai ter Piedade desta criança, pelo respeito e pela fé na deusa samas eu o rei velho do reino de Arkanis vou perdoar a sua intransigência e criá-la, quanto a tu quero-lhe destituir do horror que será nos anos que assim seguirão, diga só a deusa que fiz pelo amor que sinto por ela.
O homem empurra o padre contra o chão que cai mortalmente ferido depois entrega criança para empregada que horrorizada mal consegue falar o rei olha para sua esposa na cama, sendo cuidada pelas outras serviçais ele olha e rapidamente é respondido confirmando que a sua esposa está viva.
Da mesma maneira o rei sai esse é o quarto passo a passo ele anda, quase sem rumo, até que aparece frente ao trono de pedra Branca polida ali tanto à esquerda quanto à direita flâmulas da cor vermelha com detalhes feitos de fios de ouro e ao centro leão de preto armado com espadas o símbolo máximo da casa real do reino, ele se senta como se pesasse o peso do mundo e vagarosamente começa a soltar as fivelas da sua armadura os guardas não demonstram nenhum sinal, apenas estão ali, o vigiando, um homem pela esquerda avança, só as vestes eram simples, mas ainda assim nobres com uma capa Negra como a noite e com joias prateada cor das estrelas, o seu rosto aparentava, mas idade ainda sim dos seus cabelos negros e pele clara, seu anel com o timbre real, confirmava que ele era apenas um serviçal do rei.
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Atualizado até capítulo 37
Comments
⚕️⚛️ Larie☯️⚕️
a sua história está incrível o jeito que você conta faz entender
2023-10-02
3
rafael rodrigues
seja bem vinda a Arkanis, muito obrigado pelo voto de confiança, vou fazer o possível para que seja uma experiência única.
2023-10-02
1
Rsturbuk
comecei hoje mais sei que vou gostar/Heart/
2023-10-02
1