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Duas Coroas

A casa do leão Dourado

O vento frio do outono soprava as folhas cor de cobre, as casas fechadas e as ruas desertas, exibiam um semblante sombrio e suntuoso no reino de Arkanis, era como se anuncia-se algo, no castelo beira mar, apenas os guardas se dispunham, firmes resolutos, régios como verdadeiros guardas deveriam ser, ali apenas uma janela estava aberta onde apenas o vento sibilava suas melodias tristes que eram interrompidas pelos gritos de uma mulher. O quarto suntuoso possuía roupas de cama de seda, uma cama firme de mogno desenhado timbre real, ali mesmo no pé da cama um velho senhor, com vestes clericais, rezava fervorosamente, como se a vida da mulher estivesse em suas mãos, as empregadas e a parteira trabalhavam com retidão na esperança de fazer o seu melhor, as horas passavam e a lamuria da mulher se intensificava, quando a lua já estava a pino, a criança finalmente vem ao mundo, e sua mãe desmaiava de tamanho esforço.

O padre olhando para a situação, rezou mais uma vez, pegando com firmeza a cruz sagrada que ele tanto carregava, a bela criança disposta no colo de sua mãe tinha os olhos abertos, duas jóias cor azul celeste, seus cabelos dourados como os campos de trigo, ao olhar aquilo o velho senhor, ajoelhou-se e a empregada vosiferou-se:

- Padre Carlos, pelo amor da deusa samas que está fazendo.O velho com lágrimas sobre os olhos apenas apontou para tapeçaria que estava sobre a cabeceira da cama real, ali estava a imagem de uma mulher que com sua mão esquerda estava um sol e a sua mão direita uma espada em chamas, ela era acompanhada por duas fileiras de anjos armados.

A empregada olhou a tapeçaria descendo seus olhos percebeu que a criança com sua mão esquerda apontava e sorria enquanto a mão direita estendida para baixo parecia carregar algo, uma imagem que arrebatou a mulher, tomando ao chão igualmente o clérigo.

Muito longe dali, um cavaleiro, vestido com sua armadura reluzente, e correndo ferozmente sobre estrada principal da cidade e ao encontro do Castelo sua marcha feroz era o único som que era ouvido a quilômetros de distância, ainda assim nenhum morador usava abrir as janelas e olhar entre as frestas da porta, ao chegar sobre o portão os guardas que montavam a patrulha apenas deixaram que o ginete misterioso passasse pelo portão principal, ele parou o cavalo com tamanha força que eu mesmo relinchou em protesto, o vigoroso homem cruzou o pátio, e até mesmo os guardas que ali estavam baixavam suas cabeças e não interrompiam sua marcha, cruzando o salão real apenas o som do vento que fazia as flâmulas dançarem, e tal som que competia com o tilintar de sua armadura, passos pesados firmes subiam a escada de mármore cruzando os salões, o guerreiro olhava para os quadros dos Reis anteriores, por um momento parou e olhando para baixo, e ficou, não muito, apenas alguns segundos, como se quisesse recuperar o fôlego sua respiração pesada, seu coração ofegante, tomou o passo para si e continuou, e então cruzou as portas de carvalho escuro entalhadas e decoradas com arabescos de metal, ali dois guardas o cumprimentaram, eles estavam felizes, mas o homem, o ignorou, ele cruzou uma segunda sala e abriu a porta, estava no quarto da mulher que agora repousava enquanto o padre ninava a criança.

O cavaleiro se desvencilhou de seu Elmo demonstrando quem era, era o rei que voltava de uma guerra nas fronteiras do reino, Carlos olhava para ele com eloquência, e disse tranquilo:

—Meu rei, aqui está o símbolo da paz, não precisaremos mas guerrear, é uma menina. o clérigo mostra a criança que agora dorme tranquila sobre seus braços. mas o rei a olha com desaprovação olha para o padre e disso num tom de zombaria:

— eu preciso de um homem, de um rei, meus exércitos caem como folhas secas diante das tropas inimigas, tu está louco está insano. o rei anda de um lado para o outro enquanto solta escárnio ao monge, que apenas observa sem demonstrar nenhuma reprovação.

O monge então avança próximo do rei, olha para sua armadura reluzente tingida com manchas avermelhadas, que era com certeza sangue das suas batalhas, olhando para os olhos do seu monarca como se tentasse desesperadamente o conforta-lo, ele diz tocando o seu ombro:

— O meu senhor, a sua filha é um sinal da nosso a deusa, sei que queria um menino, mas não devemos questionar os decretos divinos.

O rei pega filha sobre os braços e olha com ternura para criança, e é como se o olhar duro do homem fosse preenchido pela leveza do bebé estar sob os seus braços, com um movimento rápido o rei golpeia o padre e abraçando sobre o seu ouvido ele sussurra:

— Sabe o homem, saiba que o grande rei elfo Ademar ele não vai ter Piedade desta criança, pelo respeito e pela fé na deusa samas eu o rei velho do reino de Arkanis vou perdoar a sua intransigência e criá-la, quanto a tu quero-lhe destituir do horror que será nos anos que assim seguirão, diga só a deusa que fiz pelo amor que sinto por ela.

O homem empurra o padre contra o chão que cai mortalmente ferido depois entrega criança para empregada que horrorizada mal consegue falar o rei olha para sua esposa na cama, sendo cuidada pelas outras serviçais ele olha e rapidamente é respondido confirmando que a sua esposa está viva.

Da mesma maneira o rei sai esse é o quarto passo a passo ele anda, quase sem rumo, até que aparece frente ao trono de pedra Branca polida ali tanto à esquerda quanto à direita flâmulas da cor vermelha com detalhes feitos de fios de ouro e ao centro leão de preto armado com espadas o símbolo máximo da casa real do reino, ele se senta como se pesasse o peso do mundo e vagarosamente começa a soltar as fivelas da sua armadura os guardas não demonstram nenhum sinal, apenas estão ali, o vigiando, um homem pela esquerda avança, só as vestes eram simples, mas ainda assim nobres com uma capa Negra como a noite e com joias prateada cor das estrelas, o seu rosto aparentava, mas idade ainda sim dos seus cabelos negros e pele clara, seu anel com o timbre real, confirmava que ele era apenas um serviçal do rei.

Um corvo e um lobo

Os três primeiros dias após o nascimento 10 dedos do trono de Arkanis foram de festas e reconciliação com o reino. Vários nobres de todas as partes do reino vieram para dar as boas-vindas, o palácio cheio também de bajuladores, que espreitavam como serpentes e como gralhas falavam palavras doces e perigosas, em uma dessas festas o rei caminhava pelo jardim, ele andou vagarosamente com um olhar perdido avançando até o mirante no pátio, atrás do beiral o mar, era de noite não havia nenhuma estrela, a lua com os seus reflexos prateados refletia no mar e o seu reflexo trepidou com a maré calma e tranquila como nunca foram à vida, ali o porto iluminado com as tochas e lamparinas, o vento gerido de outono hora parecia ocasionalmente trazendo frescor do mar.

O rei estava ali, mas não gozava do vislumbre nem do ambiente que aqui estava a sua mente vagava pelas memórias do campo de batalha, na sua mente ele repetia continuamente como obsessão, tentava e tentava desesperadamente tentar vencer mentalmente o rei elfo, ainda assim não conseguia, era como se a batalha fora seu jogo e as formações eram as peças num tabuleiro em que ele não dispunha de Vitória, por mais que o seu esforço, por mais que trocasse as formações ele caia, o governante elfo Auges V, era versado tanto nas artes de esgrima quanto nas artes místicas da magia, e tais artes, Albert jamais se curvaria, pois, a magia havia sido considerada um tabu desde a fundação do reino.

Quanto mais o rei Albert pensava, mas frustrado irritado ele ficava ao ponto que o seu rosto mudou a sua expressão ficar em insana, tomada e dominada pelo sentimento de ira, ali mesmo ele desembainhou a sua espada e num surto desferiu o destro golpe, atingindo fatalmente uma estátua que ali estava o golpe foi tão preciso que decapitou, com tamanha precisão que é a cabeça ficava apoiada no restante da obra de arte.

Os soldados que ali se dispunham para proteger o castelo, respiravam fundo e engoliram seco, desviando o olhar do monarca, e continuando a sua função. Depois do ocorrido Albert retornou com o mesmo rosto vazio e inexpressivo, retomando para festa e sendo abordado no beiral da porta pelo seu conselheiro.

O seu conselheiro que até então era um comerciante humilde e simples e ganharam o título após o seu longo relacionamento com o pai de Albert não dispunha de roupas luxuosas nem de joias lustrosas, mais as suas palavras eram cheias de audácia e sabedoria algo que o próprio rei sabia que precisava, pois numa vida Nobre ter pessoas de oratória era um trunfo que podia resolver problemas maiores. Gentil senhor de cabelos negros avançou e disse para o senhor:

—O meu rei os convidados estão no seu aguardo, sei que os tempos são difíceis, mas creio que se esforçar um pouco nos assuntos reais talvez arrume uma solução para seu dilema. o rei retoma consciência e olha para o servo respondendo:

— Felipe, por mais que pense, por mais que tente não consigo, auges quer tomar nosso reino, ele brinca comigo com um gato brinca com rato, estou saturado ou melhor me sinto farto deste joguete na qual ele me pôs. O rei baixa a cabeça inconsolável.

Ele ergue a sua cabeça novamente e diz a seu criado forçando a sua voz embargada e copiosamente chorosa:

— como posso banquetear? Sabendo que cedo ou tarde o reino será atacado? Felipe ergue o braço e num gesto singelo de carinho toca o ombro esquerdo do rei que por ser mais alto levemente se abaixa, ficando frente a frente com um homem, e Felipe responde ao rei chegando mais próximo:

— sabe Albert, deixe isso comigo darei tempo para que recompõe o exército treine homens, até lá farei alguns contatos. Felipe beija o rei que o corresponde, ali íntimo por alguns minutos.

Depois ambos se recompõem, mantém as suas posturas titulares e adentram ao salão como se nada daquela conversa existisse, nobres dançavam, bebiam e conversavam no salão real o rei agora saltar ao trono ao lado da sua esposa, que acalentava a sua criança no seu colo, vendo aquilo monarca Albert lançou um olhar feroz para sua esposa que se levantou a prestar-lhe reverência e para as pessoas próximas do trono junto a criança nos seus braços andou para fora do salão rumo aos corredores, ali subiu as escadas principais para um local mais reservado tomou o corredor da torre Leste do Castelo, subiu as suas escadas até um quarto, e ali das suas roupas tirou uma chave, tal chave cor de bronze com um símbolo de uma estrela, forçou a porta de Carvalho simples e um quarto que não existia a cama nem janela, iluminado apenas por uma lamparina, ela deixou a criança num berço de palha, tratou de procurar algumas coisas no armário, o armário tinha vidros e vidros com substâncias e cores distintas ela pegou um frasco e começou a derramar no chão, o frasco continha um pó e ela desenhava sobre o chão de pedra da construção um círculo, tal círculo se formava símbolos arcanos místicos estrelas e luas crescentes letras místicas e marcas cujo conhecimento só poderia ser descrito como mágico depois rainha tomou algumas velas em na suao esquerda em cada uma das pontas da mandala mágica. o que pouco se sabia é que a rainha era uma maga extremamente forte vinda de um reino próximo, apesar de doce e Gentil ela sabia que não seria perdoada por ter tamanho conhecimento, pois o reino não aprovaria sua relação com a magia, ela conferiu a porta então disse:

— Pelos poderes do ar, o duque confronta as montanhas, selo as entradas do destino, tranço agora com mentiras as névoas que ocultam a presença. Ao clamar o seu encantamento a porta desaparece numa névoa, ela então acende as velas apontando-as com o dedo, e coloca a criança no centro do ritual ali o bebê dormia e não fora incomodada pelo chão frio do quarto. A sua mãe pega um livro folheia procurando algo e depois com uma voz firme e decidida começa a declamar os seus feitiços:

— Comando o maremoto e o vento chama o calor e as brasas da fornalha, clamam ao aço e o metal, que a pele seja coberta dos pés à cabeça com o decreto do céu e da terra, armas não me prendem e encantos não me desviam. A criança é tomada por uma aura luminosa cor verde, nada parece tirar da sua tranquilidade o seu sono, a maga rainha então continua os seus encantamentos:

— Coração de ferro forjado no topo dos cumes, incorruptível aos olhos dos tolos, serpentes e cobras tentaram tomar a minha mente, evoca o dom concedido a mim pelos sábios e profetas mal nenhum me desviará assim sempre será.

Agora uma aura que tom azul-escuro tomava a criança e enfim o ritual finalizada com as velas sendo apagadas por uma brisa, a mulher não acreditava, estava estupefacta com o ocorrido, era como se o ritual tivesse sido interrompido. E então a porta que antes estava desaparecida se abre ali o rei furioso como nunca olhava para a esposa, os guardas o acompanhavam e cercavam o local.

Ele avançou até o salão, tomou-lhe o livro e disse:

— Traição, maldito sou eu por ter uma esposa bruxa, sabe que neste reino magia é proibida e secretamente a prática debaixo dos meus olhos? Não perdoarei, e matarei agora a sua cria infernal. O rei-cavaleiro saca a sua espada, ele avança sob o bebê, mas no movimento rápido a mãe rainha usa o seu corpo como escudo, recebendo o golpe fatal cai desfalecida ao lado da criança.

O rei olha como desgosto para o corpo agora sem vida da sua esposa, e os guardas resolutos formando um círculo perfeito ao redor do círculo mágico, parados e estáticos aguardam o comando do seu senhor, assim o rei Albert esquerdo como um comando para seus soldados e diz num discurso feroz:

— Guardas eu desejo que vocês destruam tudo que estiver nessa sala, levem tudo que for de valor, e não contem a ninguém o que viram aqui.

O rei aponta a sua lâmina feroz para criança ergue acima da cabeça a espada e desfere impiedosamente, mas por obra do destino ou pelos encantos da maga sua espada nem chega a tocar na pele da criança ao invés disso a lâmina se liquefaz derretida como um rio vermelho incandescente cai, o rei olha para os olhos da criança que fitam agora o cavaleiro e por mais que ele desejasse só a morte era impossível tentar contra ela, por mais que ele quisesse atacá-la, era como se os seus músculos estivesse entorpecido diante da presença da criança.

Albert olhou de um lado a outro no salão redondo, olhando em cada rosto de cada soldado que Alice dispunha, e como era de se esperar soldados responderam o olhar para o rei e confirmaram as suas suspeitas, um deles apenas com gesto da sua cabeça confirmou ao rei Albert que nada sairia nenhuma palavra seria dita sobre o que aconteceu. Albert pegou a criança no colo e saiu da torre.

Depois do ocorrido Albert levou a criança para o quarto, ele entregou nos braços de uma empregada e disse:

— Você ficará encarregada de cuidar desta criança, se caso notar qualquer coisa... e eu vou repetir mais uma vez, se você notar qualquer coisa inexplicável, tem todo direito imposto por mim para dar um fim a ela. Albert entrega-lhe uma adaga, na qual a serviçal olha aterrorizada para o rei, ela responde quase sussurrando para o homem:

— O meu rei aconteceu algo? Eu olho-te e não vejo mais. A serviçal olha nos olhos do rei e ele responde tocando no seu rosto. Respondendo à mulher e pedindo para que os outros empregados saíssem do recinto:

— Acredito que você vai me servir melhor do que imaginava. ele remove sua camisa e pede para que a empregada coloque a criança no berço.

O sábio e a bebê

O banquete regado de muita dança, de muitas músicas, mas o rei sentado sobre o trono estava pensativo e completamente ausente, ainda pensará na traição da sua esposa, como digerir tudo aquilo, o que fizeram com a sua primogénita, eram tantas perguntas que desviavam o foco do monarca.

A sua comparsa nessa trama com certeza ganhara alguns pontos com o rei a serviçal de nome Lúcia foi bastante producente, e bastante descritiva. Foi então que Albert decidiu falar com o seu conselheiro, ergueu do trono e cruzou o salão, o seu conselheiro estava tratando de alguns assuntos mercantis, com nobres locais, não notou quando Albert o abordou, o rei solenemente diz a Felipe:

— Conselheiro gostaria de conversar contigo, perdoe-me senhores, tenho assuntos a tratar que requerem a delicadeza do meu conselheiro. Albert toca o ombro do seu amigo Felipe e gentilmente tira da conversa, recebendo dos comerciantes uma reverência, ao sair do local Felipe protesta franzindo a testa e diz ao rei:

— O meu rei, espero que seja sério o assunto que queira tratar comigo, pois eu estava a negociar, e tenho boas notícias...Mas o rei o interrompeu, ele retrucou o homem:

— Conselheiro Felipe, temos que a nossa rainha, está morta, eu apaguei, praticando magia, também temos pela vida da minha filha amaldiçoada por seus encantos. Felipe nesse momento olha para o rei, sorrir apenas sorrir, fazendo com que o rei Albert fique completamente confuso e irritado, Albert segura Felipe aos braços e pressiona ele contra a parede de pedra, olha para os lados como se quisesse esconder o que iria fazer, e o retruca:

— Felipe, seu louco, você enlouqueceu, o meu Reino está em frangalhos, não é possível que você não perceba isso. Albert olha fixamente para Felipe e o mesmo responde com uma voz delicada, tranquila e serena:

— Calma lorde Albert, ou melhor, imperador Albert eu tenho uma resposta para as suas dores, venha comigo, vou explicar melhor, mas não aqui, vamos para o mirante.

Felipe conduz o rei que agora está perplexo, o segue confuso, os dois caminham vagarosamente até o mirante que recebe outrora a fúria do grande rei sobre uma estátua.

O sol começa a surgir atrás do castelo e a lua está quase no limiar do Horizonte, os guardas sairam, pois o turno da noite havia sido encerrado, então misterioso serviçal fica de costas para beirada de pedra Branca do Castelo olha para os olhos do rei, depois olha para o forte cuja pedras agora atingidas pelo raiar de um novo dia, e as bandeiras tremulam com frescor da brisa marítima então das suas vestes negras ele tira um pergaminho e disso:

— O meu rei, o que tenho nas minhas mãos, é nada mais do que a informação mais importante para o ocorrido, tu deves se casar novamente, mas não agora, deixe comigo, iremos firmar um acordo comercial com o reino rebelde de Ária.

O reino rebelde de Ária, era, na verdade um ducado, do grande rei elfo Edrick, há séculos atrás o ducado decidiu se separar do reino principal, furioso Edrick lançou uma maldição nos elfos rebeldes e decidiu por um fim na sua teimosa e ousadia manobra, removendo toda a magia dos elfos. Mas os elfos rebeldes desenvolveram uma ciência única, alquimia, misturando determinados componentes minerais e orgânicos retirados de criaturas mágicas ou não, esses compostos simularam magias, técnicas arcanas e venenos poderosíssimos, o reino ainda está em guerra, mas com certeza uma aliança entre reinos talvez resolvesse o problema. Após pensar um tempo, o rei respondeu ao seu fiel conselheiro:

— Brilhante sem dúvida você é brilhante, porém a sua estratégia tem uma falha, e tal falha é inaceitável, pois, quer que eu enfrente dois Reis elfos em simultâneo? Felipe deu de ombros fazendo uma negativa com a cabeça e respondeu à pergunta do rei:

— Não o meu rei de maneira alguma faria algo tão estúpido, porém os meus contatos na companhia mercantil disseram-me algo intrigante…

— Eles contaram-me que os reis elfos disputam quem vai sentar sob o conselho élfico dos 6 reis, tu sabes, oh meu nobre senhor que os reis elfos se juntam num conselho, para tratar de leis e reunir forças contra os seus inimigos.

 O reino élfico diferente dos reinos humanos possui uma forçada aliança entre eles, tal aliança é a aliança dos reinos élficos, um conselho de Reis, tais monarcas obrigatoriamente precisam obedecer ao chamado, mas com uma nova nação élfica surgindo, isso pode pôr em cheque a sua aliança, ainda assim seria uma aposta arriscada, pois poderia colocar os seis monarcas contra a coroa de Arkanis. o rei o advertiu:

— Tu ainda não me explicas, como eu irei parar os monarcas élficos me casando com esta pretendente que você me empurra?

O rei aperta o beiral de pedra do Mirante, neste momento conselheiro Felipe dá um abraço pelas costas e diz ao seu ouvido um sussurro tal qual uma serpente sibila diante da presa:

— Como disse, o meu rei deixe comigo eu irei implantar o medo e o terror no coração dos elfos já tenho tudo bem-planejado e até lá diga que a sua esposa devido ao parto está em tratamento, quanto à criança não temos como remover as suas maldições, mas temos como cuidar dela, ela não será sua herdeira real, teremos que achar outra criança.

Felipe ainda abraçado ao rei diz-lhe e o rei nada faz como se estivesse hipnotizado, tomado pelo sentimento:

— Antes que você confirme, eu já sei que teve um caso com a empregada do seu quarto, ela será perfeita para ter um menino, infelizmente mesmo que tenha uma criança com a pretendente elfa, ela não seria aceita pelos outros nobres do nosso glorioso reino.

O rei estava estupefato com astúcia e engenhosidade do seu conselheiro, Felipe ou solta faz uma reverência para o rei que se vira para frente ao Castelo, os guardas chegam para sua patrulha como se tudo fosse orquestrado, Albert agora regressa a seus aposentos, ciente que deve manter a descrição e continuar com o plano do seu comparsa e amante.

Distante dali nos aposentos reais a empregada cuida zelosamente da criança, apesar de deitar-se com o próprio rei ela está ciente que a saúde e segurança da criança devem ser preservados, afinal a sua posição agora estava em destaque diante do ardil de ambos, ela sabia que deveria manter-se em silêncio. A pequena Leona dormia, e a empregada termina de limpar o quarto, ao sair o rei aborda dizendo:

— Você a partir desse momento vai ficar próxima de mim, creio que posso-te dar muito mais daquilo que você já recebe como uma simples empregada, já falei com a empregada chefe, não quero mais ninguém cuidando dos meus aposentos, caso tenhamos um filho quero que ele seja herdeiro do meu trono.

 Ele segura o braço da empregada e a adverte:

— Não quero que conte a ninguém, e eu disse a ninguém, ou irei negar tudo e não só isso eu irei matar você, você deve manter tudo extremo sigilo se ficar grávida deve comunicar-me primeiro você receberá os aposentos pessoais da minha antiga esposa, também deverá falar para todas as empregadas que a minha esposa está em tratamento devido ao difícil parto que ela teve, estamos entendidos?

 Ele toca nos lábios da mulher e apenas com os olhos aguarda ansiosamente uma cena comprovando que ela confirma com todos os termos.

Assim a empregada, olhando diretamente nos olhos do rei, os seus olhos estavam completamente vazios tomados pelo sentimento de intriga, ela confirma a sentindo com a cabeça, ele beija-a e o seu beijo nada tinha de desejável, era frio, seco e mecânico, ainda assim ela se sentia com o controle de algo muito maior, algo que jamais sonharia em ter mesmo que fosse a melhor de todas as empregadas do palácio, ela jamais teria isso. Após terminar o flete proibido e provocativo, o rei entra nos aposentos e a sua amante segue para os corredores, indo para ala de empregados.

Assim que o sol sobe a pino, após todas as festas, um homem com vestes escuras e um cajado deseja desesperadamente entrar dentro do Castelo, os guardas o abordam, ele sorri sob o capuz que esconde o seu rosto ele faz uma breve referência e diz para os homens:

— Os meus ilustríssimos camaradas guardas do Castelo do glorioso rei Albert, senhor dos cavaleiros leões, mestre da cavalaria em primeiro grau, regente das terras douradas, estou aqui para servir, o meu nome é Radasky, peço uma audiência com o rei imediatamente.

Um dos guardas entra para o interior da construção e ambos com as suas lanças em punho impedem que o homem avance um único passo, passado algum tempo Felipe, o conselheiro do rei, pede para que os guardas abaixem as suas armas e fala diretamente com o convidado inesperado:

— O guarda disse-me que você estava disposto a servir o meu rei, quem és tu?

 Felipe olha dos pés à cabeça do homem que vestia peles e roupas de camponês, ele acreditava firmemente que o homem nada mais era do que um viajante, um mendigo que nada pudesse fazer para agradar o rei:

— Como disse meu Gentil senhor eram Radasky, eu vim de muito longe para servir o rei, soube que ele teve uma filha? — Estou correto disso?

Felipe ficou surpreso com a fala do homem, afinal ninguém sabia a não ser ele e o próprio rei, e ao julgar pelas roupas seria completamente impossível ele ter um contato no Castelo exceto se conhecesse a criadagem, mesmo após 3 dias do nascimento da criança. Então perspicaz conselheiro responde a Radasky:

— Compreendo e diga-me então como você serviria o meu senhor? Rapidamente o homem responde ao conselheiro:

— Me encarregarei de servi-lo como preceptor da sua criança, não se preocupe, não sou mago e não tenho habilidades mágicas, na verdade, eu sou um espadachim poderoso.

O conselheiro vendo homem fica intrigado o convida para entrar e tomar um pouco de chá enquanto os guardas retomam seus postos.

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