...📍Irina Shmitz:...
Início de tudo...
Meu segundo semestre já se iniciou, e com ele novos desafios. Já estou familiarizada com a Universidade, com os meus colegas de turma e de laboratório. Já posso dizer que não sou mais uma caloura. O tempo de adaptação, o mais bruto e difícil, já passou.
Confesso que eu tinha um grande receio de não me habituar, e ficar perdida no campus, isolada e sem conhecer ninguém. Mas isso passou depois de um mês estudando. Me enturmei rapidamente e minha vida melhorou bastante.
Há algumas semanas, eu conheci Nicollo Rossetti. Sei que ele veio de uma boa família, um jovem rico e bem disputado pelas jovens universitárias. Mas parece, que mesmo sem querer e sem intenção alguma, eu acabei chamando a atenção dele. Agora, nós costumamos nos encontrar pelos corredores todos os dias. Somos de áreas bem distintas, mas ele parece não se importar em perder alguns minutos para me encontrar.
Algumas meninas me olham com raiva, mas que culpa eu tenho? Eu ainda sou até relutante as cantadas que recebo de Nicollo.
Ele me convida pra sair, mas eu digo que já tenho compromisso, com a escola por exemplo. Não quero parecer fácil demais. Não vou me entregar de bandeja para alguém que eu conheço a tão pouco tempo. Nunca fui assim, e não pretendo mudar agora.
...•••...
Estou pronta para mais um dia de aulas.
Curso farmácia, o que eu sempre quis. Em uma boa universidade, com um prestígio no mercado de trabalho. Estou na busca da realização de um sonho.
Faço uma parte do percurso a pé mesmo, e a outra num ônibus, disponibilizado pela gestão da cidade. Não pago a passagem inteira, pois possuo a regalia de ter uma carteira comprovando que sou universitária.
Ao menos alguns dólares eu vou economizar.
Ficar gastando com transporte ou voltar para casa de carona todos os dias, não tem como.
Os minutos se passam rapidamente e logo estou no campus. Uso uma saia lápis, uma blusa de cetim e por cima um blazer da mesma cor da saia, já que um compõe o outro. Uso nos pés um tênis, pois estou com uma pequena bolha no meu pé, causado pelo uso do salto alto durante todo o primeiro período.
—Irina.
Um sorridente, simpático e elegante Nicollo caminha na minha direção. Ele usa calça social, camisa e blazer. Um dos homens mais bonitos daqui, e não é exagero.
Os dois irmãos Rossetti são bonitos na verdade. Ele é o mais velho. Tem também Vincenzo, que ainda não estuda por aqui. Micaela costuma frequentar em outro turno. São bem famosos aqui. Claro que por influência do dinheiro dos pais.
—Oi Nico.—Aceno pra ele.
Por onde passa, arranca olhares.
—Hoje eu não pude ir te buscar em casa, mas vou poder te levar.—Começa a caminhar ao meu lado.—Somos amigos, e creio que não há nenhuma objeção da sua parte. Ou tem?
—Claro que não.
—Agora voltando ao assunto da semana passada. Você me deve uma saída a noite, qualquer dia.—Sorri. —E nem adianta inventar trabalhos para serem organizados. Já me encarreguei de falar com alguns dos seus colegas, e me informaram que vocês estão folgados por alguns dias.
Mais que audácia.
—Não vou aceitar um não como resposta.
—Então nem adiantaria me perguntar.—Alfineto. —Aliás, eu poderia dar qualquer outra resposta negativa, sem utilizar a palavra não.
—Vamos lá Irina. Será apenas como amigos. Eu não mordo. A não ser que você peça.
—Você é um convencido.—E um cretino.
—Irina mulher, eu tenho que te contar algumas coisas.—Sou salva por Mia. Uma colombiana que faz intercâmbio aqui. É meio doidinha, desbocada e destrambelhada.—Nicollo. O papo de vocês fica para outro momento, temos assuntos urgentes a tratar.
E segurando no meu braço, ela vai puxando para a direção contrária.
—Mas...—Nicollo tenta falar.
—Depois.—Mia fala.
Eu apenas olho para trás, enquanto a mulher me puxa, e dou de ombros. Quando me viro para Mia, acabo sorrindo cúmplice com ela.
—Obrigada.
—Não precisa agradecer.—Sorri também.—Ele tem que saber que nem todas as meninas caem de amores aos pés dele. É um metido. É gato? É claro. Mas também não é o último homem do planeta.
—Já deu encima de você?
—Os homens daqui fogem de mim.—Dá de ombros.—Dizem por aí que eu sou intensa demais. E na real, eu prefiro os latinos.
—Estou te devendo uma.—Sorrimos cúmplices.
—Sempre que precisar. Esse mauricinho precisa saber que não é o centro do universo.
Eu meio que combinei com Mia, que quando me visse com Nicollo, me chamar ou fazer alguma coisa para me levar para longe. Se ele quiser sair um dia comigo, vai ter que passar por um pouquinho de raiva.
Talvez eu caia no joguinho dele.
Mas antes disso, ele já terá suado bastante.
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Atualizado até capítulo 63
Comments
Luana Ribeiro
até ondem eu sei a elina começou a namorar com ele com 15 anos e logo ela ficou grávida então como ela está na universidade? por a acaso ela é um gênio que entrou na faculdade com 15 anos?
2023-09-13
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