Uma Nova Chance Para O Amor.
Anos atrás...
...📍Irina Shmitz:...
Sinto dor.
Apenas dor.
Meu coração foi destroçado de uma maneira tão devastadora, que eu não sei se ele poderá voltar a ser como antes. Ele conseguiu arruinar a minha vida com suas palavras, com seu desprezo e indiferença. Nicollo me destruiu.
Uma relação de quase seis anos, que me castigou. Onde eu só tive de bom, meus dois filhos. Os reais amores da minha vida. Estarei vivendo agora somente para eles. Será tudo para eles e por eles, a partir de agora.
Junto com meus dois filhos, saí da casa em que morava com ele, e me arrisquei num prédio inferior, onde o aluguel coubesse no meu bolso. Eu não vim de família rica igual a ele, nem tenho bens em meu nome. Terei que começar a trabalhar, para manter a nós três. O padrão de vida dos meus filhos irá cair, e eu temo que Abigail principalmente, não se acostume.
Apesar de ser um péssimo marido, quando queria, era um bom pai. Os tantos mimos que minha garotinha recebeu, mostra um pouco disso. As milhares de fotos também dizem muito sobre isso.
—Esse lugar nem se compara a antiga casa que vocês moravam. Tem certeza que é um bom lugar para você e os meus netos morarem?—Melanie torce o nariz, quando olha para o modesto apartamento.—É mais longe do centro, da escola, de nós, de tudo. É uma boa decisão?
—O melhor lugar para eles morarem, é onde a mãe estiver, que no caso sou eu.—Tento não parecer rude.—Não sou rica, é o que eu posso pagar no momento. Vou esperar o Tom ficar maiorzinho, e começarei a trabalhar, nem que seja meio período. Eu vou me virar para que nada falte para eles.
—Você sabe que eu já te pedi desculpas pelo meu filho, milhões de vezes. Mas nunca serão o suficiente.—Ela diz com pesar.—O Tom ainda é muito dependente de você, não é aconselhável que você se afaste dele por muito tempo, nem que seja para trabalhar. O Nicollo vai se responsabilizar pelas despesas dos dois, e sua também. Já conversei com ele, e você receberá uma pensão para se manter por alguns meses.
—Não quero que vocês exijam isso dele. Ele sabe que o Tom e a Abigail precisam de suporte. Se ele quiser dar de bom grado, ótimo. Não quero nada obrigado, e nem que envolva justiça.
—Mas não é sobre você, e sim seus filhos. É direito dos dois.
—Eu sei disso.
—Ele parará aluguel, plano de saúde, escola, transporte, e outros gastos necessários. Terá de arcar com tudo.—Fala convicta.—Você só se formou, mas não teve experiência profissional, justamente por conta dos filhos. Ele tirou você da casa dos seus pais, nada mais justo que continue te auxiliando financeiramente, até que você possa realmente trabalhar.
—Ainda bem que terminei a minha faculdade.—Suspiro.
—Boa sorte nessa nova etapa da sua vida, sabe que pode contar comigo e com o Fabrizio, assim como também com os outros. O Vincenzo principalmente, ele é louco na sobrinha.
—Obrigada por tudo.
—Não precisa agradecer.—Sorri sem mostrar os dentes.—Agora eu vou precisar ir. Se cuidem.
—Vamos ficar bem.
Me dando um último abraço, ela se retira da minha nova casa.
Quando minha ex-sogra se retira, eu suspiro e me sento no pequeno sofá de três lugares. A pequena sala, apesar de estar mobiliada com móveis simples, é bem aconchegante. Deixo tudo arrumadinho, nossa casinha é linda.
—Mãe, o Tom quer mamar.—Abigail surge do corredor, com uma carinha linda de sono.
Na sequência, escuto o choro estridente do bebê manhoso, de apenas alguns meses de vida.
Me levanto.
—Obrigada por avisar meu amor.
—De nada mamãe. —Sorri, ficando ainda mais adorável.
Junto com ela, vou até o quarto em que eu durmo, vendo o garotinho se contorcer enquanto chora alto. Ao lado dele, a chupeta. Enquanto eu conversava com Melanie, pedi que Abigail olhasse o irmao, coisa rápida e que ela pode fazer.
Pego o Tom com cuidado, o aconchegando perto do meu peito. Ele esfrega o rosto em mim, e sentindo meu cheiro, vai se acalmando aos poucos. Rápido, retiro meu seio e o bebê faminto suga o mamilo com avidez, procurando encher a barriga o mais rápido possível.
—Ele é esfomeado.—Ebby fala, rindo.
—Está realmente com fome.—Passo os dedos nos cabelos lisos e cheios do meu filho.—Você também era assim quando era bem pequenina. Mamava quase toda hora.
—Ele tá olhando pra mim.
Realmente, Tom olha a irmã atentamente, enquanto se delicia no sabor do leite. Os olhos escuros, o cenho franzido. Até que ele solta um sorriso banguelo, que parece ter deixado Abigail bem feliz.
—Ele sorriu pra mim, mãe.
—Sim. Ele gosta de olhar pra você.
—Ele tá ficando bonitinho agora.—Rio.
Quando tive o Tom, e depois de dois dias voltei pra casa, Abigail acabou soltando uma de suas pérolas enquanto todos estavam reunidos para ver o mais novo bebê da família. Olhando para o pacotinho azul, e bem embrulhado que eu tinha em mãos, ela disse:
"—Que bebê feio mamãe."
Todos acabaram rindo da fala da garotinha. Tenho que dá um desconto. O bebê estava ainda um pouco inchado, e com algumas marcas pelo corpo. E o melhor, foi a cara dela ao dizer isso. Estava bem séria.
Mas agora, parece que o Tom está ficando bonito aos olhos dela.
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Atualizado até capítulo 63
Comments
Aninha
Lá vem ela pedir desculpas em nome do filho mimado 🙄
2023-08-31
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