Capítulo 5

Quem me vê sou uma adolescente maluka que surtou, vejo minha situação e começo a rir, horas choro e outras caio na gargalhada, tamanho meu desespero e ridículo da minha situação, um médico vem me ver e atesta que estou fora de minha sanidade, segundo ele em um transtorno pós traumático.

Meu pai chega com um advogado e assim que o liberam ele corre pra me abraçar.

E agora pai vou ficar aqui?

Não meu amor o advogado vai entrar com um abeas corpus e baseado em tudo que você passou ele está convencido que você sai sob fiança.

Obrigado pai.

Passo o dia dentro da cela e viro piada entre as presas, mas começo a tirar sarro da minha situação contando minha história rindo pra não chorar e elas acabam chorando comigo, algumas me parabenizam por ter quebrado a cara daqueles dois e começamos a rir, no final da tarde eu já tinha feito quatro boas amigas que me apelidaram de Ju malukinha.

As quatro horas da tarde chega meu abeas corpus e meu pai paga a fiança que custa um rim mas ele não reclama.

Ele ia me levar pra casa dele mas peço pra passar no apartamento, pego minhas coisas e minha mala de viagem coloco tudo no porta malas com a ajuda dele e pego as coisas do Alysson coloco em uma caixa de papelão com a frase doasse na frente do prédio,logo alguém leva embora.

Saio dali satisfeita e vou para casa, tomo um banho troco de roupa e boto essa pra lavar, faço questão de levar comigo pra onde for, levo junto a gravata também, eu não lembro o nome então apenas mando uma mensagem agradecendo pelo cuidado comigo e falando que lembro de tudo.

Tenho dois dias pra fazer algumas mudanças, vendo a segunda passagem para um desconhecido e peço para meu pai me ajudar com a venda da casa e do carro.

Dois dias depois estou a caminho de Paris, tenho vontade de pular, tamanha é minha empolgação, faço o check in e vou sentido a aeronave, meu estômago embrulha é a primeira vez que vou voar, estou tão nervosa que minhas mãos começam a suar, despacho minha bagagem com dor no coração e preocupada, já ouvi falar tanto de perda de malas que estou com medo, estou agarrada a minha bagagem de mão e minha bolsa nunca se sabe né.

Procuro minha cadeira e me sento bem na janela, estou com tanto medo que não consigo fechar meu cinto, quando vou pedir ajuda da aeromoça ao meu lado aparece aquele homem, ele está tão lindo, ele me olha e abre um sorriso, eu fico muito vermelha e abaixo a cabeça disfarçando que estou ainda prendendo o cinto, ele se aproxima e me ajuda, sua mão toca nas minhas e me arrepio.

Olho naqueles olhos e me perco por alguns segundos, mas logo me toco e agradeço sua ajuda.

Oi Júlia, fico feliz de te ver tão bem, espero que não se importe eu comprei a passagem pela internet e parece que meu assento é ao lado do seu.

Olha me desculpe mas não sei seu nome, peço desculpa por aquela noite você foi um cavalheiro e eu jamais deveria ter te ligado, eu não o teria feito se estivesse em meu juízo normal, principalmente por você ser amigo do Alysson, não sei qual foi o juízo que você teve de mim mas por favor desconsidere o que houve.

Ele parece ter ficado magoado e fico triste por isso mas não vou fingir que o conheço.

Ele novamente é um cavalheiro e se apresenta.

Ok vamos fingir que este é o nosso primeiro encontro Julia. Oi prazer meu nome é Jesse sou CEO da ATMOS estou viajando a negócios e você?

Abro um sorriso, OI Jesse meu nome é Julia estou viajando por lazer mesmo é um prazer te conhecer.

Aliás Julia eu nuca fui amigo do Alysson, ele sempre falou isso pra usar meu nome em seu próprio benefício e eu não o desmenti pois gostava de te encontrar mesmo que nestas situações.

Fico vermelha e ele sorri.

Vamos decolar e fico nervosa, fecho os olhos e aperto o assento que é bem macio, quando me acalmo abro os olhos e percebo que não era o acento que eu apertava mas a mão do meu vizinho de assento, peço perdão a ele que cai na gargalhada vendo meu desespero.

Calma malukinha tá tudo bem.

Lembro da primeira noite em que ele me chamou assim e sinto minhas bochechas corarem.

Tento disfarçar e só pioro a situação.

Finjo que estou dormindo e sei que ele está me observando aquilo me incomoda ao mesmo tempo que me deixa excitada, vai ser um problema está viagem.

Após alguns minutos ele me pergunta se posso abrir a janela, me vejo procurando alguma tranca pra abrir aquilo e ele não se aguenta caindo na risada.

O que foi pergunto irritada.

Não se abre a janela do avião e só essa capa de cima .

Então por que não fala, você disse janela, eu em palhaçada.

Calma moça só estou me divertindo esses vôos geralmente são tão chatos.

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Comments

Euza Lisboa

Euza Lisboa

Essa viagem promete.

2023-12-08

4

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