Capítulo 4

Me levanto e ligo para minha melhor amiga Judith, ela atende, mas quando escuto quem está falando é o Alysson, então eles estão juntos ok.

Desligo sem falar nada, começo a chorar lembrando de todos os momentos jogados fora e me dou conta que na maioria deles a Judith estava junto, percebo o quão idiota eu fui e começo a rir de ódio, me levanto e saio dali vejo o vestido jogado no canto do quarto, o pego e jogo numa sacola pra devolver a loja.

Saio dali e vou para casa da minha mãe, peço para que ela me ajude a devolver os presentes e me arrumar um advogado para cuidar da venda do apartamento e divisão, não quero mais ter que ver Alysson de forma alguma. Pergunto se posso usar meu antigo quarto por alguns dias, ela diz que isso é óbvio e me abraça, fico feliz por ter ela aqui comigo.

Ela me lembra que devo tentar o reembolso da viagem para Paris,lembro de quanto eu pensei pra pagar aquilo também e quer saber não vou desperdiçar minha chance de realizar um sonho por causa dele, olho pra minha mãe e falo que eu vou viajar sozinha.

Ela me olha espantada, filha não é perigoso? Me pergunta.

Pode ser mãe mas vou me cuidar não vou deixar ele estragar isso também.

Vou em direção a loja de noive e faço a devolução, sigo o caminho até o apartamento rezando pra não encontrar Alysson lá,chego ao prédio e pego o elevador, quando abro a porta dou de cara com o safado abraçado com a Judith no meu sofá, aí eu surto, começo a jogar tudo que vejo em cima deles, e parto para agressão, puxo ela pelos cabelos enquanto ele tenta me segurar, dou um chute bem no meio de suas pernas e enquanto ele se contorce de dor no chão eu derrubo ela e começo a dar socos na sua cara, só paro quando o Alysson segura meus braços em minhas costas mas aí ela já está apagada, começo a me debater e dou uma cabeçada para trás, acerto seu nariz que começa a sangrar, ele me empurra e caio batendo a cabeça no chão, sinto minha mão melar de sangue e isso só me faz ficar com mais ódio, pro azar dele pego um vaso que ele me deu e jogo em sua direção, ele desvia mas o vaso ainda acerta seu ombro.

Para Julia, ele grita, para com isso eu sei que errei com você mais não justifica isso, eu vou chamar a polícia.

Chama pode chamar mas vai chamar fora da minha casa, pego Judith pelos cabelos e ela acorda gritando saio arrastando ela pra fora do meu apartamento, ele grita que o apartamento também é dele e eu expulso eles de casa. Tranco a porta com uma cadeira e ligo para um advogado.

Se passam alguns minutos e logo escuto batidas na porta.

Vai a merda Alysson, você não vai entrar aqui seu filho da puta, grito transtornada.

Escuto outra pessoa me mandar abrir a porta, estranho e acabo abrindo, aquele desgraçado teve a ousadia de chamar a polícia mesmo.

Senhora por favor venha conosco. Fala o policial.

Senhorita, eu não sou casada e não vou sair da minha casa, aqueles desgraçados não vão entrar aqui, ele não vai trazer aquela puta aqui dentro, falo aos gritos.

O policial tenta me acalmar, moça eu sei que você está irritada eu não quero ser obrigado a te algemar por favor vem comigo por bem.

Eu já disse que não vou sair da minha casa falo gritando, eu vou ligar pro chaveiro, só saio daqui depois que ele trocar a fechadura.

O policial fica irritado, dona seria melhor você ligar para um advogado, ligue para algum conhecido seu para cuidar do resto, você está sendo presa por tentativa de assassinato.

Eles estão me acusando de que? Eu vou matar o Alysson, ele teve essa capacidade além de tudo que me fez.

Espera policial só vou pegar meus documentos e já vou com você.

Ele entra comigo enquanto procuro minha bolsa com os documentos já estava tudo arrumado para nossa viagem em três dias.

Ligo para meu pai enquanto pego minha bolsa, explico rapidamente para ele a situação e peço que troque essa fechadura pra mim e avise o porteiro pra não permitir a entrada deles.

E então saio com o policial que me coloca dentro da viatura só então me dou conta que ainda tô com aquele moletom ridículo e caio na gargalhada.

Minhas fotos são tiradas na delegacia e sou fichada por tentativa de homicídio, estou com um conjunto de moletom rosa do um chifre de unicórnio na touca e vários mini unicórnios desenhados nele, e com um allstar preto,por sorte não estamos no inverno mas me sinto ridículo olho pra câmera e não resisto a vontade de fazer careta e mostrar o dedo do meio pra eles.

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