Ela foi embora.

Adriell narrando...

Acordei e vi que a Fernanda já não estava mais na cama, levanto, faço a minha higiene e vou para sala, tenho certeza que ela deve estar lá.

Chegando na sala vejo Lucas e o meu pai conversando, agora entendi o motivo dela não está mas no quarto sinto um cheiro delicioso vir da cozinha e em alguns minutos ela aparece na sala mais não demora e logo vai para o quarto, chamo o meu pai e o Lucas para irmos tomar café da manhã e quando estou a servir meu prato vejo Fernanda entrar na cozinha com um semblante triste e logo em seguida o meu pai falar irritado olhando para a porta, só então percebo ter me esquecido completamente que Lídia dormiu aqui.

Em meio a uma discussão, minha mãe chega acompanhada pela mãe da Fernanda e percebi que ela tinha um olhar de medo, mas porquê?

Depois que ela foi para o quarto pedi que Lucas levasse a Lídia para o hospital, ela até insistiu para ficar, mas não dei tanta importância assim, ainda estou furioso com o que ela fez nunca pensei que pudesse fazer algo tão perverso e pior ainda colocar a culpa na Fernanda, e por mas que o nosso casamento não fosse o mais perfeito, e mesmo não querendo demonstrar eu me senti mal com o que fizeram com ela.

Meu pai estava falando com dona Lúcia, sobre a tal história de casar a Fernanda com o Sr Viana, já que ela já era a minha esposa, quando vi a mesma sair praticamente correndo pela porta, vou atrás dela e por uns minutos fico lhe observando de longe ela está chorando, então vou me aproximando aos poucos.

Estavamos conversando quando ouço minha sogra chamar por seu nome, ela se desespera não sei o que deu em mim, mas senti uma vontade enorme de proteger ela então a abraço.

— Eu não vou deixar que ela te leve!

— Me ajude, por favor!

— Calma, tá tudo bem.

— Aonde pensa que vai sem mim filha?

— Dona Lúcia vamos voltar para casa e lá conversamos tá bom.

— Como quiser.

Sinto Fernanda tremer em meus braços, mas por quê ela tem tanto medo da mãe assim? Sei que ela falou que a mãe batia nela mas não deve ser tão sério assim, não é? Assim que chegamos em casa vou para o quarto com a Fernanda, coloco sua mochila no closet e vou até ela.

— Ei, tá tudo bem, quer me dizer porque tem tanto medo da sua mãe?

— Ela me odeia Adriell! Eu não posso voltar com ela, olha eu já assinei os papéis do divórcio tá bom só te peço que não permita que ela me leve embora por favor.

— Tudo bem, eu não vou deixar ela te levar, até porque o meu pai não concorda de forma alguma com o divórcio por isso ainda continuará a ser a minha esposa e...

Antes que pudesse continuar ouço a voz da minha mãe.

— Filho, seu pai e a Lúcia esperam por você no escritório.

— Tudo bem mãe, já estou indo.

Olho para a Fernanda, ela ainda está tremendo mas que merda é essa por quê ela tem tanto medo da mãe assim.

— Deita um pouco, teve muito febre ontem, é bom ficar de repouso, mas tarde o Lucas virá aqui.

— Tudo bem.

Saiu para o escritório, depois de 1 hora consigo convencer a minha sogra de que eu e Fernanda ficamos bem e tentaremos ser um casal de verdade o meu pai fica muito feliz com o que falo, volto para o quarto, mas não encontro a Fernanda vou para o banheiro e nada, mas que #¿$?%! Não acredito que ela fugiu de novo.

Fernanda narrando...

Adriell saiu para o escritório e eu me deitei na cama, mas não demorou muito para que a minha sogra entrasse no quarto.

— Levanta já desta cama sua vagabunda! Pega as suas coisas e vai embora.

— Dona Amanda!

— Já descobrir que drogou o meu filho para dormir com ele, olha garota confesso que você foi muito esperta fiz a mesma coisa com o Paulo, mas o contrário de mim você não é e nem nunca vai ser bem-vinda a minha família, quero você longe do meu filho, só concordei com esse casamento para que o Paulo não cometesse o erro de passar todos os negócios da família para o Castiell que mesmo sendo meu filho mas velho sei que ele nos levaria a falência num piscar de olhos.

— Eu não droguei ele.

— Pouco me importa se você drogou ou não, tudo o que eu quero é você longe do meu filho.

— Dona Amanda, eu não posso voltar para a casa dos meus pais, e também não tenho para onde ir.

— Que vá para o rádio que o parta.

— Sua sorte é não ter engravidado naquela noite, ou seria obrigada a fazer você e a coisa que estaria na sua barriga sofrer.

Meu Deus! Não posso deixar que ela descubra que eu estou grávida ou ela fará mal ao meu bebê. Pego a minha mochila e saio imediatamente de lá, ligo para uma colega minha de trabalho e peço para passar a noite na sua casa.

Estou sozinha nesse mundo, ninguém se importa comigo, tenho que ir embora para o bem do meu filho, não posso deixar que alguém o machuque. Passo a mão em minha barriga e falo.

— Mamãe irá te proteger, meu amor aconteça o que tiver que acontecer não permitirei que tirem de mim a minha única esperança de ser amada.

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