Depois que eles saíram, retornei para o meu quarto e voltei a dormir, acredito que todo esse sono seja por conta da gravidez, e todo o estresse com a Lídia tenha me esgotado.
Acordo com alguém puxando meu braço com um pouco de dificuldade, abro meus olhos e percebo ser o Adriell, mas estou tão cansada que não consigo reagir.
— Fernanda levanta dessa cama agora não testa a minha paciência!
Continuo em silêncio, estou me sentindo fraca, mal aguento abrir os olhos, o meu corpo todo treme e a minha cabeça parece que vai explodir.
— Fingindo estar doente? Fala sério, você não me engana, a Lídia perdeu o bebê por sua causa e agora vai para o hospital cuidar dela e será por bem ou por mal.
Sinto o meu corpo ser puxado com brutalidade para fora da cama, Adriell me pega no colo e leva-me para o carro, não demora muito chegamos no hospital, ele abriu a porta saiu do carro e veio na direção em que eu estava, abriu a porta do meu lado e foi-me puxando para dentro até a enfermaria que Lídia está.
Quando entramos ela estava dormindo, então Adriell fala:
— Fica aqui cuidando dela, pois foi você quem a machucou.
— Adriell eu juro que não fiz nada! deixe-me voltar para casa, não estou me sentindo bem.
— Já disse que você fica! Acha mesmo que acredito em você? Sua fingida.
— Por favor, já disse que não fiz nada.
— Cala a porra da boca! (Ele grita-me e encolhi-me com medo, Lídia acorda e quando me, ver começa a gritar)
— O que ela faz aqui? Essa mulher matou o nosso filho o que ela faz aqui?
— Linda, calma, ela vai cuidar de você já que foi ela quem causou tudo isso.
— Tô com medo dela me machucar ainda mas.
— Fica tranquila, vou falar com o Lucas e já volto.
Quando Adriell saí vejo a aparência sofrida da Lídia mudar para um sorriso perverso.
— O que achou da minha atuação? Sou uma ótima atriz, não acha?
— Você é louca, como pode fazer mal ao próprio filho?
— Nunca quis ser mãe Deus me livre de estragar o meu corpo! Eu já ia fazer o aborto, mas confesso que colocar a culpa em você foi uma ótima jogada, agora é que o Adriell irá-te odiar ainda mais.
— Você definitivamente é louca.
— Chega de conversar, eu quero água! Está aqui pra cuidar de mim, não está?
Quando me viro para ir pegar a água sinto uma pontada no meu ombro, passo a mão no local e vejo sangue. Ela furou o meu ombro com um canivete, o sangue não para de jorrar.
Adriell entra no quarto acompanhado pelo Lucas e quando ele vê que estou a sangrar não faz nada, apenas vai até Lídia e pergunta se ela está bem.
— Diell desculpa eu fiquei com tanta raiva devido ao nosso bebê que só queria que ela sofresse também. (Ela diz com uma voz chorosa)
— Não precisa se desculpar, ela mereceu.
Sinto uma dor insuportável no meu peito, estou me sentindo, mas fraca ainda o meu corpo está fraquejando os meus olhos já não conseguem ficar abertos e caio no chão.
Acordo em um quarto do hospital, olho ao redor e não tem ninguém, toco o meu ombro e percebo que está enfaixado, tento me levantar, mas meu corpo ainda (dói) me esforço mais um pouco e lentamente vou levantando, uma enfermeira entrar no quarto e fala:
— Precisa ficar em repouso senhora, perdeu muito sangue e na condição que está não pode se esforçar muito e deve evitar o estresse.
— Como sabe que estou...
— Doutor Lucas pediu para realizar uns exames e disse que a senhora não aparentava estar bem antes mesmo do acontecido na enfermaria da senhorita Lídia, então descobrimos que está grávida.
— Ele já sabe sobre o resultado?
— Ainda não! Acabei de recebê-los.
— Por favor, não conta que estou grávida, o meu marido não pode saber, por favor, não conta ao doutor Lacerda, ele é o melhor amigo do meu marido e com certeza irá contar para ele. Moça por favor não conta.
Ela olha-me com pena e então confirma com a cabeça e diz:
— Tudo bem, não contarei. Vou pedir para que ele assine sua alta do hospital já que não é nada tão grave, porém terá que ficar de repouso e iniciar o pré-natal.
— Muito obrigada!
Ela saiu e não demora muito, Lucas entra no quarto.
— Vejo que está melhor! Ótimo já pode ir embora.
— Obrigada! Voltarei para o quarto da Lídia.
— Não será necessário, Adriell contratou uma enfermeira para ficar com ela, então pode ir para casa.
Chego em casa e penso em ir direto para o meu quarto, estou tão cansada, tudo o que eu quero agora é um banho e cama, mas quando eu entro encontro a minha sogra sentada no sofá da sala.
— Até que enfim chegou ! Pensei que iria fugir com medo das consequências.
— Dona Amanda!
— O que foi pensou que mataria o meu neto e ficaria por isso mesmo?
— Eu não...
— Cale-se, não quero ouvir essa sua voz insuportável! Olha aqui garota eu só permite o casamento do meu filho com você para que ele pudesse assumir os negócios da família, quem você pensa que é para machucar a minha nora e matar meu neto sua vagabunda.
Ela bate no meu rosto e puxa-me pelos cabelos, em seguida começa a me bater violentamente, sinto uma dor insuportável por todo o meu corpo e tento proteger a minha barriga o máximo que posso, minutos depois alguém tira ela de cima de mim e minha boca, e nariz estão a sangrar.
— Já chega mãe!
— Não, ainda não é o suficiente! Essa vagabunda merece morrer.
— Não vale a pena sujar as suas mãos com ela.
— Ela tem que sofrer Adriell ela matou o seu filho.
— Já foi o suficiente!
— Isso não vai ficar assim, vou falar com a sua mãe sobre o que você andou a aprontar sua vagabunda.
— Não, por favor! Não conta nada para a minha mãe, eu não fiz nada com a Lídia, eu juro que não fiz nada.
Ela olha-me com uma cara de nojo, a minha sogra nunca gostou de mim, assim como a minha mãe que sempre me maltratou desde pequena. O meu pai sempre dizia que ela só me tratava assim porque teve depressão pós-parto, mas ela só agredia a mim sempre fui desprezada e maltratada, quando eu tinha 13 anos mandaram-me para a casa da minha tia e quando eu fiz 18 anos trouxeram-me de volta para casa, pois o meu pai fez um acordo com o pai do Adriell onde eu teria que me casar com o filho dele.
Olho para o Adriell, lágrimas banhando o meu rosto, vejo sua expressão fria e falo:
— Não fala nada para a minha mãe! Ela me odeia por favor não fala, sei que não acredita em mim, mas eu juro por tudo que a de mais sagrado que eu não machuquei, ela. (Falo com muita dificuldade.
Ele aproximou-se de mim, por um segundo pensei que ele me machucaria, mas não, ele pegou-me no colo e me levou para o nosso quarto, deito-me na cama e ele entra no banheiro. Todo o meu corpo dói mal, aguento me mexer, Adriell volta do banheiro e começa a tirar a minha roupa não sei o que ele vai fazer também não tenho forças para afastar-lo.
Novamente ele me pega no colo, entra no banheiro e coloca-me na banheira, o meu corpo lentamente vai relaxando, e minutos depois ele me leva para a cama com uma toalha cobrindo o meu corpo, vai até o closet e retorna com umas peças de roupas ajuda-me a vestir e fala:
— Deita um pouco, eu vou buscar algo para você comer, já está quase na hora do jantar e você não se alimentou bem hoje.
— Por que está a cuidar de mim? Sei que me odeia e depois do que aconteceu hoje cedo está me odiando ainda mais. Então porquê está a cuidar de mim agora?
— Você está muito machucada, o seu corpo está fraco e precisa descansar.
— Me fala porquê!
— Você não está bem, e mesmo que eu não goste de você, não posso deixar que o meu pai te veja assim, ele gosta de você e está vindo nos visitar, portanto descanse eu vou buscar algo para você comer.
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Atualizado até capítulo 50
Comments
Cristina Ferreira
assina esse divórcio e vai para bem longe
2025-02-07
0
Gloria Katia Baffa
Assina logo o divórcio e vai viver sua vida .
2025-01-16
0
Izabel Muniz
um cara tão poderoso não tem câmeras?
2024-07-22
1