Capítulo Três

Marko

Estou no escritório com Viktor. Sua perícia com tecnologia finalmente rendeu frutos ele conseguiu desbloquear o celular de Russo. Vasculhamos as mensagens, os contatos, as ligações. Uma presença se destaca sua filha, Mila

Meus olhos percorrem rapidamente as mensagens

Me volto para o meu irmão, monopolizando sua atenção longe das numerosas telas brilhantes em sua mesa.

-Viktor, preciso que encontre a localização de Mila Popovic

Ele não precisa de mais informações, apenas acena e embarca na tarefa. Depois de um tempo que parece muito mais longo do que realmente é, ele me dá um endereço.

Estou prestes a sair do escritório quando Viktor me chama.

- Marko ,Você já escolheu uma nova noiva?

Revirando os olhos, encaro meu irmão

- Não, Ainda não

Ele suspira, olhando em meus olhos.

- Estamos sob pressão interna para que você se case. Um chefe da máfia sem filhos... não é bem visto

- Sabe que estou ciente disso, Viktor respondo, com irritação em minhas palavra

- Mas há questões mais importantes a tratar agora.

- Marko você não acha que já causou bastante dano a Russo ? acredito que ele já tenha aprendido a lição , não é melhor deixá-lo agora?

-Do que você está falando? eu rosno para ele, irritado.

-Nosso rival se aproveita da nossa bondade, rouba nosso armamento, e você sugere que deixemos isso para lá? Você está perdendo a cabeça?

Viktor ergue as mãos em um gesto defensivo. - Só estou dizendo, Marko - ele diz.

- Afinal, ele não causou nenhum dano real. Ele já pagou em dobro por suas ações, não?

Ignorando sua última pergunta, se concentro no que mais importa.

- Se deixarmos Russo desimpedido, outros vão seguir seu exemplo - comento.

- Não posso permitir que isso aconteça.

À minha afirmação firme, Viktor suspira, claramente resignado.

-Tudo bem, Marko. Então eu irei com você. Alguém tem que cuidar desse seu temperamento

Entrei no carro, deslizando para trás do volante. Viktor se junta a mim como co-piloto, e enquanto saímos para a noite, vejo que seu rosto tem um toque de inquietação.

Sei que ele não está me acompanhando somente com o fim de me ajudar, ele ficou paranóico depois que me viu esquartejando um traidor ainda com vida , confesso que a cena foi um pouco grotesca mas no fim aquele bastardo mereceu e até que foi interessante o observar sangrar até a morte , sempre gostei de observar os minhas vítimas morrerem ... É ainda mais fascinante saber que meu rosto foi a última visão que eles tiveram antes de a vida os deixar

Desde então, Viktor tem agido cauteloso, quase paranóico. Ele tem medo de que a história se repita, que minha fúria possa criar um problema que não podemos resolver.

Sua atitude pode me irritar, mas eu sei que no fundo, ele só está sendo cauteloso. E apesar de tudo, eu permito que ele me acompanhe. Não só por que é útil ter um par de olhos extras, mas porque... bom, porque ele é meu irmão.

A estrada desaparece sob os faróis do meu carro, meus pensamentos a única companhia no silêncio entre mim e Viktor. Eventualmente, as luzes do GPS se acendem, nos direcionando para nosso objetivo. Faltam apenas alguns minutos para as quatro da manhã quando a fazenda finalmente aparece à vista.

Paro o carro a uma distância segura, meu olhar escrutinando a propriedade à nossa frente. Todas as luzes estão apagadas, o silêncio noturno aparentemente intocado. Não há sinais de seguranças fazendo rondas

Russo realmente poderia ser tão estúpido?

Um pequeno sorriso de escárnio se forma em meu rosto. Seria muito conveniente para nós se acertassemos um Russo sem vigilância. No entanto, uma parte de mim está ciente da severidade de não subestimar o inimigo - isso poderia ser apenas outro truque de Russo.

- Definitivamente não parece que um chefe de máfia está escondido aqui, não é?- eu murmuro, meu tom cheio de deboche enquanto olho para o cenário pacífico.

- Russo pode ser mais esperto do que esperávamos... ou mais estúpido

Com cautela, pego o telefone desbloqueado de Russo do bolso, sua tela brilhante cortando a escuridão da noite. Com poucos toques, disco o número de Mila , a filha de Russo, e coloco o aparelho contra a orelha.

O som da discagem preenche o silêncio enquanto espero que ela atenda. Poucos segundos depois, uma voz sonolenta ressoa do outro lado da linha.

- Papai, está tudo bem?"

Uma risada amarga escapa dos meus lábios. - Papai é o caramba- resmungo, irritado.

- Passe o telefone agora para Russo ou eu entro na fazenda e estouro a cabeça dele na sua frente."

Silêncio. Depois, o som abaixado de choros vem através da linha. A garota começa a implorar. Implorar por ele. Implorar por mim não prejudicar seu pai. A audácia dela apenas adiciona à minha irritação.

Dou um suspiro exasperado.

- Escuta aqui, sua imbecil, vou contar até dez. Se você não passar esse telefone para Russo, vou invadir a fazenda.

Do outro lado da linha, posso ouvir a ressonância da porta se abrindo, passos apressados correndo. Alguns segundos de silêncio se passam antes que, finalmente, a voz trêmula de Russo rompa o silêncio.

- Marko Kovak...

A familiaridade com a qual ele diz meu nome me provoca.

- Achou que poderia fugir de mim? Da Crvena?"- A intensidade das minhas palavras parece percorrer a linha, alcançando Russo onde quer que esteja.

O som começa a vacilar do outro lado, mas posso ouvir Russo tentando controlar seu medo.

- Nós podemos negociar. Posso te dar algumas cargas e ...

Interrompo seu discurso.

- Não vim para fazer negócios- respondo, cortante.

- É melhor aparecer se não quiser que eu coloque fogo nessa fazenda imunda como fiz com o seu covil.

— Já estou descendo - Russo responde rapidamente.

Encerro a ligação. Começo a fazer a longa caminhada até a porta da frente, tirando a arma e a verificando. Viktor segue meu exemplo, fechando a porta do carro com um estampido abafado.

Algumas luzes começam a se acender na fazenda, e vejo a silhueta de Russo se formando na porta.

Atravesso os metros finais até Russo. Ele fica na porta, um alvo claro. Levanto minha arma e meu dedo se aconchega contra o gatilho.

Mas algo muda. Uma figura se move rapidamente na minha visão periférica, e de repente há uma mulher na minha mira. A audácia dela me deixa surpreso, e solto uma risada de descrença.

— Olha só que bom que você apareceu, murmuro

- Assim posso acabar com os dois de uma vez e me poupar de ter que te procurar nesta casa enorme.

Apesar de seu medo evidente, ela não se move. Russo empurra sua filha para trás, protegendo-a com seu corpo.

- O seu problema é comigo, Marko. Deixe a minha filha em paz- ele ruge.

- E para quê?- eu questiono.

-Para que ela tente se vingar depois da sua morte?

Com um estrondoso cansaço, levanto o dedo em direção ao gatilho.

- Eu me caso com você...-

A declaração abrupta me pega de surpresa. Olho de volta para a mulher, uma sombrancelha arqueada.

- O quê?

-Eu... fiz uma breve pesquisa - ela começa, sua voz tremendo com o medo inerente em contrariar um homem como eu.

- Com alguns contatos do meu pai... há algumas horas, descobri que você e precisa se casar... eu me caso com você... em troca, você deixa meu pai vivo e assume a liderança da Cartel, a máfia que meu pai comanda

Russo grita um comando para que ela se cale e que vá para dentro de casa, mas ela permanece inerte me olhando fixamente , eu solto uma gargalhada

-Você é corajosa- admito, incapaz de esconder o divertimento em minha voz.

- O que te faz pensar que eu aceitaria essa proposta, acha que é tão valiosa assim?

- Você estaria em vantagem- ela responde, a determinação se firmando em sua voz.

- Além de parar de sofrer pressão interna para se casar... teria uma nova máfia para comandar... teria mais... poder...

Viktor se aproxima, lançando um olhar pensativo para Mila .

- Não é uma má proposta...

Não, não é uma má proposta,mas desconfio que tenha algo por trás dessa proposta.

Russo está claramente agitado, desesperado para proteger sua filha

- Isso é um absurdo. Me mate, Marko . Mas deixe minha filha em paz... ela nunca desejou essa vida

- Sua filha é mais esperta que você, Russo - respondo com um sorriso vitorioso.

Guardando a arma, me aproximo e estendo a mão para Russo.

- Eu aceito a proposta - digo

- Mas não se atrevam a tentar me passar a perna

Russo está horrorizado, sua impotência em proteger sua filha claramente o perturbando. Mas é tarde demais.

Me viro para Mila, inclinando-me para sussurrar em seu ouvido

- Não pense que vai viver um conto de fadas... você é a filha do meu inimigo... se ousar me trair,eu te mato sem pensar duas vezes.

Minha ameaça paira no ar entre nós, aguda e fria como a lâmina de uma adaga.

Dito isso, endireito-me novamente. O ar ao redor parece carregado, a tensão quase palpável. Lanço a Mila um último olhar, um aviso mudo sobre o futuro que ela acabou de escolher.

Dando as costas, caminho de volta para o carro, o som dos meus passos quebrando o silêncio da noite. Viktor se junta a mim, e juntos voltamos para o veículo.

As rodas soltam um som áspero contra o cascalho quando partimos, deixando para trás a fazenda , peço a Viktor que está ao meu lado para que envie a localização da fazenda para o chefe de segurança e mandem homens para cá , para que vigiem Mila a fim de que ela não fuga . Não, a vida da jovem Mila não será nenhum conto de fadas. Como a nova prometida do Demônio de Belgrado, a única coisa que ela pode esperar é a morte

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Comments

Mavia Dantas

Mavia Dantas

eita mafioso diabólico abatido com sucesso /Angry/ diabinho você pensa assim, depois que cai no encanto acabou a violência /Facepalm//Facepalm//Facepalm//Facepalm//Facepalm//Facepalm//Facepalm//Facepalm//Facepalm/

2025-05-28

0

Livia Pereira

Livia Pereira

amo mafiosos que se acham e acabam rendidos pelo chá de periquita

2025-01-10

1

Elizene Mendonça

Elizene Mendonça

máfia. dark. bomm

2024-07-12

1

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