Achei você!

Juno

Está tudo uma loucura essas últimas semanas, Clarissa não está muito bem, depois de quase ter que arrastar ela pro hospital, descobrimos que ela tem um doença do coração, por isso precisa se tratar e descansar bastante até ficar boa.

Então, eu assumi a cozinha da padaria dela, Donna fica comigo, ou Sling ou no carinho, tem sido uma rotina bem cansativa mas eu tô gostando muito, sempre que fecho a padaria subo pra cuidar da Clarissa, da Donna e preparar o jantar.

Na segunda semana do tratamento uma irmã da Clarissa veio pra ajudar, ela é um amor. O nome dela é Clhoe e ela é o extremo oposto da Clarrissa, ela é agitada ,mandona e impaciente eu morro de rir de como as duas brigam e fazem as pazes em questão de minutos.

Clhoe tem me ajudado muito com a Donna ela fica com ela pra eu poder trabalhar, e as duas vovós ficam babando na pequena.

Uma noite estavamos tomando chá depois do jantar, quando a Clhoe que não tem um pingo de discrição ou tato soltou essa no meio de uma conversa sobre maçãs.

- Juno, quem é o pai da Donna e porque vocês  não estão juntos?

Eu fiquei sem fala na hora, não soube como reagir. Clarissa nunca me perguntou sobre isso, ela simplesmente viu que o assunto era doloroso pra mim e nunca mais falou sobre.

- Bom Clhoe esse é um assunto complicado, estava em um casamento sem amor, e não estava dando certo por isso decidi partir.

Foi uma forma de dar uma explicação, sem entrar em detalhes que eu não queria, seria complicado contar que eu fugi.

- Poxa querido eu sinto muito. Sabes Donna me lembra muito meu filho quando era bebe, tanto pela aparência quanto pelo temperamento. Criar essa menina sozinha vai ser difícil, ela tem muita opinião ainda assim tão pequena.

- Bubu , mama Bubu

Donna interompeu querendo seu urso, ele já não tinha mais o cheiro do Daniel, mas de virou o xodó dela.

Passamos o resto da noite falando sobre maridos, filhos e relacionamentos. Depois levei a Donna pra casa pra dormir. Também preciso descansar e tomar meus remédios, já que sinto que meu cio está se aproximando, é a primeira vez que meu cio da sinal de aparacer depois da vez que concebemos a Donna. Mas dessa vez estou previnido tenho supressores em todo canta da casa, da padaria e na bolsa, não vou ser pego de surpresa dessa vez.

No dia seguinte tudo estava calmo, mas Donna estava muito agitada, muito mais do que o normal, tanto que ela não quis fica com as vovós, então trouxe ela pra cozinha comigo. Quando subi pro almoço, pra dar um banho na Donna e descansar um pouco, Cloe e Clarrissa estavam eufóricas.

- Posso saber porque estão tão animadinhas senhoras?

- Querido estamos felizes por que meu sobrinho finalmente vai me vir me visitar. -Clarissa

- Isso mesmo depois de muita conversa e um pouquinho de chantagem emocional, ele aceitou tirar uma folguinha e vir nos ver. - Clhoe

Detestava ter que conviver com estranhos, mas isso mudou depois que a Clarissa que era uma total estranha me receber dentro da sua casa como um filho, ela me deu mais amor do que meu pai ,minha mãe, e meus irmão juntos.

- Bom fico feliz, se você me disser do que ele gosta posso preparar o jantar.

- Não precisa querido, eu mesma quero cozinhar pra ele, ele deve estar com saudades do meu tempero. Mas você pode fazer a sobremesa, ele adora bolo de café, e biscoitos de canela. - Clarrissa

- Tudo bem, assim que a Donna acordar volto pra cozinha, talvez eu demore um pouco pra subir, temos muitas encomendas pra esse final de semana e quero adiantaria o máximo que puder pra amanhã não ser tão corrido.

- Querido você é maravilhoso sabia? Nosso movimento aumentou muito nos últimos dias, as novidades que você trouxe atraíram mais clientes , e mais dinheiro também, você tem dom pra isso sabia, nasceu pra ser confeiteiro. Clarissa.

- Concordo plenamente, seus doces são maravilhosos.

Mais tarde desci pra cozinha e comecei a trabalhar. Trabalhei bastante, no final do dia já estava tarde e eu não tinha terminado ainda, além do bolo de café e dos biscoitos pro filho da Clhoe, eu decidi fazer biscoitos de baunilha pra Donna, ela adora. Acabei decidindo levar os biscoitos de baunilha pra assar lá em cima, enquanto dou banho na Donna e arrumo ela, e me arrumo também.

No meio do dia percebi uma movimentação lá em cima e vi que nosso hospede tinha chegado, então ele já deve estar lá em em baixo esperando o Jantar.

Daniel

Decidi passar uns dias com a minha mãe e a tia Clary, na verdade estava com saudades, passei um mal bocado esses dias e me senti sozinho e rejeitado quando Juno me deixou, acho que preciso de um pouco de colo de mãe e carinho da minha família, fora que não posso imaginar perde-las, imagina como me sentiria sabendo que poderia ter visitado mais e estado com elas por mais tempo.

Deixei tudo nas mãos do Patrick e do Leandro, peguei o meu carro e vim dirigindo, foi bom pra relaxar. Falei com o investigador antes de ir, ele me disse que só faltava duas cidades para investigar, se não acabarmos nada nessas dias cidades, votaremos a estaca zero, e isso me assusta. São 17 messes longe dele, não achei que fosse doer tanto, e que sentiria tanta saudade. Mas tento me manter confiante de que vou encontrar ele e trazer ele de volta pra casa.

Quando cheguei foi uma festa, minha mãe ficou o tempo todo me enchendo de beijos e toa Clary me dizendo que eu estava muito magro e precisava me alimentar direito.

Passamos a tarde conversando e foi muito bom, depois de vestir pra jantar, resolvi ir lá fora tomar um ar e ligar pro Patrick ver como estavam as coisas.

Assim que sai pela porta e estava no corredor, senti um cheiro de baunilha, era o cheiro dele, era o cheiro do meu ômega, Junto estava aqui, sem pensar em mais nada segui aquele arroma gostoso. Subi um lance de escadas, e tinha uma porta entre aberta, o cheiro vinha de lá, entrei e o cheiro estava ainda mais forte, era biscoitos mas era também o cheiro dele, estava parado na porta quando ouvi uma voz, a voz mais doce de todas.

- Clhoe é você? Sei que estou atrasado me desculpa, só estou terminando de assar essa fornada de biscoitos e já desço.

Derepente Junto apareceu na porta da cozinha, lindo com os cabelos bagunçados como sempre, com um guardanapo e uma forma nas mãos, que ele deixou cair assim que me viu.

Muita coisa passou pela minha cabeça, queria só pegar ele no colo, me sentar com ele e sentir seu cheiro, dizer o quanto eu fui idiota e o quanto eu sinto muito por ter sido um babaca com ele. Queria dizer tanta coisa mas a única coisa que saiu da minha boca foi...

- Finalmente achei você!

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