Beautiful Dream Or Nightmare Ll

Beautiful Dream Or Nightmare Ll

ROMAN

Saí para a varanda, olhando para trás na cama para garantir que

Ilsa ainda estava dormindo. Ela deveria estar atrás do sexo excitante que

tínhamos acabado de experimentar pela quinta vez em uma noite. Eu

não pude evitar. Ela é como uma droga que eu não conseguia superar,

nem queria.

Agora, aquela porra de mulher é tudo, e isso me incomoda.

O número do meu irmão piscou no meu telefone pela quarta vez

e eu suspirei, passando o dedo para atender. — É melhor que seja bom

pra caralho — eu rosnei ao telefone. A última coisa que eu queria ouvir

era que ele tinha feito algo estúpido de novo, e eu ficaria para limpar sua

merda.

— Eu fiz isso — Franco respirou. — Está feito, irmão.

A felicidade em sua voz me fez congelar. — O que você fez

exatamente?

— Dmitri — ele respondeu. — Já cuidei disso.

Senti minha ira começar a aumentar. — O que quer dizer com

você cuidou disso?

— Eu o encontrei — Franco divagou. — Precisei de muitos

recursos, mas o encontrei enfurnado na mansão de alguma prostituta.

Ele pensou que estava seguro, mas eu mostrei a ele rapidamente que ele

não estava seguro em lugar nenhum. — Ele riu. — Ele gritou no final.

Porra. Eu deveria saber que Dmitri finalmente levantaria sua

cabeça feia, e meu irmão não seria capaz de esperar que eu cuidasse dos

negócios. — Por que você cuidou dele? — Eu perguntei com uma voz

mortalmente calma, apertando minha mão ao meu lado. — Você sabe

que meus planos era matá-lo pelo que ele fez comigo, não você.

Franco não respondeu de imediato. — Você está brincando,

certo? Quero dizer, isso era o que queríamos, e eu te salvei do trabalho,

Roman.

Ele não me salvou de nada além de um monte de perguntas que

eu provavelmente encontraria ao voltar para LA. Meu irmão não é

estúpido. Ele sabia exatamente o que tinha feito ao matar Dmitri, e foi

isso que me irritou. — Você desobedeceu a uma ordem direta de seu

Don — eu disse em um tom letal.

Meu irmão riu asperamente. — Eu acho que às vezes você

esquece que o sangue é mais espesso do que qualquer merda de título,

Roman. Eu sou seu irmão! Sua carne e sangue!

— Estou bem ciente disso — eu rosnei, olhando para o oceano

escuro abaixo. — É por isso que você ainda está vivo neste momento.

— Seu bastardo — ele zombou. — Onde você estava então, hein?

Diga-me isso, irmão. Quem você distraiu tanto que não estava

procurando por ele mesmo?

Eu não ia me dignar a responder, mas ele não estava errado. Eu

estava tão distraído com Ilsa que esqueci Dmitri e tudo mais. Ela

consumiu meus pensamentos, meu corpo e, mais preocupante, me

afastou de meus deveres como Don.

Porra.

— Achei que sim — ele respondeu. — Ligue para mim quando

encontrar suas bolas de novo.

Eu lutei contra o desejo de jogar o telefone no oceano, apertandoo na minha mão em vez disso. Eu sabia exatamente o que Franco estava

tentando fazer ao matar Dmitri. Era o que ele sempre tentara fazer,

estabelecendo-se como o irmão mais forte da Máfia Marchetti. Ele nunca

aprovou que nosso pai me desse o título que ele tanto cobiçava e faria

qualquer coisa para que eles questionassem minha liderança.

Agora eu passaria dias respondendo por que dei a chance ao meu

irmão.

Eu odeio isso. Eu tinha trabalhado duro para trazer essa Máfia

para o século XXI, para que ela prosperasse nos tempos difíceis que

viriam. Dei aos capos e aos nossos benfeitores uma vida doce e infernal

por causa do meu trabalho árduo.

Não que eles fossem ver nada disso depois do que meu irmão fez.

Esfregando a mão no rosto, soltei um grande suspiro. É hora de

eu voltar ao meu papel, passar mais tempo no que importava e não nos

braços de Ilsa.

Assim que pensei em não a ter por perto, meu estômago apertou.

Porra, eu odiava pensar que poderia chegar um dia em que ela me

odiaria. Se ela descobrisse o que fiz aos pais dela, não via nada que

pudesse fazer para superar isso, nem esperava fazer isso. Inferno, eu me

sentiria da mesma forma se a situação fosse invertida.

Mas eu não sou esse homem. Eu não sou o único responsável e

não quero que ela me odeie.

Eu me importo com ela. Ela me fez sentir pela primeira vez em

muito tempo, e esse sentimento foi a razão pela qual eu agora desejava

poder colocar minhas mãos em volta do pescoço do meu irmão.

De qualquer maneira, eu tinha que me preparar para a guerra que

estava por vir. Com Dmitri morto nas mãos de Franco, seu pai não

aceitaria bem. Se ele tinha alguma intenção de não ter uma guerra entre

nós, esses sentimentos se foram.

Ele iria querer retribuição, e eu tinha que estar preparado para

isso.

***

Quando o sol nasceu, eu já estava em meu escritório, longe da

mulher adormecida no andar de cima. Por mais que eu quisesse voltar

para a cama e esquecer a ligação, não consegui. Havia planos para

solidificar, coisas para discutir para garantir que não seríamos varridos

por esta guerra. Eu preciso de apoio.

Eu preciso de equipamento.

Eu preciso de promessas.

Então, liguei para Guzman. — Que porra é essa, cara? — o líder do

cartel murmurou. — Pensei que você não fosse para a guerra.

— Eu nunca disse que não iríamos para a guerra — eu respondi

calmamente. — Você sabe disso.

— É uma merda, é o que é — ele respondeu com um suspiro. —

Ok. Se você quer armas, exijo meu próprio pagamento.

— Diga o seu preço — eu rosnei, não me importando com as

gentilezas ou as palavras veladas. — E não estou atrás apenas de armas.

Eu preciso de homens.

Guzman riu. — Sua lista está crescendo, Don. Você já sabe o meu

preço. Não vou aceitar mais nada.

Porra. Não é isso que eu quero ouvir. Seu preço é alto, cheio de

todo tipo de merda que eu não preciso.

Mas eu não posso lutar contra Stanislav e o Krasnaya Bratva sem

a ajuda de Guzman. Sem a mão de obra e as armas adicionais, eu estaria

acabado rapidamente. — Você quer as mulheres.

— Eu preciso das mulheres — Guzman me corrigiu. — Você

estragou tudo para mim, Marchetti. Eu preciso das mulheres para suprir

aqueles que esperam isso de mim. Se você quer meus homens, a porra

do meu apoio, então você vai me dar o que eu quero.

Esfreguei minha testa, sentindo o início de uma dor de cabeça. Eu

não tive escolha. — Tudo bem — eu finalmente disse, sentindo a

ansiedade crescer com cada palavra. — Você pode ficar com as

mulheres.

— Então você tem meu apoio — Guzman respondeu suavemente.

— Entrarei em contato.

Joguei o telefone na mesa, me odiando pelo que tinha que

prometer ao idiota. Era isso ou ver tudo pelo que trabalhei, tudo pelo

que minha família trabalhou, acabar em chamas.

— O que você está fazendo, garoto?

A voz de Isotta cortou o silêncio e eu olhei para cima, vendo-a na

porta. — Você não deveria estar ouvindo conversas sobre as quais não

sabe nada.

Ela acenou com a mão para mim, seus olhos brilhando de raiva.

— Parece que você fez um acordo com o diabo, Roman.

— O diabo pode vir de várias formas — eu rosnei. — De qualquer

forma, é a coisa certa a fazer.

Isotta cruzou os braços sobre o peito, olhando para mim. De todas

as pessoas na minha vida, ela era a única que ousava dizer as palavras

que estava falando agora e não colocar uma faca em sua garganta. —

Fazer esse tipo de acordo não o absolve de seus pecados — ela disse

calmamente. — Isso não lhe dá nenhuma elevação melhor em sua vida,

Roman. Em vez disso, isso o torna fraco, mais fraco do que você pode

ver.

Eu bufei. — Você não sabe o que diz, mulher.

Isotta continuou a me encarar, sem se incomodar com minhas

palavras duras. — O que Ilsa pensaria sobre isso?

Apenas a mera menção de seu nome fez meu pau pressionar

contra minhas calças. — Ela é a porra da minha prisioneira — eu rosnei.

— Não é a porra da minha parceira.

Foi a vez de Isotta bufar alto. — Você está mentindo para si

mesmo, Roman. Essa mulher significa mais do que você imagina.

Eu não ia admitir isso para Isotta, mas ela estava certa. Ilsa

significava muito mais do que eu imaginava que ela significaria e, se

dependesse de mim, jamais sairia daquela cama. Seus suspiros, a

maneira como ela disse meu nome; era tudo que eu pensei que nunca

teria.

Mas Ilsa também me deixou fraco. Não foi o diabo que fez isso

como Isotta sugeriu. Foi o toque de uma mulher que me levou a esquecer

quem eu realmente era.

Eu sou Don Marchetti, primeiro e sempre. Era tudo o que eu

sempre quis ser e corria o risco de perder esse título também.

Isotta moveu-se para as cadeiras ao lado da minha mesa e aliviou

seu corpo para baixo, o estremecimento em seu rosto me deixou

alarmado instantaneamente. Eu tinha forçado a velha a ser examinada

por um médico regularmente, sabendo que ela é muito mais velha do

que eu imagino. Isotta é o único membro da família que eu tinha para

quem me importar, e o dia em que a perdesse seria um péssimo dia, de

fato.

— Sabe, há uma diferença entre você e seu irmão — ela começou,

deixando os braços descansarem na cintura. — Quando fui trazida para

ser sua ama de leite, não esperava sentir nada por nenhum de vocês. No

momento em que eles colocaram você em meus braços e você olhou

para mim com aquele olhar solene, eu sabia que não poderia

simplesmente deixá-lo para a dureza de seu pai. Você precisava de amor,

Roman, e nada iria me impedir de dar a você. — Ela balançou a cabeça.

— O Franco não foi tão receptivo. Ele me afastou, mesmo enquanto eu

tentava alimentá-lo, como se não quisesse nada puro em sua vida.

— Por que você está dizendo isso? — Eu rosnei. Ela cortaria

minha garganta enquanto eu dormisse se eu a mandasse sair e, embora

eu apreciasse tudo o que Isotta havia feito por mim e por meu irmão, às

vezes ela podia ser uma velha intrometida.

Como agora.

— Eu olho para você agora — ela continuou, ignorando o tom

áspero das minhas palavras. — E eu vejo o conflito em seus olhos. Seus

olhos, Roman, sempre foram uma janela para seus sentimentos, seus

verdadeiros sentimentos. Você não quer fazer isso. Você não quer virar

as costas para aquela mulher em sua cama, nem quer virar as costas para

a máfia que tem sido seu direito de primogenitura. — Ela respirou

fundo. — Seria tão ruim entregar a Máfia para o seu irmão?

Entregar a Máfia para Franco? Ela estava louca? — Você sabe

como ele é — eu disse. — Você sabe do que ele é capaz.

— Mas você não é — ela repreendeu suavemente. — Você está

destinado a uma vida de dor se continuar nessa rota para destruir tudo

o que há de certo em você, Roman. Você pode ter uma vida gratificante,

cheia de amor e felicidade, se você se permitir isso.

Eu olhei para ela, suas palavras lavando sobre mim. Amor e

felicidade?

— Este não é o seu legado — ela terminou, sua mandíbula

apertada. — Você está constantemente tentando buscar aprovação para

algo que seu pai fez. Ele nunca deu a mínima para você ou seu irmão,

então por que você sente a necessidade de servi-lo na morte?

Eu me mexi na cadeira, suas palavras cortando um caminho

através da minha alma escura. Ela estava certa nessa conta. Meu pai

nunca demonstrou nenhum tipo de afeto em vida. Isotta foi quem deu

abraços e beijos, cuidando dos ferimentos que nosso pai causou e

garantindo que nossas vidas não fossem um buraco de merda total.

Mas esses dias se foram. Eu não precisava mais dela para me

mimar. Eu tinha algo para fazer, algo que não a envolvia. — Você não

sabe do que fala — eu disse com raiva, levantando-me da cadeira.

Ela fez o mesmo, mais devagar do que eu, e deixei a preocupação

de lado. — E você não vai dizer nada para Ilsa. Eu ordeno que você fique

de boca fechada.

Seus olhos brilharam e, por um momento, pensei que a adaga que

ela carregava poderia sair. Inferno, eu gostaria disso. — Tudo bem — ela

cuspiu, virando-se em direção à porta. — Mas quando sua vida

desmoronar, não pense que posso consertá-la para você.

— Eu não vou pedir — eu gritei enquanto ela chegava à porta. —

Não sou mais um menino, Isotta.

Ela se virou, tristeza em seus olhos. — Talvez esse seja o seu

problema, Roman. Você esqueceu o que é importante na vida.

Então ela se foi, deixando-me no escritório. Eu pressionei minhas

palmas contra a madeira fria da mesa, lutando contra a necessidade de

jogar alguma coisa. Isotta está errada. Eu preciso da Máfia na minha

vida. Eu preciso estar no comando, sentir a satisfação de impulsionar o

legado de meu pai sobre Stanislav.

O que eu não preciso é de mais nenhuma distração de Ilsa.

Soltando um suspiro, eu caí de volta na cadeira, a luta me deixando. Ela

tinha sido uma distração agradável, mas isso é tudo que ela pode ser

agora. Eu não posso permitir que ela fosse nada mais, nada

remotamente parecido com uma fraqueza que poderia ameaçar

derrubar todas as cartas que são a minha vida.

Isso é o que ela poderia ser, muito parecida com a velha teimosa

que eu mantive aqui, segura e longe daqueles que queriam me

machucar. Eu não tinha coisas que pudessem me destruir tão

prontamente em minha vida por um motivo.

Ilsa estava se tornando alguém que podia, e isso não podia ser.

Além disso, uma vez que ela descobrisse como eu arruinei sua

vida muito antes que ela pensasse que seria possível, ela iria me odiar.

Não havia nada que eu pudesse fazer para suavizar esse tipo de golpe.

Eu sabia o que ela havia dito sobre seus pais, sobre sua vingança e,

infelizmente, ela não faz ideia de que eu sou a causa daquela dor.

Eu sou a causa de sua vida dura, o único arrependimento que eu

nunca poderia retirar.

Eu começaria a me distanciar de uma vez. Seria a única maneira

de expurgá-la do meu sistema.

Minha mandíbula apertou, eu me empurrei para fora da cadeira.

Será doloroso, mas é a melhor coisa a fazer.

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Comments

Marta Monteiro

Marta Monteiro

começando a ler 🥰🥰🥰🥰🥰

2023-12-02

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