Já se passaram cerca de 8 horas depois que o meu voo pousou na Inglaterra. Isso mesmo, a minha mãe deu-me uma passagem para cá e uma pequena quantia em dinheiro, o suficiente para pelo menos uns 3 dias.
Eu trabalhava num restaurante, empregado de mesa e nem ao menos pude explicar-me sobre minha saída repentina do emprego. Fiquei bastante assustada quando a minha mãe disse para eu ir embora o mais rápido possível, por isso não pensei em absolutamente nada. Será que ela sabe de algo que eu não sei? Veremos!
Já estou aqui sentada a pouco mais de 8 horas, sei que tenho que levantar e caçar logo o meu rumo. Sabe quando você não sabe nem por onde começar? Então! Essa sou eu.
Não conheço nenhum lugar por aqui, conheço apenas a cidade de Londres que é onde Letícia mora. Fora outros lugares que já ouvi falar, como: Birmingham, Liverpool, Nottingham e dentre algumas outras.
Finalmente, depois de 8 horas, Pego um black cabs. Peço que me leve até o Centro de Londres, obviamente. Decido que vou começar a escolher onde irei morar. Vai que em algum lugar de Londres me esbarro com Letícia.
O motorista é bem simpático. Conversamos bastante durante o trajeto. Perto já do meu destino as coisas começaram a ganhar rumo.
Taxista: Veio para ficar?
Laura: Assim espero. Não conheço muito a cidade, portanto ainda não tenho nada decidido.
Taxista: Corajosa em, vim assim de cara e coragem, sem nem ao menos conhecer o lugar, e sem nada, vai recomeçar do zero?
Laura: As vezes as coisas não são semente sobre coragem. Necessidade.
Taxista: Tá certo, tá certo!
Laura: Agora é somente procurar um lugar que já tenha mobília, corre atrás de um emprego e pronto!
Taxista: Espera! A Srta. ainda nem ao menos alugou algo?
Faço um aceno negando com a cabeça e passo a mão na minha barriga, sinto uma lágrima escorrer nas minhas bochechas. O taxista observa-me pelo espelho retrovisor, abre um sorriso e diz:
Taxista: CORAJOSA SIM!
Esse comentário tirou de mim um breve sorriso. Será mesmo que fui corajosa? Eu, na verdade, nem pensei em nada, quando vi ser uma passagem para longe só respirei aliviada. Sabia que poderia viver livremente e não me preocupar com as ameaças de Marcos.
Outra lágrima escorre por minhas bochechas e o taxista abre-me um genuíno sorriso através do espelho retrovisor. Limpo as minhas bochechas imediatamente e abro um grande sorriso para ele!
Taxista: Recomeço certo?
Laura: SIM!
Taxista: Conheço um lugar onde tem uma casa alugando, não é nada muito luxuoso, grande nem nada. É aconchegante e tem algumas mobílias. O preço é acessível e a senhora poderá entrar e pagar no próximo mês. Tudo bem?
Laura: Não sei como poderia agradecer!
Taxista: Não chorando mais.
Ainda tem pessoas boas no mundo, ainda tem! Por um longo momento senti uma onda de alívio e alegria percorrendo pelo meu corpo. Estou a alisar a minha barriga e dizendo em pensamentos que ali tudo ficará bem.
Chegamos ao local pouquíssimo mais de uma hora. Estou completamente encantada. É tudo muito colorido, perfeito!
Constato o senhor Joel, o taxista tirar as chaves do bolso e entregar-me. Ué?!
Taxista: A casa é do meu filho, Vicente. Ele virá no próximo final de semana e os dois poderão conversar e assim acertar as coisas. De uma coisa pode ter certeza querida, ele também irá querer-lhe ajudar a recomeçar.
Laura: Eu realmente não sei como lhe agra...
Taxista: APENAS SORRIA! Eu moro aqui na frente, no 421, quando precisar de algo e só me chamar.
Leve-o até a porta, em seguida tomo um banho, visto a mesma roupa que eu estava e deito na cama para descansar.
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Atualizado até capítulo 193
Comments
Silvanetemelo5 Melo
tem uns pais que são um verdadeiro monstro, como pode fazer isso com um filho
2025-03-17
1
Marli Batista
Que horror 😭😭😭😭😭😭
2024-12-04
0
Solange Santos
nossa essa mãe dela poderia pelo menos pegar umas roupas e os documentos como e que ela vai arranjar trabalho sem eles ❓🤔🤔🤔🤔🤔
2024-11-16
0