Cadê todo mundo?

Assim, já que o Sr. Liam havia permitido, Cloe voltou ao seu quarto, onde vestiu Helena com as poucas roupas simples que tinha. Desceram novamente as escadas, desta vez em direção à cozinha para o almoço. Ao chegar à cozinha, Cloe ficou surpresa ao ver uma enorme mesa repleta de pratos e sobremesas variadas. A quantidade de comida era impressionante, levando-a a imaginar se havia muitos empregados na mansão ou talvez uma grande família. No entanto, isso não parecia ser o caso. Sr. Rui havia mencionado apenas um patrão, e o homem que ela encontrara mais cedo parecia ser uma figura solitária. Portanto, não havia lógica em tantos pratos para apenas quatro pessoas.

"Bom dia. Senhorita, vejo que já está almoçando," cumprimentou-a Sr. Rui. "Não tomei a liberdade de lhe acordar, pois achei que precisava de um descanso maior. Notei que não tinha muitos pertences quando chegou, então saí e comprei algumas roupas e necessidades básicas para você e sua filha. Espero que estejam ao seu gosto. Nunca tivemos uma criança aqui antes."

Cloe sorriu, tocada pelo gesto atencioso de Sr. Rui. "Sr. Rui, não importa o que o Sr. comprou. Para quem não tem nada, não posso ser ingrata. Por favor, não me chame de senhorita, me chame de Cloe. Afinal, agora seremos colegas de trabalho, e como o Sr. parece responsável por tudo aqui, parece que será meu supervisor ou algo assim. Portanto, me chame pelo nome, por favor. Aliás, onde estão os outros empregados? Não vi ninguém desde que cheguei."

O mordomo respondeu com calma. "Não há outros empregados, senhorita. Como mencionei ontem, o Sr. Liam apenas se compadeceu de sua situação e resolveu abrigá-la. Você é uma hóspede aqui, não uma serviçal. Eu sempre cuidei da casa sozinho desde que meus pais se foram. Não é uma tarefa difícil."

Cloe quase se engasgou com o suco diante dessa revelação. Como era possível que não houvesse empregados naquela mansão tão grande, mantida em estado impecável? A comida, a limpeza, tudo estava em seu devido lugar. E se aquele homem solitário não gostava de crianças, por que estava se preocupando com ela e Helena? As perguntas dançavam em sua mente, mas ela decidiu não fazer mais indagações. Algumas respostas poderiam ser piores do que a própria incerteza.

Educadamente, Cloe se retirou da cozinha e levou Helena consigo para explorar o jardim. O jardim do castelo era tão bem cuidado quanto o interior da mansão. No dia anterior, sua ansiedade não permitira que ela prestasse atenção a seus detalhes. Hoje, sob a luz do dia, o ar estava um pouco menos sombrio, mas a inquietação ainda persistia. No entanto, ao observar sua filha brincando alegremente com os novos brinquedos, Cloe encontrou um momento de calma e gratidão. Se aqueles fossem de fato seus últimos dias, ao menos ela e Helena estariam confortáveis.

Enquanto refletia sobre isso, Cloe olhou para cima e viu o Sr. Liam observando-as de uma janela no alto do castelo. Mesmo a distância, seus olhos pareciam perfurar os dela. Um arrepio percorreu sua espinha, e uma sensação de que algo mais estava em jogo tomou conta dela. Aquela figura enigmática continuava a ser um enigma, um que ela estava determinada a decifrar, não apenas por curiosidade, mas por um desejo profundo de garantir o futuro de sua filha e desvendar as verdades que estavam escondidas nas sombras do castelo.

Mais populares

Comments

Marina Nunes Siqueira

Marina Nunes Siqueira

visch será

2024-04-20

0

Alexandra Moreira da Silva

Alexandra Moreira da Silva

senti medo

2023-11-18

0

Rosária 234 Fonseca

Rosária 234 Fonseca

Estou amando cada capítulo do seu livro parabéns pelo trabalho autora vc é demais

2023-11-05

0

Ver todos

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!