O Senhor fez o quê?

Na manhã seguinte, Cloe acordou com o som suave dos pássaros lá fora. O quarto estava inundado pela luz do sol, e ela sentiu-se revigorada após uma noite de sono tranquila. Helena, por outro lado, estava brincando com os novos brinquedos que Rui havia providenciado. Parecia que a menina estava mais animada e ativa do que nunca, o que era um alívio para Cloe.

Ao observar a filha, ela não pôde deixar de pensar no que havia acontecido na noite anterior. Ela nunca teria imaginado que o suco de beterraba, misturado qualquer remédio caseiro que fosse, poderia curar tão rapidamente a febre de Helena. Ela ainda estava tentando assimilar o que acontecia naquele castelo.

Enquanto Cloe cuidava de Helena, ela ouviu batidas suaves na porta do quarto. Ao abrir a porta, Rui estava ali com um semblante sério. "Bom dia, Cloe. Como está Helena hoje?"

Cloe sorriu, grata pela preocupação dele. "Bom dia, Rui. Helena está muito melhor. Parece que a febre sumiu completamente."

Rui assentiu, aliviado. "Fico feliz em ouvir isso. Trouxe um pouco de café da manhã para vocês." Ele entrou no quarto carregando uma bandeja com alimentos variados.

"Obrigada, Rui. Você tem sido muito gentil conosco desde que chegamos aqui."

Rui sorriu de maneira amigável. "É o mínimo que posso fazer. Vocês são bem-vindas aqui. E por favor, não precisa me chamar de 'senhor'. Pode me chamar de Rui."

Cloe sentiu-se um pouco mais à vontade com a atitude acolhedora de Rui. Enquanto eles tomavam o café da manhã, ela começou a questionar algo que a intrigava. "Por que você não nos levou ao hospital ontem à noite? A situação poderia ter sido muito pior."

Rui suspirou, olhando pensativo. "Cloe, a situação de Helena é um pouco complicada. E, infelizmente, só vai piorar com o tempo. Eu gostaria de explicar tudo a você, mas é uma longa história."

Cloe olhou para ele com curiosidade. "Sei que há muitas coisas que eu não entendo sobre esse lugar e sobre vocês. Eu só gostaria de ter uma explicação honesta."

Rui assentiu compreensivamente. "Eu prometo que vou explicar tudo, mas é um assunto delicado. Precisamos de tempo para conversar com calma."

Enquanto eles conversavam, a porta do quarto se abriu novamente, revelando Liam. Ele estava carregando uma expressão séria, quase preocupada.

-Rui, podemos conversar um momento?" Liam olhou diretamente para Rui, como se quisesse discutir algo importante em particular.

Rui assentiu e dirigiu-se a Cloe. "Desculpe-me por interromper nossa conversa, Cloe. Precisamos discutir algo em particular."

Cloe assentiu, percebendo que havia um assunto sério entre os dois. Ela se concentrou em cuidar de Helena enquanto eles se retiravam do quarto.

No corredor, Rui falou com seriedade: "Por que não a levou ao hospital? Esse tipo de coisa pode se repetir, e a condição da menina é complicada. Vou comprar um celular para podermos nos comunicar quando você não estiver aqui."

Liam suspirou, respondendo: "No começo, fiquei nervoso com a situação. Mas depois consegui acalmar Cloe, e a febre de Helena cedeu. Usei algumas gotas do meu sangue no suco dela."

Rui ficou alarmado. "O quê? Você fez o quê? Liam, isso é perigoso! Você sabe o quanto isso pode ter impacto? Você sabe que o seu sangue tem um poder incrível de cura. E agora, ela deve estar fazendo algo que antes não conseguia."

Liam respondeu com convicção: "Sinceramente, Rui, não entendo como isso pode ser prejudicial. Seria muito mais conveniente ter uma criança saudável em casa. É doloroso ver aquela menina tão debilitada. Ela não anda, não fala, não consegue se alimentar sozinha. Ela não pode aproveitar a vida como as outras crianças, brincar no jardim, correr atrás de borboletas."

Rui suspirou, deixando claro que estava preocupado. "Se se passaram apenas dois dias. Liam  você parece ter se apegado a elas, não só à mãe, mas também à filha. Eu nunca imaginei que veria você assim novamente, depois de tanto tempo. A escuridão em você parece estar se dissipando. Mas curar a menina pode interferir no destino dela. Mudar o destino raramente traz bons resultados."

Liam ponderou as palavras de Rui. "Eu entendo a teoria, mas por que não posso acreditar que meu destino é curar a menina? E talvez o destino dela seja ser salva, e é por isso que elas estão aqui."

Rui olhou para Liam com seriedade. "Pode ser que você tenha razão, mas é cedo para tirar conclusões precipitadas. Você precisa conhecer melhor a moça, conviver mais com ela. Se realmente acredita que o destino os uniu, precisa conquistá-la. Ela já está agradecida, mas tenha cuidado para não fazer com que ela se apaixone se você não tiver certeza das complicações.

Mais populares

Comments

Marina Nunes Siqueira

Marina Nunes Siqueira

esse romance é muito bom

2024-04-20

0

Rosária 234 Fonseca

Rosária 234 Fonseca

quem sabe um amor não apareça da ir

2023-11-05

0

Ver todos

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!