No Dear, Chocolate, o ambiente era acolhedor, com uma decoração simples e elegante. As paredes em tons claros contrastavam com os detalhes em madeira escura, criando uma sensação de tranquilidade. O aroma doce de chocolate derretido pairava no ar, tornando o lugar ainda mais irresistível. Delphine se acomodou em uma mesa perto da janela, onde uma brisa suave entrava, enquanto observava as pessoas caminhando lá fora.
Liam, sentado em frente a ela, não pôde deixar de notar o brilho nos olhos de Delphine enquanto ela explorava o ambiente com o olhar.
— Gostou daqui? — perguntou ele, curioso com sua reação.
Delphine sorriu, observando ao redor com admiração.
— Muito! Aqui é um lugar lindo — elogiou, com um toque de empolgação na voz.
Liam sorriu de volta, disfarçando o pensamento que passou por sua mente: "Ela é encantadora."
Logo, uma funcionária chegou com o cardápio em mãos, cheio de opções deliciosas. Delphine olhou com curiosidade e depois virou-se para Liam.
— Já comeu algum desses? — perguntou, enquanto folheava as páginas.
Liam fez uma pausa, lembrando-se de um doce em particular que havia experimentado tempos atrás.
— Na verdade, sim. O Lutyide. Comi no castelo uma vez — respondeu, apontando para a imagem no cardápio.
A funcionária, ouvindo a conversa, sorriu e comentou:
— Esse é o mais famoso daqui, é o favorito do príncipe Darlan.
Os olhos de Delphine se arregalaram com a informação.
— Interessante! Vou querer experimentar, por favor — disse ela, animada.
— Ótima escolha. E o senhor? — perguntou a funcionária, virando-se para Liam.
— Vou tentar algo novo, o Chantry, por favor — respondeu ele.
Enquanto aguardavam os pedidos, a conversa fluiu suavemente. Delphine comentou:
— A minha irmã iria adorar esse lugar. Ela gosta muito de fazer doces.
Liam inclinou-se um pouco mais para perto, curioso.
— E você? Gosta de cozinhar também?
Delphine riu, lembrando-se de uma de suas tentativas desastrosas.
— Ah, eu já tentei fazer uma torta, mas... digamos que ela explodiu e fez uma bagunça enorme! — disse, gesticulando exageradamente com as mãos.
Liam riu, imaginando a cena, e, por um momento, o riso deles ecoou pelo salão, chamando a atenção de algumas pessoas. Delphine logo percebeu os olhares e se encolheu um pouco, corando.
— Ai nossa, acho que chamamos atenção — disse ela, envergonhada.
Liam olhou ao redor e viu as pessoas desviarem os olhares de volta para seus próprios assuntos.
— Parece que sim — respondeu ele, sorrindo tranquilamente.
Pouco depois, a funcionária voltou com os pedidos. Delphine deu uma mordida no Lutyide, seus olhos se fechando por um segundo enquanto saboreava o doce derretendo na boca.
— Está delicioso! — exclamou, encantada.
Liam, satisfeito por vê-la tão feliz, cortou um pedaço de seu Chantry e ofereceu a ela.
— Quer experimentar o meu?
Delphine aceitou e, ao provar, sorriu de surpresa.
— É delicioso também, nunca comi nada parecido.
Liam ficou contente com a aprovação dela, o sorriso que ele lhe deu era caloroso e sincero.
Ao final, quando se levantaram para ir embora, Liam insistiu em pagar a conta, e Delphine aceitou com um agradecimento tímido. Já na rua, o ar da noite estava fresco e agradável, e as estrelas começavam a aparecer no céu.
— Obrigada por hoje — disse Delphine, com um sorriso suave, mas seus olhos mostravam gratidão genuína.
Liam a olhou diretamente, com uma sinceridade que a deixou ligeiramente nervosa.
— Não precisa agradecer, eu me diverti muito estando com você — respondeu ele.
Delphine mordeu o lábio inferior, juntando as mãos, mexendo os dedos de leve, enquanto o calor subia às suas bochechas. Ela desviou o olhar por um momento, tentando disfarçar o nervosismo.
— Eu também gostei de ter saído com você — admitiu, olhando de lado.
Enquanto Liam observava Delphine se afastar, dois amigos da academia de combate, Benjamin e Cassiano, aproximaram-se, rindo baixinho.
— Ela é linda! — elogiou Benjamin.
Cassiano, sempre provocador, deu uma risadinha antes de cutucar Liam no ombro.
— Nunca te vi com uma moça antes. Ela é sua namorada? — perguntou com um sorriso malicioso.
Liam, sempre calmo, respondeu com tranquilidade.
— Não, apenas uma amiga que fiz recentemente.
Cassiano arqueou uma sobrancelha, mantendo o tom provocador.
— Ah, então não teria problema se eu a cortejasse. Será que sou o tipo dela?
Liam, visivelmente incomodado com a insinuação, balançou a cabeça.
— Não inventa.
Benjamin deu uma risada e olhou para Cassiano.
— Deixa pra lá. O Liam já está encantado por ela, é melhor não mexer.
Cassiano ergueu as mãos em sinal de rendição.
— Tudo bem, não vou interferir. Boa sorte, amigo! — disse ele, num tom baixo e divertido.
Liam ergueu uma sobrancelha em desafio antes de se inclinar para Cassiano.
— Vocês merecem uma lição.
E com um movimento rápido, começou um duelo corporal amistoso, uma brincadeira típica entre amigos da academia, que terminou com risadas enquanto eles seguiam seu caminho.
Enquanto isso, Delphine, já distante, caminhava refletindo sobre a tarde. Pensou que conhecer Liam, alguém tão próximo ao príncipe, poderia abrir portas para oportunidades no futuro. Mais que isso, ela não pôde deixar de pensar em como o tempo ao lado dele fora surpreendentemente agradável.
Quando Delphine chegou em casa, sentou-se em seu quarto iluminado pela luz suave que entrava pela janela e começou a folhear os livros que trouxera da biblioteca. Um em particular chamou sua atenção: um volume sobre a geografia dos reinos distantes. Ao virar as páginas, seus olhos se fixaram em uma descrição sobre o Reino das Sombras e a Floresta Maldita.
A atmosfera do quarto, antes tranquila, parecia acompanhar o peso sombrio das palavras que ela lia.
Delphine (com um tom intrigante): — O reino das sombras... Diz aqui que o sol raramente aparece e a floresta Maldita é um lugar de onde ninguém volta.
Ela sorri com um toque de mistério, tentando assustar sua irmã mais nova, Fanny, que acabava de entrar no quarto.
Fanny (com um arrepio involuntário): — Que horrível! Mas quem, em sã consciência, iria querer ir a um lugar desses?
Ela pega um outro livro, distraída, mas ainda pensativa.
Delphine (com um brilho nos olhos): — Pode até ser horrível, mas pensa nos mistérios que essa floresta esconde.
Ela fecha o livro, satisfeita com a pequena provocação, e o guarda na estante. O som da madeira oca ecoa suavemente pelo quarto. Fanny começa a folhear as páginas de um livro de eventos enquanto Delphine se aproxima, cheia de entusiasmo.
Delphine: — E você? Está animada para amanhã? Pensei em te acompanhar na academia de arte.
Fanny (surpresa, batendo palmas de empolgação): — Que ótimo! Achei que você não tivesse interesse!
Delphine (sorrindo): — Só quero ver como funciona. Depois disso, vou dar uma passada na academia de ciências. Sabia que eles têm um laboratório construído dentro de uma árvore gigante na floresta?
O entusiasmo de Delphine era contagiante enquanto ela contava tudo que havia aprendido. As descrições faziam parecer que estava desvendando um mundo novo e mágico. Fanny, embora cética, não conseguia evitar a admiração.
Fanny (surpresa): — Uau! Isso é realmente incrível!
Delphine: — Quem me contou foi Liam, aquele amigo que fiz recentemente.
Fanny ficou curiosa sobre Liam, e Delphine começou a falar mais dele, o que aumentou o interesse de sua irmã.
No dia seguinte, as duas irmãs se dirigiram à casa de Gisela, prontas para um dia de descobertas. Gisela as recebeu com um sorriso acolhedor e logo as convidou para acompanhá-la à academia.
Gisela (com expectativa): — Hoje vai ser especial, o professor tem um anúncio importante. Acho que vocês vão gostar!
Delphine agradeceu, enquanto Gabriel, um amigo de Gisela, puxava assunto com ela durante o caminho, tentando impressioná-la com histórias engraçadas.
Quando chegaram à academia de arte, Delphine e Fanny foram levadas à sala de Gisela, que estava decorada de forma criativa com cadeiras, mesas e pufes coloridos. O espaço vibrava com a energia de jovens artistas e continha um armário com fantasias que chamava a atenção. Gisela apresentou as irmãs para seus amigos, e foi então que Delphine conheceu Yeda, a atriz principal da turma.
Delphine (com simpatia): — Você deve ser a mais talentosa daqui!
Yeda (dando um olhar avaliador): — Claro. — Por dentro, Yeda já sentia uma antipatia crescente. — "Quem essa garota pensa que é?" — Pensou, lançando um olhar de desdém.
Fanny (observando de longe): "Que garota arrogante! Por que tratar a minha irmã assim?" — Pensou, com o punho cerrado de raiva.
Delphine, tentando manter a compostura, afastou-se calmamente, disfarçando sua irritação. "Você não é melhor do que ninguém aqui." — Pensou, mantendo a elegância.
Pouco depois, o professor Ethan entrou na sala. Ele era um homem carismático e experiente, que rapidamente capturou a atenção de todos.
Gisela (com entusiasmo): — Professor, essas são Delphine e Fanny. Acho que elas têm interesse em se juntar à turma.
Ethan as cumprimentou com um sorriso acolhedor, lembrando-se de que Gonçalo, um conhecido, havia mencionado que talvez as duas fossem aparecer.
Ethan (com um olhar gentil): — Sejam muito bem-vindas! Hoje tenho um anúncio especial: nossa próxima peça será apresentada no castelo, diante da família real.
Ao ouvir isso, a sala explodiu em murmúrios e gritos animados. A ideia de se apresentarem diante do príncipe Darlan fez o coração de muitas ali disparar. Ethan pediu silêncio, mas o entusiasmo permanecia no ar.
Fanny (sussurrando para si mesma): — O príncipe é bem popular por aqui...
Ethan distribuiu os papéis da nova peça, uma história envolvente sobre um triângulo amoroso. Curioso para ver como as novas alunas se saíam, ele convidou Delphine e Fanny a tentar atuar.
Quando chegou a vez de Delphine, ela surpreendeu a todos com sua interpretação intensa e natural. O aplauso que se seguiu foi caloroso, e até Ethan ficou impressionado.
Ethan (com admiração): — Isso foi perfeito! Você tem um talento incrível.
Delphine agradeceu com um sorriso tímido, mas por dentro se sentia realizada. Enquanto isso, Yeda, que assistira a cena com um olhar frio, tentava disfarçar sua crescente insegurança. "Novata... não se ache tanto." — Pensou, sentindo-se ameaçada pela possibilidade de Delphine roubar seu lugar como a estrela da turma.
O ambiente na sala era uma mistura de admiração e rivalidade, e Delphine começava a perceber que o caminho ali talvez fosse mais desafiador do que imaginava.
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Atualizado até capítulo 47
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