...Melissa Stefano...
Fim da aula.
— Pensei que essas duas aulas nunca fossem acabar. Estou morrendo de fome... — Reclamo, despencando o meu corpo sobre a mesa de madeira onde estão os nossos livros.
— Você é uma atleta, então come como uma atleta. Não entendo porquê os meninos te chamam de princesa e não de dragão. — Sorri, apoiando a sua mão sobre a minha cabeça.
— Ei. Não fique com ciúme minha, querida amiga. Vamos? — Levanto o meu corpo de uma vez, pegando a Sofie pelo braço e a levando até a porta.
— Melissa, posso falar com você?
Olho para aquele homem repugnante, a meu ver, o encontrando de pé, à alguns passos de distância da Sofie e de mim.
— Não tenho tempo. Estou ocupada. — Respondo.
— Está? — Minha amiga pergunta, aparentemente bem confusa.
— Estou. — Olho para ela e franzo as sobrancelhas, sinalizando para ela me ajudar, apenas com um olhar sugestivo.
— Vou ser breve. — Garante-me, dando aquele sorriso de canto que está começando a me irritar de verdade. — Prometo.
— Vamos esperar para ouvir o que ele tem a dizer, Mel. Pode ser importante.
— Desculpe, mas o assunto é privado. — Inclina a cabeça levemente para o lado, desta vez, olhando fixamente para a minha amiga. — Gostaria de falar a sós com ela.
— Ah. Claro. Te vejo no refeitório, Mel. — ela solta o aperto da minha mão sobre o seu braço, apertando os meus dedos suavemente e sussurrando um pedido para que eu relaxe, logo saindo da sala e fechando a porta.
— Precisava ter feito aquilo? — O encaro diretamente, cruzando os meus braços.
— Aquilo, o quê? — Arqueia a sobrancelha direita ao me questionar.
— Eu não te conheço, mas agora, as meninas pensam do contrário.
— As suas amigas pensariam que temos algo sigiloso? — Volta a ficar sério, mas da forma em que tenta ser sedutor, como no início da aula. — Igual àquelas histórinhas de aluna e professor?
— Não vou falar sobre isso com você. — Reviro os meus olhos, sentindo a minha paciência se esgotar cada vez mais. — Que ridículo... O que quer?
— Mais respeito, eu sou um dos seus professores e um superior.
— Antes de você entrar nesta sala, não era isso que parecia. Ficou se fazendo de desentendido, enquanto eu falava mal de você, na sua cara.
— E você está preocupada por dizer aquelas coisas sobre mim, sendo que nem me conhece?
— Não. Nem um pouco.
— Percebe que me chamou de despedaçador de corações, certo?
— Em que momento eu disse isso?
— Foi o que deu a entender. E sobre eu ser rigoroso. Sim, eu sou. Ainda mais com alunos mal-educados, capazes de ameaçar um professor, mesmo não sendo diretamente. — Franze a testa, me encarando com seriedade. Ele dá alguns passos na minha direção, se inclinando para ficar da minha altura, de um modo bem ameaçador. — E eu detesto alunas desse tipo. Mas posso não lhe entregar para o diretor se for educadinha. — Ele olha-me nos olhos, finalizando com um sorriso. Mas eu não o deixo me atingir com as suas palavras.
O que a proximidade e os meus reflexos querem que eu faça é errado, mas é a minha autodefesa, então que se dane.
Dou um soco no seu estômago, em cheio, vendo uma careta se formar no seu rosto e o ar dos pulmões ser expulso do seu corpo.
Ele dá passos para trás para respirar fundo e se recuperar, formando uma carranca de ódio com o seu olhar fixo em mim.
— Você é louca, porra?!
— Vamos ver... Um professor que atrai a atenção de muitas garotas para fins estranhos, rancoroso, pervertido... Estou esquecendo de mais algum adjetivo?
— Sala do diretor, AGORA!!!
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Atualizado até capítulo 29
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