Cap 15

Isa Narrando.

 

 

 

Assim que engravidei de Rael achei que ia ser a melhor coisa da minha vida, mas quando ele foi preso eu passei por altos e baixos, primeiro minha mãe me expulsou de casa depois que soube da Aposta, segundo! ela não aceitou o neto, terceiro! fui odiada na favela e muitas das vezes as pessoas desejavam mal para mim e para o meu bebê, não me arrependo de nada do que fiz para mim foi apenas uma brincadeira, depois que Rael foi preso ganhei o desprezo daqueles que eu achava que eram meus amigos, eu neguei para mim mesmo o fato de está grávida e por muitas das vezes tentei interromper essa gravidez, não sentir apoio nem sequer da família de Rael, eu nem sequer conseguia ver ele na cadeia, depois que Samuel nasceu tudo pirou o choro dele começou a me deixar mais depressiva eu não conseguia olhar no rosto dele eu sinto algo tão ruim quando olho para ele, teve dias que eu não conseguia amamentar ele, parecia uma tortura  tive que me consulta e disseram que era depressão pós parto.

 

- Presta mais atenção com o nosso filho- Rael falava puto, com Samuel no colo.

 

- Tu quem tem que presta mais atenção! O que tu estava fazendo? Ah deixa eu ver... prestando atenção  na Anita- digo irônica.

 

- Não testa a porra da minha paciência Isabela- ele falou mais puto ainda.

 

- É a verdade...Antes que eu pudesse terminar de falar ele me pega pelo pescoço.

 

- Não quero que Samuel veja o que eu posso fazer contigo! Será se eu vou ter que te obrigar a fazer teu papel de mãe? Acho bom Isabela andar pelo certo, ou eu mesmo acabo com todo esse teu trama- ele falou me largando e eu comecei a tossir.

 

- Não é trama!- digo chorando.

 

- É falta de pica isso sim- ele gritou fechando a porta do quarto e se trancando nele com Samuel e eu fiquei batendo, entro no outro quarto tiro toda a minha roupa e entro debaixo do chuveiro, deixo as lágrimas cair passava a mão pelo meu corpo e sentia cada marca que eu fazia com as unhas, porque eu não tenho o Amor de ninguém, se um dia ele me deixar eu acabo que essa merda de vida, me sentei no chão e comecei a arranha minhas coxas com tanta força, deixo o banheiro e me deito mas não consigo dormir fico na varanda observando  toda a favela e por um minuto me lembro da minha mãe.

 

- Quero café tenho que ir para uma reunião- Rael diz.

 

- Já já eu faço- falei virando e os olhos dele foram certinho nas marcas da minha coxa.

 

- Que porra é essa Isabela?

 

- Nada!- digo

 

- Como nada? Tá louca- ele chega perto de mim e me sacode e eu comecei a chorar.

- Não fode com a tua vida- olhei para o lado Samuel com um urso na mão olhando nós dois.

 

- Vem cá!- ele pega Samuel no colo sai.

 

 

Passei o dia em casa, era noite quando ele chegou, colocou as armas na mesa tomou banho e sentou do meu lado ligando a TV.

 

 

- Onde está Samuel?

 

- Ficou com Alice, prefiro ver ele com ela do que com uma mãe fudida como tu- ele disse alterada.

 

- Que bicho te mordeu pra aí?

 

- Não interessa!- ele diz ligado na TV.

 

- Desculpa!

 

- Quê?- ele me olha.

 

- Amor eu peço desculpa pelo meu jeito- que merda já estou chorando de novo.

 

 

- Fica suave!- ele falou ligado na TV de novo sem nem ligar pelo que eu disse, sento no colo dele de frente para ele.

 

 

- E eu te quero hoje- falei tirando a blusa, e ele ficou frenético me olhando, logo nós dois começamos a nos beijar enquanto eu rebolava nele as coisas estavam esquentando quando o radinho começou a apitar.

- Deixa tocar!- digo entre beijos, enquanto ele chupava meu pescoço, até que começou a apitar de novo e ele teve que atender, falar sério.

 

- De qual foi?- ele diz ofegante.

 

- Sobe na pracinha agora!- LP falou.

 

- Resolve esse B.O aí Lp- ele disse.

 

- Pô cara não tem como, brota aqui.

 

- Vou te esperar!- digo colocando minha blusa novamente ele me deu um selinho colocou a camisa no ombro e saiu.

 

 

Rael Narrando.

 

 

5 anos que eu não sabia o que era f*** direito aí vem um B.O pra empatar minha foda, sair puto de casa montei na moto e broto na pracinha quando chego a Anita tava com arma na mão apontando para a Mina.

 

- Ou? Que porra é essa aqui?- pergunto já descendo da moto deixando até ela cair no chão.

 

- Eu vou passar essa piranha aqui- ela falou puta da vida.

 

- Vai não!- digo pegando na mão dela, a bixa tem força.

 

- Eu pensei que ela ia me matar essa gorda mucha- a Mina gritou e Anita dei  um soco nela.

 

- Aqui não é bagunça não!- digo.

 

- Pode me soltar? Qual foi a parte que tu não entendeu que eu não quero pra tu triscar em mim- Anita gritou.

 

- Leva as duas pra salinha, formiga manda geral vazar- digo.

 

- Porra LP francamente, tu podia muito bem resolver essa briga, empatou minha foda- eu disse levando Anita que tentava se soltar.

 

- Da próxima vez que tu me xingar tu vai amanhecer com a boca cheia de formiga- Anita falou, mas paralisou quando olhou a fundação na favela com o nome dela.

 

- Alison o que é isso?- LP me olha.

 

- LP que mandou fazer em tua homenagem agora anda- digo.

 

- Oh irmão também te amo, essa declaração de amor é a mais linda que já vi, e Israel eu sei andar sozinha com licença- ela fala andando na frente.

 

- Não quero mulheres brigando por motivo fútil aqui, Lara se xingar Anita de novo eu mesmo corto tua língua- tava falando.

 

- Eu não preciso que ninguém faça isso por mim! Eu mesmo faço- ela falou.

 

- Enfim... Anita se puxar arma aqui dentro da favela pra morador vai ficar sem a função- Digo e ela revira os olhos.

- Espero que eu não tenho que sair de casa e resolver esse bagulho de novo aí vai ser outros quinhentos- falei levantando.

 

 

LP tinha ido ver Alice e eu ia saindo da boca quando escutei alguém correr para o matagal.

 

- Tu escutou também?- Anita falou, pois estava esperando LP.

 

- Escutei!- Falei pegando minha arma e ela a dela, vou mais a frente e ela atrás, quando entramos no matagal.

 

- Fica atrás de mim- digo.

 

- Não precisa minha bebê aqui me protege- ela fala com uma 12 na mão.

 

 

- Claro!- digo debochando.

 

- Deboche comigo não cola- ela fala.

 

- Xiuuu!- digo parando.

 

- Não manda eu calar a boca!- ela grita quando escuto outro barulho e ela atira, corremos para onde ela atirou, chegamos tinha uma pessoa caída no chão com um saco na cabeça.

 

- Não parece ser Alemão- ela diz.

 

- Não mesmo!- digo tirando a sacola da cabeça e viro o corpo.

- Puta que pariu! Isso é morador- digo olhando seu zé do barzinho.

 

- Mas o que morador vai fazer dentro do matagal?

 

- Tá errado esse bagulho- falei furioso, pego o radinho e chamo os manos.

 

- Israel olha ali- ela diz quando levanto o olhar várias cabeças em uma árvore.

 

- Isso é um aviso- falei e ela chega perto.

 

- Anita não vai fica aqui- digo.

 

- Não fode!- ela falou tirando um papel da boca de umas das cabeças...

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Comments

Marlene Araujo

Marlene Araujo

mais capítulo por favor

2023-07-18

3

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