Cap 18

Atenção este capítulo pode despertar alguns gatilhos se você for sensível ignore este capítulo.

Corro em meio a avenida, estava desnorteada tudo ardia em mim, eu me sentia suja como o chão tudo o que eu queria naquele instante era acabar com minha dor de qualquer jeito, estava correndo quando um carro freou em cima de mim, cair no chão quando vejo que sai uma mulher.

- Tu está bem?- ela veio em minha direção.

- Só me deixa ir!- digo desnorteada.

- Não! tu não tá bem, vem entra dentro do carro te levo pra qualquer lugar que tu queira ir- ela me estendeu a mão, levantei o olhar para ela e peguei na sua mão e entrei no carro.

- Pra onde quer ir?- ela perguntou saindo com o carro.

- Quero morrer!- eu comecei a chorar me lembrando de cada toque daquele cara em mim.

- Morrer não é a solução para teus problemas eu já tentei isso, e a dor não passa por mais que tente se desvenciar de tudo não acaba com a morte- ela disse.

- Tu já passou pelo que eu passei!- digo prendendo minha boca pois eu sentia dor.

- Não sei qual é a tua dor, mas creio que foi pior do que a minha, me diz o que aconteceu- ela parou o carro.

- Ele...ele- o nó insistia na minha garganta não saía de mim.

- Ele abusou de ti?- ela perguntou, meu silêncio e meu choro foi a resposta.

- Tá tudo bem, se tu está fugindo somos tuas fugitivas agora, me chamo Anita- ela estendeu a mão para mim.

- Me chamo marcela!- digo e ela me abraçou com tanta força, como se aquele abraço fosse no meu coração.

- Não queira se sujar comigo- eu chorava- Ele tirou de mim toda a inocência que me restava me fez morrer por dentro sem ao menos eu ter morrido fisicamente.

- Marcela, eu super entendo a tua dor, me diz onde ele mora vamos até lá- ela falou com raiva.

- Não me leve até lá por favor- digo apavorada.

- Marcela eu não sei se tu já teve alguém que fosse por ti neste momento, se tu não tinha agora tem e nunca mais ninguém vai por a mão em te, me diz onde ele mora- ela falou pegando minha Mão, não sei, sentir confiança nela.

Minha mãe morreu e desde da morte dela foi a minha também, havia pouco tempo que ela havia me deixado e ele se apossou de mim como se eu fosse dele, mas hoje... Foi o pior dia da minha vida, estava no meu quarto não sei o que eu tinha tomado que me fez ter um sono tão pesado, acordo com ele em cima de mim e a dor que eu sentia era tão grande, comecei a me debater mais foi impossível, eu olhava para o quadro da minha mãe e eu chorava foi quando ele terminou e ainda me bateu, eu decidi que ali seria a última vez que eu viver, ele estava dormindo abri a porta e sair correndo até me deparar com ela.

- É aqui que ele mora- Eu falei.

- Marcela me espera aqui! já já eu volto e a gente vai para bem longe.

Anita Narrando.

Estava fugindo de carro quando alguém passa na frente do meu carro paro e vejo que é uma mulher, ela estava machucada e chorava muito, acho que tinha em torno de 20 anos não sei mais ou menos, mais tudo o que ela me contou me subiu um ódio eu sentia que ali eu tinha que ajudar, parada ali na frente da casa saio de dentro do carro entro com tudo e ele estava sentado na poltrona com uma garrafa de cerveja na mão.

- Oh maldito!- chamo e ele vira, o primeiro tiro eu dei na garganta dele, tiro meu punhal da bolsa.

- Sabe o que acontece com estuprador na quebrada?- ele me olhava com os olhos arregalados e agonizando.

- A gente manda para o inferno!- digo degolando ele saio dali, mais antes de tudo perguntei a Marcela se ela me permitia acabar com tudo, pego gasolina de dentro do carro e joguei por toda a casa e toquei fogo com o corpo dele dentro e ainda deixei o recado com o nome da minha função na irmandade.

- Vamos embora! se tu não tinha uma amiga agora tem! Amiga não, irmã- digo dando partida no carro para o Morro se LK.

- Eu agradeço muito Anita- ela falou com os olhos cheios de lágrimas não pude suportar ver ela daquela forma, acabei chorando em todo o caminho, na minha mente vinha Rael será se eu o matei? e lembro o que essa moça passou me faz sentir uma dor como se fosse comigo, chegando no Morro liberaram minha entrada e eu ainda chorava, os vapores me conduziram para uma casa, ajudo ela sair de dentro do carro, ajudo ela a tirar a roupa para tomar banho e vejo toda aquelas marcas me dar um ódio, saio dali me segurando mais esse abusador tá queimando no inferno, pego meu celular e mando mensagem para Alison e ele acaba de me dizer que Rael ainda está internado que a bala perfurou o pulmão dele aquela dor parece que ia queimar meu coração eu nunca ia matar ele Deus sabe disso, me sentei no chão e comecei a chorar ate que LK entra na casa me posturei de novo não vou mostrar fraqueza pra macho escroto ninguém nunca mais vai ver essa Anita.

- O que achou da casa Anita?- ele pergunta.

- Tá bom!- digo.

- Vai se vingar de mim também?- ele perguntou irônico.

- Não vou perder meu tempo- digo.

- Sabe Anita tô me surpreendendo com a mulher que tu se transformou confesso que tudo também tem dedo meu.

- Hahahaha seu? fala sério tu só perdeu dinheiro e eu mudei porque eu quis não por causa de ti, até acho graça LK, me admira você me falar umas bosta quem mudaria por sua causa? Quem se daria ao trabalho de mudar por causa de um crápula igual tu que não vale o chão que pisa, que se acha o Machão por pegar várias mina hahahah mais vive de marola por ser só porque não acha quem te ame, então quem precisa de uma mudança aqui LK é tu- falei revirando os olhos.

- Não precisa esculachar! ele falou.

- Então não fala merda seu porra!- eu gritei- Agora vaza daqui- ele saiu puto e eu tranquei a porta.

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