Rael Narrando.
Fez 5 anos e eu nesse inferno! Nem vi meu filho dar os primeiros passos, confesso que bate mó neurose em pensar que passei 5 anos sem vê ele, Lili vai cantar por esses meses e eu nem vou precisar fugir desse inferno, estava com os parça no pátio quando sou chamado na ala de visita.
- Qual foi?- pergunto para Isabela.
- Nossa Amor! Eu tava com saudade de tu- ela falou.
- Conta outra Isabela! Nem me fortaleceu aqui dentro Morô, tô sabendo que tá deixando meu moleque a vulso, vou te mandar o papo cuida da minha cria Morô, eu tô brotando Lili vai cantar aqui- digo.
- Não tô deixando ninguém a vulso Rael, só que eu trabalho.
- Com Que tu trabalha? Te fortaleço em tudo, trabalho de quê me diz qual é a fita tá de malandragem comigo?
- Para de falar assim! Eu não quero depender só de tu- ela falou.
- Esse teu papo aí tá torto e eu quero ver com meus próprios olhos quando eu brotar na minha quebrada.
- Tu diz que eu te não fortaleci eu passei altos e baixos com aquela criança, sozinha ninguém me deu apoio de nada- ela começa a chorar.
- Aquela criança é teu filho Isabela!- digo.
- Não vou parar minha vida por ele- ela disse.
- Mulher não faz eu te matar e passar mais uns anos na cadeia, ele precisa de tu que é a mãe dele, a mãe dele não é Alice falô ela não tem obrigação Morô eu paguei todo o teu tratamento, essa idéia de depressão pós parto aí já era pra ter passado.
- Eu não tenho culpa! Eu não tenho culpa se tu cagou pra mim e ainda pensa naquela mulher, o que tu fez para mim? Quando eu mais precisei de ti tu me abandonou.
- Eu tava privado caralho!- eu gritei.
- Até instituição tu mandou fundar no nome dela e o que tu fez pra mim?
- Eu ainda tô pagando os pecados que cometi falô, agora não vem jogar teu B.O pra cima de mim.
- Eu só precisava de ti!
- Eu tô aqui, faz teu papel que vou continuar fazendo o meu.
- Eu ainda não te tenho por inteiro, eu não vou conseguir olhar pra aquele garoto, eu não consigo.
- Isabela vai pra casa! Tá perto de eu sair falô- ela nem sequer deixou eu terminar de falar e saiu igual uma louca, sair nas pressas e fui até a cela coloquei dois dos meus companheiros de cela para vigiar e liguei para Alice.
Ligação.
- Oi
- Quem veio trazer Isabela pra cá?
- O formiga porque?
- Liga pra ele e manda ele levar ela direto pra casa.
- Porque?- ela pergunta
- Só manda ele fazer isso, cadê meu moleque?
- Tá aqui brincando com o primo dele, Rael eu tô louca pra te ver e te abraçar, fechadão não é fácil, teu filho precisa de ti, a mãe dele tá louca.
- Tô chegando!
- Meu pai tá louco pra te ver, em pensar que tu tá a frente do Morro mesmo privado, geral tá surpreso tô sabendo a data que tu vem vai tá vários aliados aqui, até o doido do Nathan vem com a parceira dele que ninguém sabe quem é.
- Não quero festa quando eu chegar, não no mesmo dia! Vou passar o dia com meu muleque.
- Tu sabe que ele tem todo o Amor e carinho, mas não é a mesma coisa O que ele precisa é do Amor da mãe dele e do teu também Rael.
- Tô ligado! Mas aê mana é ficha já já tamo ai- digo desligando o celular.
Os dias se passaram mais a porra da preocupação fez triplex na minha cabeça, fazia 3 dias que Isabela tava dando as crises dela, eu preciso sair dessa porra logo e por um basta nessa merda, logo o cabeça branca veio com meu alvará.
- Aê liberdade pra geral ai- digo dando um salve pra geral, pego minhas coisa e saio do sistema, quando chego do lado de fora minha irmã e meu filho.
- Puta merda!- não aguentei a porra da emoção em olhar meu moleque bem na minha frente.
- Quem é esse titia?- ele pergunta curioso se escondendo de trás de Alice.
- Vem cá, olha pra ele e olha pra você- ela falou.
- Sou teu pai Samuel!- digo e o moleque se esquivou.
- Lembra que eu disse que teu pai estava viajando? Pois então meu bem ele chegou- Alice fala e ele me olhou desconfiado.
- E cadê a mamãe?- ele começou procurar, não aguentei e peguei ele no colo e dei um abraço forte.
- Ai meu irmão!- Alice disse chorando e abraçando também.
- Tô de volta, tô de volta porra- digo entrando dentro do carro, Samuel foi o caminho todo grudado em mim, cheguei na entrada do Morro fogos anunciavam minha liberdade.
- Voltei!- gritei com meu filho no colo.
- Fala meu parça- LP me cumprimentou.
- É ficha!- digo abraçando ele, deixamos a diferença de lado, fui dar um jet na minha favela e ver tudo de perto, e tava tudo como eu planejei no sistema, hoje o dia é todo do meu filho ainda vou saber de Isabela, subi o Morro com geral me cumprimentando até mesmo meu coroa, mandei fazer uma casa pra mim com vista para o Morro todo.
- Isabela!- grito e ela sai do quarto, mais quando me ver pula em cima de mim.
- Meu Deus porque não me avisou- ela fala me abraçando e me beijando nem ligando para nosso filho que estava no meu braço que quando olhou para ela os olhos brilhou.
- Samuel aqui Isabela- digo e ela tenta, não sei como uma mãe nega o próprio filho, as vezes me dar raiva dela por isso ele não tem culpa dos meus vacilos ou dos traumas que ela sofreu depois de ter ele.
- Eu estava com saudade, eu preciso tanto de ti- ela fala toda animada, mas não podia parar eu tinha que resolver problemas da boca pessoalmente.
- Se arruma hoje tem pagode na quadra e lá quero ver de perto a firma dar de dinheiro.
- Não via a hora de sair com meu homem!- ela diz toda animada, as vezes fico com a ideia de que ela é dependente de mim em tudo ou ela criou isso na cabeça dela.
- Arruma Samuel também, vai tá todo mundo lá- digo.
- Arruma você!
- Faz esse esforço Isa! Pelo menos por mim- eu digo mexendo no Celular.
Ela se arrumou e arrumou Samuel, Eu todo trajado Lacoste no peito original, block na cintura, cabelo na régua, saímos nós 3 de casa com geral olhando.
- Família bonita a tua Rael- Um morador falou.
Só balancei a cabeça, chegando na quadra tava lotada eu não queria festa mais fazer o que?.
Todo mundo me cumprimentou carne assada e bebidas de graça pra toda a comunidade, Isabela sentada no meu colo ela tava com idéia de que as mina tava em cima, até Alice vim correndo.
- Samuel sumiu- ela falou no meu ouvido.
- Isa cadê Samuel?- Perguntei quase perdendo a paciência a única que restou e eu não queria sair arrastando ela pelos cabelos no meio se toda a minha família.
- Sei lá deve estar por aí brincando- respirei fundo e Alice me puxou logo.
- Calma! A gente vai achar, quem não ia conhecer Samuel aqui nessa favela- ela falou e acionei logo o radinho.
- Eu e Alice vamos procurar mais a cima- LP falou.
- É fixa vou descendo o Morro pra ver se acho ele- digo saindo, andei nas biqueira e nas vielas quando vou passando em um beco escuto aquela voz, eu reconheceria ela mesmo na onda da maconha.
- Vê tá sozinho meu amor?
- Minha mãe não me ama- Escutei a voz de Samuel e fiquei escutando.
- Como não? Um menino lindo e gentil como você, eu amaria cada detalhe seu- ando mais para perto.
- Verdade?
- Claro! Vem cá- ela pega ele no colo.
- Quem são seus pais?- Samuel me olhou e apontou pra mim, assim que me viu desfez o sorriso do rosto e sentir meu coração disparar como se fosse saltitar pra fora do meu peito, comecei a sentir uns bagulho.
- Papai!- Samuel falou correndo até mim.
- Anita?...
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Atualizado até capítulo 56
Comments
Leydiane Cristina Aprinio Gonçaves
agora eu quero ver o que vai acontecer kkk ai que delícia
2024-09-01
0
Andreia Simoes Filipe
que encontro meu deus...
anita vai adotar o Samuel
2023-07-16
5