Quando Allan retornou para a casa da mãe, já passava das 14:00 da tarde. Ao entrar, fita a filha brincando na neve no quintal com uma menina mais ou menos da mesma idade dela.
Beth - Nossa filho, pensei que nem viria mais para almoçar.
Allan - Eu passei na casa do Michael.
Beth - E a moça, como está?
Allan - Ela está bem, já teve alta.
Ele senta-se à mesa para almoçar com a mãe.
Allan - A senhora deveria ter comido, não me esperado.
Ela dá de ombros e abre a geladeira pegando uma jarra de suco e pondo em cima da mesa.
Beth - Eu estava sem um pingo de fome, já que comi algumas guloseimas que as meninas do grupo da igreja trouxeram para o chá.
Eles começam a se servir.
Beth - Essa menina que está brincando com a Judy, é neta da minha amiga da igreja, mais tarde vou deixá-la em casa.
Allan - A Judy almoçou?
Beth - Não muito, só aquele pinga pinga de sempre, parece um passarinho comendo.
Allan - Em compensação, tem prazer em comer porcarias.
Ela sorriu e tomou um gole de suco.
Beth - Crianças são assim mesmo, você era do mesmo jeito quando tinha a idade dela.
Logo predominou o silêncio durante a refeição, e só se ouvia o som dos talheres batendo nos pratos de louça branca. Depois que comeram, foram para a sala sentar no sofá e conversar assuntos aleatórios, principalmente sobre os preparativos da festinha de cinco anos de Judy.
Allan - Vou deixar essa parte nas suas mãos, mãe! Sabe que sou péssimo nisso.
Ele tira o cartão do bolso e a entrega.
Beth - Não acha melhor fazer na escola?
Allan - Não, melhor na minha casa mesmo! Quero uma festinha simples sem muita frescura, só com os amiguinhos dela mais íntimos.
Ele tira os sapatos, pega o controle e liga a televisão, ajeita as almofadas deitando logo em seguida.
Beth - Sabe filho, acho que irei fazer um jantarzinho aqui em casa no meio da semana.
Allan - Algum motivo em especial?
Perguntou enquanto escolhia um filme para assistir.
Beth - Não, não... na realidade eu só queria fazer um jantar e convidar alguns amigos...
Allan - Hum...
Beth - Convidar a professora Helen...
Ele enruga a testa e vira o rosto em direção a mãe.
Allan - Ué... Por quê?
Beth - Ela gosta muito da Judy, então acho bacana chamá-la!
Allan - Mãe, eu te conheço!
Ela sorriu e olhou para a tela da televisão tentando disfarçar.
Beth - Coloca esse filme!
Ela aponta na direção.
Beth - "Sinais, com Mel Gibson" é muito bom!
Ele aperta em cima e coloca para assistirem.
Beth - Eu assistia muito com o seu pai, quando ele era vivo.
Ela tirou totalmente o foco da conversa por alguns instantes, entretanto, Allan não esqueceu e voltou a comentar o assunto.
Allan - Se for na tentativa de me juntar a ela, pode parar dona Beth Bradley! Eu não sinto nada pela professora da minha filha, além disso não faz sentido eu me relacionar com a melhor amiga da minha esposa.
Ela suspira profundamente.
Beth - Filho, a Sara não está mais aqui!
Ele fecha os olhos ao ouvir essa frase, como se estivesse se lamentando por dentro, sentindo uma dor imensurável pois ainda mantinha essa ferida aberta e o machucava cada vez que tocava no assunto.
Beth - Já fazem muitos anos, você é jovem! Tem que continuar, a vida continua, ela não para.
Allan - O que me sugere, então? Que eu me relacione com a Helen?
Beth - Não estou falando isso, só estou querendo que saia e se divirta! Você trabalha demais na guarda costeira, não tira umas férias.
Allan - Eu gosto de trabalhar, ocupa a minha mente!
Beth - Não me leve a mal, meu filho! É... é que eu te amo demais!
Allan - Tudo bem, eu entendo! Aliás, depois que eu me tornei pai comecei a entender muita coisa.
Beth - Se não for com a Helen, que seja com outra moça, só quero a sua felicidade.
Ele não retruca, apenas fica calado prestando atenção no filme.
De repente, um grito vindo do quintal.
Beth - O quê foi isso?
Exclamou com os olhos arregalados, Allan correu no mesmo momento para o quintal encontrando Judy caída no chão perto da árvore.
Allan - O quê aconteceu?
Judy não respondeu, mas sua amiguinha a dedurou no mesmo segundo.
Nina - A Judy subiu na árvore e escorregou!
Ele olha para a filha bravo.
Allan - Quantas vezes eu já falei para você não subir em árvores?
Beth - Calma filho, foi um acidente!
Nina - Foi não, ela queria subir para imitar a "Dora aventureira".
Allan - Hã?
Judy - Não era para você ter falado, não sou mais sua amiga!
Beth - Calma crianças!
Judy - Pode ir embora da casa da minha avó!
Beth - Judy?
Ela repreende a neta.
Nina - Vou não!
Allan - E isso no seu joelho?
Nina - É que ela caiu por cima daquela madeira ali.
Judy - Vo... você é uma fruta podre! Não presta para se juntar com as boas.
Os adultos se olham incrédulos.
Nina - Você que é!
Judy se irrita e parte para cima da amiga, Allan a segura tirando-a do quintal.
Beth - Ai, meu Deus!
Ela leva a mão na testa e olha para Nina.
Beth - Vamos, vou levá-la para a casa da sua avó, minha querida!
Allan entra no seu antigo quarto e coloca a filha sentada na cama, que cruza os braços e faz bico com raiva.
Allan - Que comportamento foi aquele?
Judy - Não sou mais amiga dela!
Allan - Pega a sua mochila, vamos para casa!
Judy - Mas ainda tá cedo, papai!
Allan - Me obedeça, ou vai ficar de castigo.
indignada tenta protestar.
Judy - Mas foi ela que começou!
Allan - Não importa, eu não tô te educando para brigar com ninguém! Você iria bater na sua amiguinha, além disso subiu na árvore e caiu machucando os joelhos.
Ele entra no banheiro e pega papel para limpar o sangue.
Judy - Nem tá doendo, olha!
Ela dá uma voltinha no quarto mancando.
Judy - Nem dói!
Allan não sabia se ria ou simplesmente dava uma bronca nela por mentir, então apenas saiu do cômodo e foi tomar um ar puro lá fora, pois não queria rir na frente da pequena aventureira.
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Atualizado até capítulo 101
Comments
Andrinne Silva
/Facepalm/
2024-05-01
1
Deisy Ribas
a Judy é muito engraçada kk
2024-04-24
5
Angel Caldas
🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣
2024-04-17
2