Capitulo 1

A bela e jovem Robin Santiago tinha enfim os seus 17 anos. Estava vivendo com seu pai desde que o ano letivo havia começado e o seu passado ficou de fato no passado, mas, ao observar aqueles vampiros a convencerem a ir a um jogo de beisebol em um dia de chuva, em um dia que preferia apenas deitar e reclamar para si mesma da vida, ela percebia que estava repetindo seu erro do ano anterior e não sabia como sair dele. Ela estava se deixando levar, por outros, algo que tinha prometido a si mesma que nunca mais faria.

A grande questão ali era se dessa vez conseguiria sobreviver a qualquer que fosse o resultado daquilo, não de suas escolhas, mas do que seu namorado a fazia querer e acreditar que era o melhor caminho.

Na verdade, o fato era que estava ficando cansada e não sabia muito bem como sair daquela situação. Será que Edmundo reagiria bem se decidisse terminar o namoro? Era uma de suas grandes perguntas. O seu passado mostrava que dificilmente eles encaram um término com lucidez, mas Robin prometeu deixar o passado lá no passado e não era justo compará-lo ao Jackson, eram situações diferentes, mesmo que as vezes não parecesse.

- Robin está tudo bem com você? - perguntou Edmundo, ao parar em frente a casa dos Santiago, vendo sua namorada com o olhar distante e triste. As vezes ele a pegava daquela mesma forma, mas não sabia muito bem como agir, afinal de contas, da primeira vez que tentou incentivá-la a falar o que havia de errado, Robin desviou o assunto de forma brusca, como nunca fazia, deixando claro que não falaria sobre nada relacionado a o que quer que fosse. Aquela era a única coisa que Robin nunca dividiu com ele, mas Edmundo não pressionava, por mais curioso que ficasse.

- Sim, tudo bem. - respondeu ela então, sorrindo para ele e tentando parecer o mais normal possível para a situação.

-Você parecia tão... triste antes.

- Bem, é o que acontece quando parecem achar que eu sou incapaz de pensar por mim mesma.

- Do que está falando?

- Eu não sou uma criança, Edmundo. Posso tomar minhas próprias decisões, até mesmo sobre um jogo de Beisebol. Não quero que decida nada por mim.

- Robin, eu só pensei que gostaria de nos ver jogar. Quer dizer, você disse que gosta de ver...

- Estou cansada. Nos vemos amanhã para o jogo. - Robin o cortou, se inclinando para um beijo casto, como sempre era com Edmundo e não esperou nenhuma outra tentativa de conversa, saindo do carro e correndo para dentro de casa.

O carro de Edmundo demorou a sair e Robin pensou que tinha quebrado o vampiro com suas atitudes impulsivas. Sorrindo, subiu para seu quarto. Precisava de um banho quente depois de aguentar o olhar mortal de Rosa em cima dela por tanto tempo.

Rindo para si mesma, ignorando o fato de estar tão a vontade para rir do perigo que aqueles vampiros poderiam representar, mesmo mostrando que se importando com ela, Robin aproveitou que o seu pai não estava para correr para o banheiro, deixou as suas roupas espalhadas pelo chão e tomou um longo banho quente.

Cantarolando, Robin se deixou relaxar, completamente alheia ao fato de que sua existência estava prestes a mudar, de uma maneira que ela não esperava, tudo por culpa de um certo vampiro que atravessaria seu caminho.

...

O jogo pareceu seguir mais divertido do que Robin tinha imaginado, apesar de as vezes ser difícil acompanhar os movimentos dos vampiros, que faziam tanto barulho ao rebater quanto os trovões no céu. Infelizmente, sua vida era sempre cercada de problemas e um novo surgiu de repente e a atingiu de uma maneira bem diferente.

Robin ficou perdida com o olhar concentrado de todos ao pararem o jogo e de repente estava atrás de Edmundo, com o cabelo escondido em seu boné para não ter seu cheiro levado até os outros pelo vento. Foi quando ela percebeu os três vampiros surgindo na clareira.

- Trouxeram um lanchinho? - perguntou o vampiro loiro, ao encontrar o olhar da humana, que tentava espiar de trás de seu namorado. Ele sorriu para ela e Robin se viu saindo de seu falso esconderijo, confusa com seu estômago se contorcendo, não de um jeito ruim, sob os olhos atentos do vampiro a frente dela.

Ele parecia maior que Edmundo, com os músculos se destacando na camisa de manga curta e os olhos vermelhos que se destacavam naquele rosto coberto por cabelos loiros e cumpridos. Robin imaginou como ele ficaria com os cabelos curtos e suspirou com sua imaginação.

- Ai! - Robin reclamou, ao ser empurrada para trás por Edmundo, que parecia ainda mais nervoso que antes.

- Vamos embora. -  disse o telepata.

- Por que tão rápido? Vamos jogar. Nós somos muito bons também. - disse a morena, sorrindo, mostrando as presas afiadas.

- Esse é nosso território, espero que não tenha que lembrar isso a vocês de novo. - disse Carmen, que assim como Eliana, Rosa e Jason, ficaram conversando com os nômades enquanto os outros levaram Robin de volta para o carro.

- O que diabos está acontecendo?! - perguntou Robin, irritada ao ser jogada dentro do carro e os três assumirem o controle, de sua vida.

- James é um rastreador. A reação de Edmundo também não ajudou em nada e obviamente ele quer você. - disse Emma, acelerando cada vez mais o carro, os levando em direção a casa dos Mendes.

- Ele está vindo atrás de mim?!

- Vai ficar tudo bem, vou te proteger. Ele não vai encostar em você. Nós vamos sair daqui e... - disse Edmundo, apertando sua mão, mas Robin se afastou, enjoada daquela falsa calma, principalmente porque quem poderia ter uma mordida no pescoço muito em breve era ela.

- E meu pai?

- Vamos pensar em um plano assim que chegarmos. - prometeu Emma e Robin assentiu, deixando o rosto cair nas mãos e fechando os olhos, mas tudo que surgiu em sua mente foi o olhar intenso de James. A última coisa que passou por sua cabeça naquela troca foi medo. Havia apenas... atração. Talvez fosse coisa de vampiro, atraindo a sua presa, mas não estava disposta a testar.

Aquele era um lado dos vampiros que tolamente pensou que nunca experimentaria, mas lá estava ela, Robin Santiago corria perigo com um vampiro sedento por seu sangue.

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