Capítulo 6

O rei sai do quarto e a serva que até o presente momento sempre lhe serviu na cama muito bem fica sem entender nada. Ele fica parado na porta do quarto de Merida por um tempo e ao entrar a vê deitada dormindo.

Alfonso olha para Merida com luxúria e desejo, admira sua pele macia, seu busto atraente, seu desejo adormecido e agora acordado grita. Ele se aproxima dela devagar e deita por cima dela que acorda assustada.

Merida ficou chocada com a aproximação repentina do

rei, e se sentiu injustiçada por ele estar mais uma vez a intimidando. Encarando Alfonso, que estava tão perto dela, ela contou, com lágrimas nos olhos, sobre

seus sofrimentos nos últimos quatro anos. Ela havia se cansado daquela vida e

estava determinada a não continuar com ela.

— Chega! Estou farta de você, farta do meu pai e farta de todos que só querem me usar! Por favor, pare... Por favor, me deixe ir embora, majestade! — Merida chora ao implorar por sua liberdade.

O rei foi pego de surpresa pela reação de Merida, ele não imaginava que pudesse sentir o que está sentindo agora. Ele ficou em silêncio por um bom tempo e então se levantou para ir

embora, deixando-a sozinha e chorando.

No dia seguinte, Alfonso chamou a maga, Elly e contou a ela o que Merida havia dito, preocupado em como iria lidar com aquilo.

— Majestade, a chave era fazer com que ela se apaixone

por você. Eu disse isso antes e afirmo agora! Estando apaixonada ela não irá refutar os seus pedidos, será facilmente manipulada por apenas algumas palavras de amor.

— O que eu devo fazer para isso acontecer? Não sei o que fazer, nunca tive esse sentimento por ninguém... Sempre tive o que queria sem precisar ter sentimentos por alguém!

— Majestade, se apaixone por ela... Falsamente. Finja estar apaixonado! Precisa ser carinhoso, gentil, caloroso... Se for preciso a faça deitar em sua cama!

Alfonso lembra o que deseja de Merida, por um momento ele se anima em tentar esse plano. Ele a quer em sua cama assim como ele tem sua serva, obediente e submissa apenas para servi-lo. Ele olha para Elly e fala;

— Tentarei, mas não me culpe se der errado! — o rei da as costas para a maga e toma sua taça de vinho olhando para a natureza fora do palácio.

Logo os nobres começam a causar problemas em uma cerimônia oferecida pelo rei apenas para manter as aparências, porém esse ano tem uma diferença, a cobrança deles em cima do rei que está casado há quatro anos e ainda não tem um herdeiro para o trono.

— Majestade, sei que o problema não deve estar no senhor. — o homem olha de soslaio para a rainha que está feito uma estatua olhando para o nada. — Talvez devesse se casar com outra princesa, está mais que na hora de fazer isso! Tenho certeza que a princesa que mora ao sul daqui lhe dará muitos filhos!

— Majestade, concordo com meu irmão! Mate a rainha, ela é filha do nosso inimigo! Matou seu pai, sabemos que não foi ela... Mas foi o pai dela! A presença dela aqui ofende todo seu reino!

Alfonso fica furioso ao ouvir o que o Conde disse. Ele não gostou de ouvir deles que precisa matá-la, então lança seu olhar frio e penetrante para os dois homens e fala firme e autoritário;

— Merida é minha única

rainha! Vocês não tem o direito de me dizer com quem devo me casar ou quem devo matar! Estão passando dos limites, senhores! Quero os dois fora do meu palácio, quero os dois fora do meu reino! Guardas?

Os guardas seguram os dois homens e tiram da cerimônia arrastados.

Merida ficou sabendo da decisão do rei e

ficou incrédula. Ela não esperava tal atitude do homem que a vê apenas como um objeto!

— O que está acontecendo com o rei Alfonso? — ela pergunta para si mesma tentando encontrar uma resposta.

À tarde, ele foi até ela e após um momento de silêncio, perguntou;

— Você precisa de alguma coisa... Majestade? — Merida congela ao ouvir o rei chamá-la de majestade. Mas decide responder;

— Quero a minha liberdade, majestade! — ele olha para ela por um momento impaciente, mas mantém a calma na voz e diz;

— Não! Posso lhe dar qualquer coisa, menos isso!

— Então, quero um bichinho de estimação! Será um bom companheiro já que fico presa naquele pequeno quarto feito um animal.

Mas o rei faz mais do que isso, ele manda a colocarem no quarto ao lado do dele, maior e mais confortável, ao ser levada para lá ela encontra um pequeno cachorro de pelos brancos feito a neve e olhos castanhos. O filhote corre até ela e brinca em seus pés, Merida se senta no chão e pega seu bichinho, ele tenta lamber os rosto dela.

— Você é bem animado... Vou te chamar de Snow, por causa do seu lindo pelo!

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