Quando saiu do bar, Natália estava feliz sentido um grande alívio no seu coração, porque não seria mais humilhada por aquela gente.
Hoje ela decidiu se demitir, porque percebeu que o dono do lugar era tão ruim quanto os outros.
Ela tinha certeza que o trabalho de hoje teve algo a ver com Jane.
"Pelo menos sai daí hoje com o meu salário, e duzentos e treze de caixinha, ufa." Natália andava para a estação e pensava.
"Snif! Snif! Snif!" Natália passava pela lateral isolada da estação, quando ouviu um choro baixo.
Ela levantou a cabeça procurando de onde vinha o som.
Claro que a sua intenção era desviar e evitar problemas.
"Buahh! Buahh!" Era a voz de uma criança e dessa vez, foi um choro alto.
Natália reparou que muitas pessoas passavam por ali, e fingiam não ver a criança assim como ela estava pensando em fazer.
Mas se repente, Natália parou de frente do local, sem desviar o olhar da criança, ela a encarou.
"Essa menininha não parece ser uma criança de rua, as suas roupas embora estejam um pouco sujas, são de boa qualidade e os sapatinhos é até de uma marca infantil famosa na TV." Natália analisava e estava pensativa, ainda sem vontade de ajudar a criança.
"Será que ela se perdeu? Ou alguém a deixou aqui?" Natália pensou nas possibilidades que podiam ter acontecido com a criança.
Ela não gostava de problemas, mas também não podia ignorar a menina que não parecia ter mais de cinco anos.
"Oi bebê! Você está perdida? Quer que eu chame o tio da polícia para achar os seus pais?" Natália se aproximou da menina, que ainda chorava e perguntou.
A menina encolheu-se com medo.
Natália fez cara feia, ela não queria assustar a criança, mas também não tinha muita paciência para adular ninguém.
"Ei garota! Levanta a bunda daí e venha comigo! Olhe ali do outro lado da rua. Está vendo bem ali na frente, tem uma base da polícia. Vamos lá procurar os seus pais." Natália respirou fundo e tentou ser paciente ao falar e mostrou para a garotinha onde estavam os policiais.
A menina que ainda chorava, levantou do chão e assentiu com a cabeça, segurando a mão de Natália para atravessar a rua com força.
"Qual o seu nome?" Natália perguntou
"Lu Yao!" A criança respondeu.
"E o nome da sua mamãe e do seu papai?" Natália continuou a perguntar.
"Peraí! A mamãe Daniela, o papai é Lu Hanchuan." A garotinha era bem esperta para a sua idade e respondeu.
"Quantos anos você tem Yaoyao?" Natália continuou a conversar com a menina.
"Tenho isso!" Respondeu à criança, mostrando quatro dedos para ela.
"O tio deve tá procurando eu também!" A menina disse de repente.
"Qual o nome do seu tio?" Natália olhava para a menina, e soube que a criança era de descendência asiática
"É Lu Tianming! O meu tio é muito forte." A menina disse, os seus olhinhos cheios de admiração, quando falou sobre o seu tio.
"Os seus parentes são da China ou do Japão?" Natália perguntou para a menina depois de ouvir os nomes dos seus parentes.
A que ela achava mais fácil era o nome de Daniela.
A criança ficou confusa e não conseguiu responder.
"Ok bebê! Chegamos! Vamos lá!"
Natália falou e puxou a menina para falar com um policial, quando percebeu que ela não sabia como responder.
"Vai que ela começa a falar das cores das bandeiras! Aí eu que não vou conseguir responder." Natália pensou.
"Com licença! Encontrei essa menina perdida, ela disse..."
Natália se aproximou e relatou tudo o que ela havia perguntado à menina, para os policiais.
"Temos que ir até a delegacia e verificar se alguém está procurando." O policial falou.
"Tudo bem! Vocês podem levá-la." Natália disse, querendo ir embora.
Ela odiava mais coisas problemáticas.
"Não! Eu não quero ir com eles." A menina chorou, se agarrando à Natália.
Natália sentiu uma dor no seu joelho ferido, assim que a garotinha abraçou a sua perna, e se segurou para não chutar a criança para longe.
Todo o seu corpo estava machucado, e ela só queria ir para casa, ela não queria problemas.
"Se eu soubesse, não teria parado!" Ela arrependeu-se de ter o coração mole, com crianças e animais.
"Eu tenho que trabalhar o meu lado perverso melhor." Ela pensou, antes de entrar no carro da polícia com a garotinha.
"Podemos passar numa lanchonete, e pegar alguma coisa para ela comer. Suponho que deve estar faminta." Natália disse ao policial.
"Tudo bem!" O policial concordou
...****************...
Na delegacia
Já passava das oito da noite, e o tempo esfriou.
Natália ainda esperava uma resposta dos policiais, com a menina que dormia agora nos seus braços.
"Jovem! Qual o seu nome mesmo?" Um policial aproximou-se, e perguntou mais uma vez.
"Natália Azevedo." Respondeu ela.
"Ok! Venha comigo." Ele a chamou.
Na sala, o delegado a olhou de cima a baixo com desdém e desconfiança.
"Você disse que encontrou a menina na estação. Que conveniente não. Uma garota como você, achar por um acaso uma criança asiática perdida do nada." O delegado falou de forma agressiva.
Natália não tinha medo e respondeu.
"Se está duvidando de mim, vá até lá e pergunte você mesmo, puxe as imagens das câmeras da rua, ou pergunte a ela, afinal esse deve ser o seu trabalho certo?. Não tenho nada a ver com isso, e sou menor de idade. Que direito o senhor tem de falar assim comigo sem provas?" Natália falou agressivamente também.
O delegado não imaginou que a pequena garota na sua frente seria tão durona.
"Não foi ela, tio! Foi a babá mau que me deixou para ficar com o namorado." A menina acordou e ouvindo a conversa dos dois, falou quem a deixou na rua.
Natália sorriu maliciosamente para o delegado.
Tipo, você ouviu isso! Hahaha."
"O seu olhar para ele estava cheio de zombaria.
O delegado pigarreou e disse. "Os pais dela devem estar chegando, aguardem mais um pouco."
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 83
Comments
Vaninha Rosa
tem policiais folgados mesmo
2023-09-13
11
Ana Melo
A maioria julga pela aparência
2023-08-29
1