Capitulo 3 A greve de metrô

Mais a frente, Rodrigo estacionou o carro bem em frente a estação do metrô, então desceu e entrou na farmácia vinte e quatro horas que ficava em frente.

Comprou alguns itens necessários de que precisava e saiu.

Abriu a porta para entrar no carro, olhou na direção da estação fechada, que tinha agora muitas pessoas paradas em frente dela.

"Caramba! O metrô entrou em greve à tarde, e a gente nem sabia de nada. Vamos descer até o terminal e pegar um ônibus. Pelo menos isso ainda tem." Um grupinho de garotas saiu da farmácia em que ele estava,, conversando alto.

Ele entrou no carro e estava pronto para sair, quando olhou pelo retrovisor, e avistou uma pessoa encharcada pela chuva,, carregando um saco na mão e mancando, vindo em direção a entrada do metrô.

A pessoa parou em frente aos portões fechados e balançou a cabeça, parecendo desanimada, então atravessou a rua passando em frente ao seu carro, indo em direção a farmácia.

Rodrigo a seguiu com o olhar.

"Essa não é a gordinha que o Jairo ficou puto no bar?" Murmurou, ele baixinho, se lembrando vagamente de Natália.

"Nossa, ela parecia mais alta, mas agora é tão miudinha." Continuou a murmurar sozinho, sem perceber que ainda não havia desviado o olhar da garota.

De repente ele arregalou os olhos, ao ver que tanto as roupas da garota, quanto o seu braço estavam cobertos de sangue.

...****************...

Natália entrou na farmácia e ficou na porta.

Chamou uma atendente, sem entrar.

"Oi moça! Você pode vir aqui e me atender? Eu não quero molhar ou sujar seu chão, já que está tão limpinho." Ela chamou uma jovem e explicou em voz alta.

Uma jovem atendente simpática veio até ela, e após perguntar o que queria, saiu para pegar as coisas, e depois de receber o pagamento, ela entregou a sacola nas mãos de Natália e se despediu.

Natália saiu da farmácia com a cabeça baixa, ela sabia que não teria como chegar em casa naquele dia.

Mesmo de ônibus, a viagem seria de pelo menos quatro horas.

Resolvendo ficar num hotel barato próximo ao terminal que aceitava menores, ela decidiu ligar para casa e avisar que não voltaria naquela noite, quando já estivesse no quarto.

Com as suas coisas nas mãos mais uma vez, ela saiu e enfrentou a chuva que agora estava mais fraca e foi para o seu destino.

Rodrigo só saiu do seu torpor, quando a garota desapareceu da sua vista

"Caralho mano! Foi ela quem caiu? Putz eu devia ter ajudado. Coitada!" Ele resmungou, com a consciência pesada, antes de dirigir para casa.

...****************...

"Pernoite quarenta e cinco reais." O rapaz da recepção falou.

"Tudo bem!" Natália nem precisou entregar o seu documento, pagando em dinheiro pela pernoite.

Pegando as chaves do seu quarto que ficava no segundo andar, ela pediu meia dúzia de cervejas antes de subir as escadas.

Assim que entrou no quarto, ela pegou o seu celular e ligou a cobrar, dando um toque no celular da sua mãe antes de desligar.

A sua mãe, logo retornou a ligação.

"Mãe! Não tem metrô e vou ficar por aqui está noite. Amanhã à noite estou de volta. Dá ração para os meus bichos e troca a água se puder, por favor. Obrigada!" Ela avisou.

"Tá bom! Pode passar a noite, mas quanto aqueles bichos não vou cuidar não. Isso é seu problema não meu."" Respondeu a sua mãe com desagrado, e desligou.

Natália suspirou mas não ficou nenhum pouco surpresa com a atitude da sua mãe.

Afinal, toda a sua família há anos a trata com indiferença e descaso, então a resposta da sua mãe para ela parecia normal.

Não houve nenhuma pergunta sobre o seu bem estar, antes de encerrar a ligação.

"Se não fosse os meus animais e o meu quartinho no terreno lá em cima não estar pronto, eu teria ido embora dessa casa há muito tempo!" Natália resmungou, se sentindo ridícula por ser desvalorizada por sua família.

"Eu nem podia gastar esse dinheiro. Agora vou ter que me foder para trabalhar amanhã." Ela continuou a resmungar.

Resignada, ela tomou um banho quente, e em seguida cuidou dos ferimentos no seu corpo.

"Sssss! Que dor!." Natália sibilou

...****************...

Uma hora depois, Rodrigo chegou em sua casa.

No chuveiro, ele se lembrou da queda que assistiu e riu novamente, mesmo agora ao saber que foi Natália e ver o seu estado trágico.

Ele riu, pois a queda foi muito engraçada.

Ding

Abrindo a mensagem no seu celular, ele sentiu que o dia de amanhã seria muito divertido.

A mensagem dizia.

"Rodrigão viagem perdida! Nada interessante na boate. Já estamos no Uber voltando para casa. Se soubesse que ia ser tão fraco, nem tinha dispensado a sua carona gratuita. Amanhã quero voltar naquele bar para apreciar as gatinhas. Rodrigo vejo você às três da tarde." Jairo.

Rodrigo de bom humor, verificou a sua agenda do dia seguinte, que ele disse estar lotada para fugir dos seus amigos, e descobriu que tinha a tarde livre.

A sua assistente era capaz de atender os clientes no horário da tarde, e fechar o estúdio sem problemas.

Alegremente, ele deitou-se e adormeceu.

...****************...

Natália não conseguia dormir, porque todo o seu corpo doia.

Ela sentou na cama, ligou a TV e pegou a cerveja para beber.

Acendendo um cigarro, pela janela ela olhava para a chuva, que ainda caia forte do lado de fora.

"Essa é a vida fácil que eu, Natália, não consigo desejar ao meu pior inimigo" Levantando a cerveja, ela brindou para a chuva.

"O pior é que não posso ficar mais por aqui! Já que encontrei aquele ser desprezível hoje."

"Ainda bem que ele não me reconheceu, ou provavelmente ele me envergonharia, só para depois parecer bem na frente de Larissa."

"Não sei como a minha família acredita tanto nela, colocando a culpa de tudo em mim."

"As vezes eu penso que deveria ser órfã, ao invés de ter pais assim."

"Vontade de desaparecer no mundo, correr para bem longe e deixar tudo isso para trás. Esquecer que um dia vivi naquela casa e os tratar como estranhos, vivendo no mesmo mundo."

Natália continuou a beber e conversar sozinha, durante a noite no quarto de hotel.

Era a primeira vez que Natália bebia e fumava na sua vida e depois de ingerir meia latinha de cerveja já estava tonta e adormeceu.

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Comments

Mara Melo

Mara Melo

O erro está em vender cervejas e cigarros para uma menor , isso é crime .

2024-05-12

1

Conceição Freire

Conceição Freire

muito abusada e gasta essa garota, quero mais wue ela se foda, não aunSrapn nessesidade de uma menor beber tanto porra

2023-10-16

5

Eloi Silva

Eloi Silva

sim CE ela é menor como toma cerveja e fuma .

2023-10-14

2

Ver todos
Capítulos
1 Capitulo 1 Mais um dia de trabalho
2 Capitulo 2 Queda merecida
3 Capitulo 3 A greve de metrô
4 Capitulo 4 Natália pede demissão
5 Capitulo 05 A criança perdida
6 Capitulo 06 Natália perde a paciência
7 Capitulo 07 Você está por sua conta
8 Capitulo 08 Devolva as minhas coisas
9 Capitulo 09 Você é a mãe que me criou
10 Capitulo 10 Uma família harmoniosa
11 Capitulo 11 Conversas
12 Capitulo 12 Bila diz algumas palavras
13 Capitulo 13 Denunciando os pais
14 Capitulo 14 Discussões
15 Capitulo 15 Ensinando uma lição
16 Capitulo 16 O escândalo
17 Capitulo 17 Cortar laços publicamente
18 Capitulo 18 Cortando laços perante a lei
19 Capitulo 19 Um presentinho de leve
20 Capitulo 30 Quem nós ofendemos?
21 Capitulo 21 Apoio e segredo do passado.
22 Capitulo 22 O primeiro dia de trabalho
23 Capitulo 23 Um mês depois
24 Capitulo 24 O professor Elias ranzinza e barriga negra
25 Capitulo 25 Como irritar alguém até cuspir sangue
26 Capitulo 26 Como irritar alguém até cuspir sangue (2)
27 Capitulo 27 Surge problemas
28 Capitulo 28 Defendendo a nora
29 Capítulo 29 Revelando a verdade
30 Capítulo 30 Um ódio intenso
31 Capítulo 31- Arrombando a porta de alguém
32 Capítulo 32 - Assunto absurdo
33 Capítulo 33 Vida que segue certo?
34 Capítulo 34 - O dossiê agora fez sentido
35 Capítulo 35 - Preconceituosa
36 Capítulo 36 - O assalto
37 Capítulo 37 - Recusada
38 Capítulo 38 - Uma história de amor
39 Capítulo 39 - Suspeitas
40 Capítulo 40 - Mentira absurda
41 Capítulo 41 - Eu pareço uma idiota?
42 Capítulo 42 - A caixa que marca vidas
43 Capítulo 43 - Família e Amizade
44 Capítulo 44 - Demanda, conflitos e o desejo de Robson
45 Capítulo 45 - Eu conheço bem a minha garota
46 Capítulo 46 - Vontade de bater em alguém
47 Capítulo 47 - Eu ti odeio
48 Capítulo 48 - Rede de mentiras
49 Capítulo 49 - Só queria saber o porquê
50 Capítulo 50 - Alvoroço
51 Capítulo 51 - Montando o palco
52 Capítulo 52 - Vida privada exposta
53 Capítulo 53 - Chorando de alegria
54 Capítulo 54 - Fofoca
55 Capítulo 55 - Não merece ser membro da nossa família Lu
56 Capítulo 56 - Em busca de problemas
57 Capítulo 57 - Em busca de problemas (2)
58 Capítulo 58 - Ela zombou
59 Capítulo 59 - Guto e Nádia
60 Capítulo 60 - Raiva e Doçura
61 Capítulo 61 - Tia Leonor é um chefão
62 Capítulo 62 - Uma nova jogada
63 Capítulo 63 - SURPRESAAAA
64 Capítulo 64 - Pensamentos intrigantes
65 Capítulo 65 - Barrados
66 Capítulo 66 - Noiva de Rui
67 Capítulo 67 - Plano B
68 Capítulo 68 - Limpando o quintal
69 Capítulo 69 - O tempo passa rápido demais
70 Capítulo 70 - Eu me sinto enojada
71 Capítulo 71 - Problemas na empresa
72 Capítulo 72 - Realmente corajosos
73 Capítulo 73 - Rápido, eficiente e implacável
74 Capítulo 74 - Ingratidão
75 Capítulo 75 - Estado crítico
76 Capítulo 76 - Sem dinheiro
77 Capítulo 77 - Eu aceito!
78 Capítulo 78 - Do céu ao inferno
79 Capítulo 79 - Aprendendo através da dor
80 Capítulo 80 - As pessoas mudam
81 Capítulo 81 - Os velhos estão de volta
82 Capítulo 82 - Fim de ano novamente - Uma família grande e barulhenta
83 Capítulo 83 - A gente colhe o que planta
Capítulos

Atualizado até capítulo 83

1
Capitulo 1 Mais um dia de trabalho
2
Capitulo 2 Queda merecida
3
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4
Capitulo 4 Natália pede demissão
5
Capitulo 05 A criança perdida
6
Capitulo 06 Natália perde a paciência
7
Capitulo 07 Você está por sua conta
8
Capitulo 08 Devolva as minhas coisas
9
Capitulo 09 Você é a mãe que me criou
10
Capitulo 10 Uma família harmoniosa
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26
Capitulo 26 Como irritar alguém até cuspir sangue (2)
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Capitulo 27 Surge problemas
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Capitulo 28 Defendendo a nora
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Capítulo 29 Revelando a verdade
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Capítulo 30 Um ódio intenso
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Capítulo 31- Arrombando a porta de alguém
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