A Esposa Vingativa Do Chefe
São Paulo
Setembro, ano 2013
Dentro de um quarto simples, com poucos móveis, que já estavam um pouco velhos e desgastados, deitada na cama de solteiro e coberta por um cobertor fino, uma jovem adolescente dormia tranquilamente.
O céu ainda estava escuro quando despertador do seu celular de repente tocou alto do lado da sua cama.
Eram cinco horas da manhã.
"Ahhhh, ainda estou com sono!" A jovem reclamou, mas levantou-se lentamente da cama.
Havia um fogão de duas bocas no seu quarto e um mini botijão de gás meio cheio.
Pegando um caneco de alumínio ela encheu com água e ligou o fogo.
Enquanto a água esquentava, ela pegou as suas coisas e entrou no banheiro para tomar um banho rápido e espantar a sonolência.
Saindo ela fez o seu café e o tomou puro, sem parar, limpou o seu quarto e cuidou dos seus animais, antes de se vestir.
"Pronto! Arrumei tudo e não esqueci nada! Eu acho..." Ela falou, antes de pegar a sua mochila, um pouco velha e sair em silêncio de dentro da casa, para não acordar ninguém.
Natália, como de costume, saiu de casa às 6:10h da manhã para trabalhar.
O seu horário de serviço era das 9/17h de segunda a sábado.
Aos domingos ela folgava.
Mas...
Parecia que o seu dia não seria fácil.
"Ô condução do cacete! Vou me atrasar! Que merda mano! Desse jeito vou ter que ficar uma hora há mais naquela merda. Ô inferno!" Natália xingou em pensamentos.
Ela estava indo para o trabalho, em pé no vagão de um trem lotado, sentido zona sul e que estava agora, parado na plataforma há mais de dez minutos.
"Porra já são nove horas! Droga! Droga! Droga!" Olhando o relógio na tela do seu celular, que marcava nove horas da manhã, dessa vez ela xingou alto.
"Sem crédito nem para enviar uma mensagem para avisar a gerente. Ô pobreza!" Ao pensar nisso, ela ficou mais irritada, foi então quando o trem finalmente se movimentou.
...****************...
"Cacete! São quase dez horas da manhã! Merda! Vou ter que ficar uma hora a mais."
"Ficar uma hora não é nada, o pior é que tenho que rezar para a mulher não me mandar embora." Pensava ela, quando saiu da estação e andou rápido pela rua, em direção ao seu local de trabalho.
No verão de São Paulo, o calor já era intenso nesse horário do dia.
Natália trabalhava num bar lanchonete na zona sul, próximo a estação Largo Treze.
A lanchonete é um local frequentado por todos os tipos de pessoas.
Molhada de suor e ofegante, ela chegou e abriu a porta lateral dos empregados, passando por alguns clientes que já estavam no local, ela entrou direto na sala da gerência.
"Desculpe o atraso, o trem hoje tá uma merda e atrasou." Ela explicou para a mulher assim que a viu.
A gerente tinha trinta e poucos anos, estava sentada no caixa e quando ouviu Natália ela a olhou com raiva.
"Você vai ficar até fechar hoje, e se atrasar novamente nem precisa voltar aqui." A gerente lhe disse, fazendo sinal com a mão para ela ir trabalhar.
Natália correu para os fundos, e entrou no vestiário designado para os funcionários.
Vestindo o seu uniforme, Natália logo guardou a sua mochila no seu armário e o trancou, antes de ir para o balcão.
O seu dia de hoje só terminaria às nove horas da noite.
"Poxa! Vou perder mais um dia de aula. Que merda!" Pensou com raiva, mas sabia que precisava desse emprego.
Ela era jovem mas não tinha o apoio da família e precisava de dinheiro para o seu sustento.
...****************...
"Rodrigão não adianta recusar mano! Já avisei aos outros que vamos sair hoje, e nos divertir pela zona sul."
"Se em um lugar não tiver bom, estamos de carro cara, e podemos rodar São Paulo."
"Não abra a sua boca para dizer não! Você vai! Quem sabe encontra por aí uma perva gostosinha e sai desse celibato em que está." Jairo tagarelava nos ouvidos do amigo sentado à sua frente, que continuou com um rosto indiferente, e parecia mais morto do que vivo.
"Ok!" Rodrigo falou secamente.
Ele queria se livrar de Jairo.
"Beleza! Vou chamar os caras! Vamos sair às cinco horas hoje, e tomar umas brejas antes de quem sabe... fazer um sexo." Jairo disse e saiu após Rodrigo concordar, e com o telefone nas mãos enviou mensagens, avisando os outros.
Rodrigo continuou indiferente e voltou o seu olhar para a janela.
Olhando para o céu claro e ensolarado lá fora, uma expressão de dor e raiva apareceu no seu rosto.
Dim...Dim...
"Fala!".Ele apertou o botão do telefone que tocou em sua mesa, tirando:o.dos seus pensamentos sombrios.
"Rodrigo, a cliente do piercing íntimo chegou, e ela disse que só fará o procedimento se for com você." A recepcionista do seu estúdio o informou.
"Ok! Estou indo." Rodrigo respondeu, e foi se preparar para atender a cliente.
"É sempre assim! Essas mulheres me vêem e se jogam em mim!" Pensou Rodrigo, sorrindo com escárnio e nojo.
"Mas vou apenas fazer o meu trabalho. É como sempre! Para mim nenhuma pode ser como ela." Rodrigo continuou a pensar, enquanto saia.
De certa forma, tirando as mulheres da sua família, ele odiava todas as outras.
...****************...
Natália serviu bebidas, limpou, serviu refeições, ajudou na cozinha, e ficou no caixa.
Ela era um faz tudo no bar, o salário não era alto, mas as gorjetas davam-lhe um bom lucro no fim do mês.
Hoje era sexta-feira, e o fluxo de clientes praticamente triplicava na parte da tarde, havia poucos funcionários no bar, e quase todo o serviço pesado recaia sobre os seus ombros, já que ninguém gostava dela.
Eram mais de seis horas da noite, e Natália ainda não foi liberada para almoçar.
"Senhora! Vou fazer meia hora e comer algo ok!" Natália disse à gerente.
"Vai fazer o quê? Ô garota inútil! Vai já trabalhar. Sem essa de descanso para comer. O horário de almoço já passou." A gerente da tarde gritou, assustando Natália que não a tinha visto chegar.
O bar estava cheio naquele momento, e todos ouviram a repreensão da mulher.
Natália sentiu-se humilhada.
Olhando ao redor, ela viu os seus colegas de trabalho que chegaram às duas horas da tarde, saindo para comer um atrás do outro.
Ela era a única exceção, como sempre.
"Que vida é essa? Porra estou tão cansada! Nada dá certo pra mim, realmente." Natália pensou, saindo dali em direção ao balcão.
A gerente do dia veio falar com ela, antes de sair.
"Natália não ligue para as palavras da Jane, desde que ela foi para a gerência, ficou esnobe. Só porque dorme com o dono, ela tá se achando." A mulher disse ao vê-la.
Mas no fundo ela estava tentando semear discórdia com as suas palavras.
"Eu sei que você trabalha direitinho, continue assim." Ela continuou e consolou Natália.
"Tudo bem! Sem problemas!" Natália respondeu, ela não gostava de falar dos outros pelas costas e não comentou
Mesmo que a gerente a tivesse humilhado na frente dos outros, foi ela quem não quis retaliar de volta.
Natália sempre foi direta, e odiava disse e me disse, Isso soava muito falso.
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Atualizado até capítulo 83
Comments
África é um continente
errei o título
2024-04-01
1
África é um continente
não tenho certeza, mas acho que teve uma incoerência, porque o título diz, mais uma segunda feira, então fala do cotidiano, mas nessa frase, está dizendo "de repente" referindo-se ao despertador, acho que o correto poderia ser "comumente" ou "habitualmente".
2024-04-01
0
amado amado
esperando finalizar para começar a ler 😁 Ansiosa
2023-12-14
2