Capítulo 7

Uma partida de UNO!

Fala sério! Eu vou ganhar sem a menor dificuldade...foi o que eu pensei...ou pelo menos foi o que deixei que o Jacob pensasse...

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Jacob

Encarava a Maya...minha bela e inocente tempestade.

Se ela soubesse que eu sempre perdi de propósito só pra vê-la sorrir ao ganhar de mim, o que será que ela faria? ...sorrio com esse pensamento.

- Jake, vai ficar rindo sozinho igual um mané ou vai jogar?! - ela reclama.

- Calma, tenho que pelo menos tentar ganhar esse negócio, né? - finjo estar pensativo, mas ela está tão confiante que está sendo totalmente distraída, e é nessa distração que eu já armei minha jogada da vitória.. minha futura esposinha!

- Tá, mas nem precisa ficar queimando seus neurônios, porque eu já ganhei essa partida. - ela sorri, se sentindo a tal. - Mas vou escolher um lugar melhor que o Alasca pra você morar. - sorri largamente. - UNO! - ela grita e joga os braços pra cima.

Sim, ela jogou exatamente a cor que eu queria, como imaginei.

- Poxa Maya...- finjo estar triste. - Mas sabe aquele ditado que diz, sorte no jogo, azar no amor? - ela franze a testa, mas continua sorrindo. - Eu ouso dizer que esse ditado não se aplica aqui...

Jogo a carta reverso e ela me olha, desfazendo o sorriso e arregalando os olhinhos apertadinhos por natureza.

- Porque eu tenho sorte por te amar...- sorrio de lado. - E sorte pois acabei de ganhar você como minha esposa!

- A capela do Elvis nos espera, minha tempestade! - digo, sorrindo e ela arregala os olhos, surpresa e sem palavras...e acredite, poucas coisas deixam essa baixinha sem palavras. - O que foi, meu amor?

Ela me olha e parece que estou vendo a fumacinha saindo pelos ouvidos e nariz, de tanto que ela está irritada.

- Jacob Stewart, seu trapaceiro! - ela aponta o dedo pra mim. - Você roubou! - diz, brava...muito brava.

- Wow, wow, calma minha tempestade! - ergo as mãos em rendição. - Eu joguei limpo, conforme suas regras, então...trato é trato!

- Isso é ridículo! Eu não vou...

- Ah, você vai. - me levanto e pego nosso "contrato" pré nupcial, assinado por ambos, em duas vias e registrado online por um advogado da minha inteira confiança, portanto, com valor legal.

Conheço a Maya bem o suficiente para saber que ela mudaria de ideia assim que perdesse o jogo. Então fui prevenido. Em cerca de 15 minutos, digitei em meu notebook uma espécie de contrato de casamento, com cláusulas simples e mandei imprimir no próprio hotel, que pra minha sorte, oferece esse tipo de serviço. Depois, mandei as cópias escaneadas para meu advogado e pedi sigilo absoluto. Tudo pronto e assinado, era só ganhar a partida, e isso eu fiz.

- Você e eu temos um compromisso, um acordo por escrito, registrado e válido, portanto minha futura esposa, nós vamos até a capela do Elvis e vamos nos casar. - eu caminho até a pequena sala da suíte. - Se quiser um vestido de noiva, podemos providenciar um...

Ela me fuzila com o olhar e passa por mim, pisando duro, mas se vira e me encara, vermelha de raiva.

- Se você quer mesmo levar essa palhaçada à diante, tudo bem. - ela finge estar calma. - Mas eu vou logo avisando, Jacob...- ela ergue a sobrancelha. - Você vai se arrepender de ter feito essa aposta! - vejo aqueles olhinhos estreitarem ainda mais. - E se você ousar pensar em me trair...- diz, apontando o dedo pra mim.

Seguro seu pulso e a prendo contra a parede, apertando sua cintura com a outra mão, sussurrando em seu ouvido com a voz rouca...

- Nem pense em se preocupar com isso, minha baixinha. - solto seu pulso e acaricio seu rostinho delicado. - Eu já sou todo e somente seu. E não existe nenhuma mulher que me interesse que não seja você e eu vou te provar isso. - sorrio de lado e dou um selinho nela.

Minha tempestade sai do quarto soltando raios e trovões, e eu vou bem tranquilo atrás dela.

Eu só quero uma chance de mostrar à essa mulher que eu a amo e que realmente posso fazê-la feliz. Mas se eu a pedisse em namoro, ela nunca aceitaria, então...que rolem os dados, porque a primeira batalha dessa guerra, fui eu quem venci.

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