Gian abriu a mala do carro e ao deparar-se com uma surpreendente mulher loira que dormia sobre umas caixas de bebida ficou parado, sem ação.
Era acostumado com mulheres bonitas, mas aquela ali pareceu-lhe ter algo a mais.
O rosto era delicado, com olhos, nariz e boca bem torneados. O cabelo dourado era bem sedoso e preso por um coque, e se não fosse o fato de estar bem acordado poderia até achar que estava diante de um belo sonho.
Porém, estar na máfia era sempre viver em alerta e não podia contar com uma palavra chamada sorte.
Como aquela mulher foi parar ali? Seria uma espiã que acabou sabotando sua própria missão?
Ela podia ser perigosa, então por via das dúvidas, era melhor estar bem preparado.
Neste instante a mulher começou a se mexer, e talvez devido à claridade, ela foi abrindo os olhos, devagar, pondo a mão na testa, que não impediu de Gian notar os olhos azuis bem cristalinos.
Travando o pensamento de admiração, impulsivamente, Gian sacou a arma da cintura e posicionou -se para atirar.
Estranhamente, a mulher incrivelmente bonita, não se assustou.
Ela retirou uma mecha do cabelo que cobria o seu rosto, enquanto avistava o belo homem à sua frente.
Mirou-o dos pés a cabeça com evidente aprovação e fixando os olhos na arma, disse numa voz arrastada:
— Pode ...Atirar....Odeio essa vida...
Gian ficou surpreso não apenas pelas palavras incomuns, mas também com sua própria atitude em não seguir em frente e "apagá-la" naquele mesmo instante.
Baixando a arma, guardou-a novamente.
Ela não representava perigo, constatou.
— Quem é você e por que está na minha caminhonete?
A mulher suspirou, decepcionada.
— Droga, desistiu de me matar? Então apaga a luz, que quero dormir...Bonitão!
Se não estivesse achando muito suspeita aquela situação, talvez até riria das palavras daquela estranha moça.
Queria respostas.
Não podia se dar ao luxo de ter dúvidas. Ele, então a puxou pelos braços e ela fez força para não sair.
— Vamos, garota, sai daí!
— Não, para com isso!
Gian, vendo que ela resistia, puxou-a de vez e pegou-a de qualquer jeito sobre os ombros e ela começou a espernear.
— Me solte! Me solte, seu louco!
Algumas pessoas pararam ao ver a cena que imaginaram ser mais uma briguinha de casais e ninguém se envolveria, mas ficaram ali, aguardando o desfecho.
Ele a colocou de pé, mas não a soltou. Percebeu a movimentação das pessoas e alertou:
— Perderam alguma coisa aqui? Cuidem de suas vidas! Vamos, deem o fora!
As pessoas foram se dissipando e a mulher ria divertida.
Gian se voltou para ela. Encostou-a no carro e com o rosto bem junto ao dela, continuou a falar:
— Vou perguntar de novo...
— Meu nome é... Elisa... Preciso ir para bem longe deste país e ... E me livrar do meu pai! Satisfeito agora?
A palavra " satisfeito não era bem o que sentia" ao perceber que ela teria uma pele bem macia debaixo do casaco.
Desde a morte do pai, com a tristeza o consumindo, que não se concentrava em algo fora do propósito de encontrar pistas que o levasse ao assassino.
Só naquele momento que teve a consciência que estava sem alguém.
Aquela tal de Elisa portanto, lembrou-lhe que era um homem, que estava ávido por um corpo quentinho.
Assustado por aqueles pensamentos, soltou-a.
— Meu nome é Gian. Vou dar uma carona e depois você suma da minha frente!
— Ok... Não precisa ficar zangado!
Ela entrou no carro e Gian passou a dirigir, mas estava em alerta caso precisasse da arma.
Depois de uns minutos, Elisa falou dos seus planos de ir para Londres, sem mencionar que alguns mafiosos pudessem estar atrás dela.
Depois comentou sobre sua recente viagem para algumas cidades como Nápoles e Milão.
Falou sobre um circo em Londres e Gian ouvia tudo, mas permanecia em silêncio.
Talvez a bebida provocou aquela reação de falar sem parar. Já estava acostumado.
Levou-a para a sua boate.
— Sente-se aí, enquanto vou descarregar a mercadoria.
Ele apontou para uma poltrona, próximo ao open bar.
Assim que Gian saiu, Elisa passeou a vista pelo lugar, virando o pescoço para todos os lados.
Ficou encantada com o amplo salão com conjuntos de mesa com cadeiras de madeira, espaço de bar, pista de dança, palco, e muitos jogos de luzes.
Havia uma escada, que dava entrada para outros ambientes e um deles, ela imaginou ser a sala vip.
— Uau! Ali em cima deve rolar muita safadeza!
Gian Pigarreou por trás dela.
— Você não acha que é muito jovem para falar desse jeito?
Elisa levou um susto. Não imaginava que Gian estivesse por perto.
Ela se sentou em um dos degraus da escada.
Ele virou o rosto para não ficar olhando a moça numa posição despreocupada e tentadora com as pernas semi-abertas.
— Que idade você acha que tenho?
O rapaz se obrigou a olhá-la.
— No máximo dezoito.
Ela caiu na risada.
— Você tá de brincadeira! Tenho vinte e cinco, meu amor!
Ouvir aquilo, aguçou seus instintos, porém, necessitava ter bom senso. Acabou dizendo a contra-gosto:
— Acabou por aqui! Venha comigo!
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Atualizado até capítulo 80
Comments
Jaqueline Silva
ele é doidinha .kkkk
2025-04-14
1
Grace 🌻🌷
Abusada 🤣😅😂
2024-09-06
1
Angelica De paulo
Gian tá arrumando problema 😂
2024-03-13
2