Com a chegada de Dom, Elisa se escondeu e pela fresta da janela, observou o grupo.
Como cães de guarda, os soldados dele se posicionaram em frente à casa e Dom seguiu para falar com o pai dela.
Comentava-se que a primeira esposa foi assassinada por ele devido ao seu ciúme exagerado.
Odiaria ser a próxima vítima.
Enquanto pensava em seu próprio dilema, alguém bateu à sua porta. Ela atendeu.
Bruno apareceu diante dela.
— Acompanhe-me, Elisa! O seu noivo quer ver você.
Suspirando, impotente, ela o seguiu até a sala de estar.
Observou o homem, que com um sorriso sarcástico e fumando um charuto, olhava-na cinicamente.
De imediato, teve a impressão de que não o suportaria por muito tempo e incomodada, falou mau-humorada:
— Vai ficar só me olhando? Estou cansada da viagem.
Ignorando a feição fechada da noiva, ele se levantou.
— Quero vê-la mais de perto...
Elisa vigiava os passos do mafioso. Arrependeu-se de não ter ouvido seu pai e ter trocado de roupa.
— Você é muito bonita...
Ele tragou o charuto, soltando uma baforada. Depois soltou‐o no cinzeiro que estava em cima de uma mesa de canto.
— Tem peito e bumbum durinho... Estou gostando.. você é virgem?
Ela viu que essa era a oportunidade de escandalizar o pretendente.
— Claro que não!
No entanto ele pareceu satisfeito com a resposta.
— Melhor assim. Prefiro as mais experientes.
Ela o olhou com desprezo.
— Acha que sou sua mercadoria? É ridícula essa sua forma de tentar me conquistar.
— Conquistar?! — A fisionomia era de pouco caso. — Não tenho tempo para essas babaquices!
"Aquilo era demais! Aquele idiota se sentia o último biscoito do pacote!"
Ela o fuzilava com olhares raivosos.
— Ô pré-histórico, vai me pegar pelo cabelo e arrastar-me para uma caverna cheia de morcegos?
Assim que perguntou, percebeu que havia passado do limite.
Ele, puxou-a com violência e prendeu-a por trás em seus braços.
— Está me machucando!
— E vai ser assim, se não parar de me desrespeitar! Não admito rebeldia, entendeu? Embora sua língua ferina esteja apenas me excitando... Você é exatamente como o seu pai disse...Imprevisível, impaciente... indomável.... Do jeito que eu gosto.
Notando a excitação dele, Elisa foi imperativa:
— Agora me solta!— Ela conseguiu se livrar dele.
Ele deu um risinho debochado.
— Amanhã mesmo quero casar com você, amore mio!
Elisa arregalou os olhos azuis e o homem alargou o sorriso implacável.
"Estou perdida!"
O horror estampado na feição pálida de Elisa fez com que o homem ficasse plenamente satisfeito.
Na manhã seguinte, o dia do seu casamento, Elisa percebeu a movimentação de pessoas que arumavam o jardim para a recepção do grupo seleto de convidados.
Triste, sentiu que aquele momento representava o fim do seu sonho de casar por amor.
Com lágrimas nos olhos teve o ímpeto de ir para bem longe.
Mas para onde?
Qualquer lugar seria melhor que casar com Dom.
Uma batida familiar na porta anunciava o seu pai que ao abrir a porta, agia como se estivesse tudo bem.
— Buongiorno, querida! Seu vestido chegou e fiz questão de trazer, pessoalmente.
Perspicaz, Elisa notou que ele viera na verdade se certificar de que ela estava comportada.
Elisa não se moveu. Olhou o vestido sem emoção alguma, enquanto o pai o estendia sobre a cama.
Ela voltou-se para o movimento na área do jardim. A ornamentação era sofisticada, mas não tinha nada a ver com o seu toque pessoal.
Felippe quebrou o silêncio:
— Não fique assim. Dom no fundo é um homem bom e vai cuidar de você. Só tenha paciência e não faça bobagem.
Desconsiderando o que o pai disse, perguntou:
— Anna já sabe que vou casar hoje e "com quem"?
Ele suspirou. Falar para Anna seria a mesma coisa de explodir um carro em movimento.
— Você sabe que Anna seria contra. Vou falar com ela após o casamento.
Sarcástica, Elisa exclamou:
— Que conveniente!
Ele fingiu não ouvi -la.
— Bom, vou deixar você à vontade. Não esqueça que o casamento acontecerá daqui a uma hora.
Elisa estremeceu. Não queria casar e muito menos com Dom.
Assim que o pai saiu, num estado de fúria pegou o vestido de noiva em cima da cama e rasgou-o ao meio.
Pegou sua mochila e encheu de tudo o que precisava para se livrar daquele martírio.
Torcendo para não ser notada, escalou a janela, digna de uma alpinista e com habilidade alcançou o chão.
Esgueirando-se entre colunas e arbustos, meteu-se na mala de um carro de entregas dos móveis de decoração do seu casamento.
Escondeu-se entre umas caixas e momentos depois, vitoriosa viu que o seu plano deu certo, distanciando-se do lugar.
Minutos depois, perto dali Gian, que ia para a boate para ver se estava tudo em ordem, percebeu que o tanque de combustível estava abaixo do nível e resolveu parar num posto.
Enquanto enchia o tanque aproveitou para trocar o dinheiro na loja de conveniência para pagar o combustível e conversava com o vendedor.
Enquanto isso, ele não percebeu que uma mulher loira e fugitiva entrava na sua caminhonete que esqueceu semi-aberta.
Após ddazer pagamento, seguiu viagem, ao som de baladas italianas.
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Atualizado até capítulo 80
Comments
Maria Izabel
Tanto i pai dela como o noivo daí uns escroto da pior especie humana eles deve morrer pois acho que Elisa apesar de complicar com a vida de Gian eles vão se apaixonar 🤔 🤗 espero que os dois saibam se defender desses dois mafiosos assassinos 🤬 e perigosos
e vença o amos de Gian e Elisa ❤️❤️❤️😍♥️
2024-02-02
1
Marilena Yuriko Nishiyama
case vc já que acha que o Dom é um homem bom,pai escroto 🤬🤬🤬🤬🤬
2023-12-11
2
Marilena Yuriko Nishiyama
eu já detestei esse homem nojento 🤢🤮
2023-12-11
1