cap 1 - uma ligação baixo chuva

Fazia um ano e meio, aquele número não tocava nos contatos de Gwen, que vivia uma vida corrida.

Ela tinha 24 anos e havia perdido a mãe a pouco tempo e sem ter a chance de chorar, ela foi obrigada a encarar a vida de uma pessoa solitária. Onde tinha que trabalhar, estudar e cuidar de sua irmã pequena de 5 anos.

Quando por fim conseguiu se ajeitar a esta vida, algo inusitado ocorreu, aquele número o qual ficará 1 ano sem ligar surgiu na tela do seu celular.

Tudo foi muito rapido, Gwen, nem se lembrava direito de quantos sinais vermelhos atravessou. A forte chuva a bater no vidro reduzia a visibilidade, porém, mesmo com tantos contratempos ela só acelerava, precisava estar lá de qualquer jeito. Chegou as pressas no hospital a ir direto ao quarto junto a uma enfermeira, o qual saiu a deixando sozinha.

Foi se aproximando lentamente da cama a mirar o corpo todo machucado de sua amiga, via aquelas unhas pintadas com marcas de mordidas, a boca rachada e os cortes, apertou-lhe os dedos a engolir o choro. Quando a porta de arrastar se abriu.

Um homem todo de branco segurava a ficha na mão e Gwen, sem olhá-lo perguntou:

Gwen: O que aconteceu com ela?

O médico respirou fundo e disse:

- O carro deslizou na pista, devia ter estado a correr com muita velocidade.

Gwen, olhou para cima e se virou para encarar o jovem médico que era seu conhecido.

Gwen: John, tem que salvá-la.

- Estamos tentando, porém não será fácil a criança saiu ilesa por muita sorte, porém, ela está com muitos ferimentos graves.

Gwen, passou a mão no nariz quando escutou isso, contudo algo a intrigou, “que criança?” de acordo com ela, não era para ter uma

criança, sua amiga teve um filho e ela não sabia.

Estava a pensar quando lhe apertam a mão, imediatamente olhou para a cama a ver os olhos de sua amiga abertos.

Gwen: Gwendoline!

A amiga sorriu e o doutor a querer deixá-las sozinhas fecha a porta, com a mão a jovem retira o respirador.

Gwendoline: N-noah, ele está bem?

Gwen, confusa, acena com a cabeça a forçar um sorriso.

Gwen: Precisa descansar minha amiga, está certo?

A balançar com a cabeça respirou fundo.

Gwendoline: Estou sem tempo, eles irão vir buscá-lo.

Gwen: Fique calma, ninguém vai vir buscar ninguém_ falar a apertar a mão da amiga com força.

Mesmo assim a amiga negava com a cabeça, ela parecia desesperada.

Gwendoline: Irão sim, eles o querem, eu...eu.. _ começou a soluçar em choro_ preciso proteger o meu filho.

Gwen: Calma, Line, você precisa se recuperar primeiro_ fala a chamá-la pelo apodo.

Gwendoline: Não, eles o querem haa! A minha bolsa, tem um diário dentro dela, eles me enganaram, nunca me quiseram, só precisavam de mim para salvar o filho deles _ chorava a ter várias lágrimas escorrendo pelos olhos _ você precisa...por favor...cuida do Noah, cuida dele..ahaha! cuida do meu bebê, Gwen, minha querida ir....

( Piiiiii)

Ainda com os olhos abertos, veio aquele barulho, Gwen, nervosa, mexeu o corpo da amiga que a mirava com aqueles olhos sem vida.

Rapidamente os médicos e enfermeiras entraram na sala a fazer a reanimação. Gwen, foi expulsa do quarto e ao mirar para os lados saiu a correr até a balconista.

Lá ela parecia ameaçar a moça que assustada lhe passou o saquinho que continha os itens de sua amiga, foi sentada no quarto já com o corpo coberto que ela abriu aquele “bendito” livro.

“ Finalmente fui chamada para a casa, estou animada, como serão os rostos dos meus pais, duvido que estejam iguais aos da foto”

Gwen, começava a respirar fundo a cada folha que passava.

“ Soube que o meu irmão mais velho está doente, ele precisa de tratamento e eu quero ajudá-lo"

“ Tudo foi feito pelo laboratório, escolhemos a pessoa que batia e fizeram a inseminação, virei mamãe, será que minha amiga ficaria feliz”

Gwen, engolia o choro tanto quanto podia só para poder ter forças para poder continuar a ler. Naquelas folhas úmidas por conta da chuva, descobriu que sua amiga havia sido chamada à casa de sua avó só para servir de um tipo de barriga de aluguel.

Na tristeza daquelas folhas, era retratado a solidão da amiga que não podia visitar ninguém e muito menos recebia uma visita de seus pais ou família. As folhas delatavam a tristeza, ansiedade e abandono, junto com o conforto de sentir uma vida crescendo dentro dela.

O nascimento do filho, num hospital onde ninguém a acompanhou, mais tentativa para retirarem o seu bebê após a alta, era como se Gwendoline tivesse sido jogada no lixo.

Na medo ela fugiu do pai do seu filho e veio para a Califórnia em busca de Gwen, contudo o acidente foi algo inesperado. Ao fechar o livro Gwen, se segurou para não lançar o objeto contra a parede.

Ela queria bater em alguém, queria gritar, ela ofegava enquanto mirava o corpo frio de sua amiga. Nisso a porta se abre, era John.

John: Precisamos preencher a ficha dela, tem por acaso um familiar o qual ligar?

Gwen, balança a cabeça e ainda encara o corpo.

John, mirava a amiga quando de repente uma enfermeira aparece e lhe sussurra no ouvido, ele mira rapidamente a Gwen.

John: Alguém está aqui, ele diz ser o pai do bebê _ disse a mirar a amiga _ Gwen!

Ela o olha, só se passaram duas horas desde a morte de sua amiga, isso só podia significar que ele a estava seguindo.

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Comments

Maria De Fatima Carvalho

Maria De Fatima Carvalho

gostando da história comecei agora

2023-11-07

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