capítulo 15

— Porque eu só faço as coisas erradas que magoam e machucam as pessoas? — perguntei para mim mesmo dando um soco na parede de metal do elevador.

Quando finalmente as portas se abriram sair de dentro a passa os rápidos de lá passei pela recepção rapidamente e era como se eu não estiver vendo nada em minha frente já começava a sentir minha cabeça não tá junto, mas eu precisava de uma boa dose de whisky quando finalmente estou do lado de fora peguei a chave do carro apertei o alarme destravando aí eu me lembrei que eu deveria ter vindo com o motorista, mas eu tinha me acostumado tanto a dirigir por esses dias que eu tinha até deixado ele em casa para o caso de Rosa precisar entrei no carro coloquei a chave na ignição dei partida saindo as pressas de lá para ir me encontrar com José no bar que eu agora era meu ponto de refúgio.

Dirigia com os meus pensamentos longe, mas precisamente em Isla eu queria muito saber onde ela está morando para mim poder ir até lá pedir pela primeira vez na minha vida perdão por tudo que fiz passar batia algumas vezes no volante com remorso por tudo me sentindo culpado por Ceci e por Isla quando finalmente cheguei ao bar vi o carro de José estacionado eu estacionei o meu carro atrás do dele sai do veículo o trancando e segui para dentro do estabelecimento olhei em volta e o vi sentado no bar dando uma cantada em uma das garçonetes caminhei até onde ele estava me sentei do seu lado pedi uma garrafa de whisky e dois copos chamando a sua atenção para mim.

— Cara, você está um caco — José fala me olhando de cima embaixo.

— Estou passando dias de cão — digo para ele passando a mão em meu cabelo.

— Então foi por esse motivo que você me chamou aqui? — José perguntou-me arqueando a sobrancelha.

Virei mais um copo de whisky.

— E sim — digo para dando um pequeno suspiro.

— Você lembra que eu te avisei que isso ia dar merda — José falou querendo dizer nas entrelinhas o famoso “eu te avisei”.

Dei um suspiro e balancei a cabeça em concordância Porque, sim, eu me lembrava muito bem que ele tinha falado que uma hora ou outra Isla iria se cansar de ser tratada como um objeto.

— Eu estou arrependido e eu não vou dar o divórcio para ela — digo para ele batendo a mão no balcão.

— Você sabe que se ela partir para o divórcio litigioso pode demorar até dois anos para o divórcio sair — José falou ativando o seu modo advogado.

— E aí que você entra — falei para ele com um sorriso.

— Você quer que eu como seu advogado faça o divórcio demorar? — José perguntou para mim enquanto beberica sua bebida.

— Sim, porque aí vai dar tempo de eu tentar conquistar ela e voltar com o meu casamento, aí eu vou provar também para o meu pai que sim eu consigo manter um casamento pela primeira vez — Digo para com um olhar determinado.

Ele deu um suspiro.

— Você ainda se culpa pela Ceci? — José perguntou, pois ele esteve do meu lado quando Cecília me largou.

— É impossível não sentir culpa quando o grande amor da sua vida te abandona — digo para ele enquanto bebo meu terceiro copo de whisky.

José não falou mais nada ele só me olhou dando um sorriso triste me compreende porque ele passou quase o mesmo que eu mais que com uma pequena diferença nós dois ainda continuamos conversando sobre outros assuntos José não era somente meu advogado particular ele também era advogado da empresa então sendo uma questão pessoal ou jurídica ele sempre estava lá para me atender mesmo com seu escritório sendo o mais requisitado do país mais apesar de tudo ele era o meu melhor amigo depois de um tempo nós resolvemos ir embora mais antes de pagar a conta pedi uma garrafa para a viagem era assim todas às vezes pagamos a conta e caminhamos para fora do estabelecimento que estava cheio nós dois nos despedimos José antes ainda tentou me convencer a ir com ele mais falei que eu estava bem então ele entrou em seu carro e se foi logo eu fiz o mesmo dei partida indo para o mesmo lugar que eu ia todas as noites depois que tomava um porre estacionei o carro lá sai trancando o mesmo caminhei indo em direção à praia me sentei na areia fiquei olhando para o mar enquanto me embriagava deitei na areia com a garrafa do meu lado olhando para o céu estrelado pensando quando eu tenho sorte de ter sido abandonado duas vezes, mas diferente da primeira vez na segunda eu tenho a chance de mudar as coisas.