Capítulo 12

Narra Mía

Quando o príncipe disse que ele e o arquiduque eram um casal, quase desmaiei, não porque eu seja contra pessoas homossexuais, mas porque desde que o arquiduque chegou, comecei a sentir atração por ele.

A sorte é que era apenas uma brincadeira do príncipe e agora não paro de rir com tudo o que ele diz. Ele é tão engraçado, diferente do ogro do meu marido. Ele estava se divertindo tanto com o príncipe que eu disse a ele para ficar e tomar chá comigo. Ele aceitou imediatamente, então depois do almoço, nós três fomos para a sala conversar um pouco, ou melhor, o príncipe e eu, porque um certo alguém tinha uma expressão séria no rosto.

Mía: E como vocês dois se conheceram?

Cornelius: Bem, é que minha mãe é muito amiga da mãe dele, então crescemos juntos como irmãos desde muito pequenos.

Noah: Quando será o dia em que você vai calar essa boca?

Cornelius: No dia em que eu morrer, e como esse dia ainda não chegou, você vai ter que me aguentar.

Noah: Bem, eu vou estar no meu escritório terminando meu trabalho. Se precisarem de algo, me chamem.

Ambos assentiram. Era hora de descobrir o que aconteceu com o arquiduque. Se o príncipe e ele são tão amigos, ele deve saber de algo.

Mía: Majestade, você sabe o que aconteceu com o arquiduque para ele ser tão amargo?

Cornelius: Primeiro, não me chame de majestade, meu nome é Cornelius. E sim, eu sei o que aconteceu, mas não é minha obrigação te contar. Ele é quem deve te contar.

Mía: Ele nunca vai me contar. A senhora Bertha me disse que ele não era assim, que era alegre, cavalheiro e apaixonado. Mas eu não vejo isso nele. Às vezes, acho que nunca seremos um casal feliz.

Cornelius: Também gostaria que ele voltasse a ser ele mesmo, mas para isso, ele precisa curar o coração dele primeiro.

Mía: Eu quero ajudá-lo, mas não sei por onde começar. Se você me contar o que aconteceu, talvez eu possa ajudá-lo.

Cornelius: Não importa. Bem, eu vou te contar, mas por favor, não diga a ele que fui eu quem te contou, senão ele me mata. Entendeu?

Mía: Sim, entendi.

Cornelius: Bem, há 7 anos, ele conheceu uma garota muito bonita. No começo, eles se tornaram amigos, mas depois viraram namorados. Ninguém sabia, exceto Carlos, que é um primo dele e meu.

Carlos descobriu porque um dia os viu se beijando no jardim do meu palácio. Eu não gostava dessa garota, mas faria qualquer coisa para ver meu amigo feliz, então eles se encontravam no meu palácio.

Ele deu todo o seu coração e corpo para ela, e ela o pagou com traição. Acontece que ela estava noiva do Carlos. A partir desse dia, ele prometeu nunca mais se apaixonar.

Quando soube que uma mulher havia partido o coração dele, fiquei furioso. Como pode existir pessoas assim? Se eu a tivesse na minha frente, daria uns bons socos nela.

Mía: E você sabe o nome dela?

Cornelius: Sim, ela se chama Scarlett Monroe, atualmente é conhecida como a marquesa de Alcohocer.

Mía: Ouvi coisas sobre ela, dizem que é arrogante e pretensiosa.

Cornelius: Tenha cuidado com ela. É uma mulher perigosa.

Mía: Obrigada, vou levar seu conselho em consideração.

Cornelius: Bem, eu tenho que ir antes que o Noah chegue e me mate.

Mía: O nome dele é Noah?

Cornelius: Sim, eu não tinha te falado o nome dele?

Mía: Na verdade, não. Só discutimos.

Cornelius: E ele também não sabia seu nome até eu perguntar, certo?

Mía: Sim.

Cornelius: Boa sorte, querida. Espero te ver na minha festa de aniversário e te apresentar minha noiva.