capítulo 10

HELENA

Ele me levou para sua casa, eu ainda estava muito fraca mas tinha que ter forças, precisava encontrar minha irmã.

Chegamos em frente a um enorme portão, ele fala com alguém e em seguida se abre, eu fiquei sem reação ao ver aquela mansão enorme.

Meu Deus! Esse lugar parece uma fortaleza, uma prisão, até eu iria fugir daqui.

Nada disso, Emily estava muito bem aqui, tinha se acostumado, estava muito bem aqui.

Descemos do carro ele me ajuda, somos recebidos por sua mãe e uma jovem linda está ao seu lado.

Helena, minha mãe, você já conhece, essa é minha filha, Laura.

Muito prazer Helena, seja bem vinda.

Obrigado Laura.

Por favor, mãe, cuida dela, eu vou sair, preciso saber notícias da Emily, vou até a delegacia para Saber se tem alguma notícias.

Eu vou com o senhor, eu preciso encontrar minha irmã.

Não, você fica aqui, precisa se recuperar.

Mas...

Ele saiu com o carro e eu fui obrigada a ficar, na verdade estou muito cansada e com muita dor de cabeça, Elisabeth me leva para dentro e eu sento no sofá, ela é simpática, mas não gostei muito da sua filha, ela não me deixou muito confortável.

A casa é tão linda por dentro quanto por fora, Emily tinha razão, parecia um castelo.

Passaram menos de meia hora e ele já estava de volta e para minha alegria, Emily estava com ele, antes de entrar ele se abaixa e a pega no colo KKK, me surpreendo com seu carinho com ela.

Está aqui, sua piralha, não é assim que você chama?

Sim, vem aqui minha vida.

Nos abraçamos e choramos muito, Emily tremia muito e quando olhou para Laura pediu imediatamente para irmos embora.

HELENA: Sim, vamos para casa.

HUGO: Claro que não, precisa terminar o tratamento, ainda não está bem. Emily, vai até seu quarto e toma um banho se troque, e desça.

EMILY: Sim Hugo, já volto então.

Ela foi contrariada, mas obedeceu a ele, eu também subi com ajuda dele, um quarto lindo e confortável foi preparado para mim.

Fique à vontade, você precisa de roupas, sapatos, vou pedir para comprarem e trazerem para você.

Ele se vira para sair e eu seguro em sua mão, preciso falar com ele, está tudo muito estranho.

Senhor Hugo, espere, eu quero falar com o senhor.

Ela segura em minha mão, seu calor me faz arder de paixão, essa mulher roubou meu juízo, minha vida e minha paz.

Não precisa comprar nada, e eu não vou ficar aqui muito tempo, preciso voltar para casa.

Ele se abaixa e segura minhas mãos, seu olhar negro e penetrante me deixa desconcertada, meu coração não bate mais no ritmo certo, e minha respiração já não é mais a mesma.

P@rra Helena, não acredito que se apaixonou por esse velho?

Me ouve, você está debilitada, tem sua irmã para cuidar, esse tempo até que você se recupere, quem irá cuidar de você? O que vocês vão comer?

Eu quero você aqui, onde eu posso ajudar em tudo, não vou deixar de faltar nada, nem para Emily, precisa de ajuda nesse momento difícil e eu estou aqui.

Depois que estiver melhor, quero que trabalhe para mim, sei de suas qualidades, preciso de uma secretária, a minha pediu demissão.

Por que será? Deve ser chato trabalhar com um velho!

Ele abaixa a cabeça e se levanta, eu falei brincando mas ele não entendeu, eu sou muito idiota.

Tudo bem! Conheço outras empresas de filhos de alguns amigos, são mais jovens, posso olhar se tem algo do seu interesse.

Ele tenta sair do quarto, mas eu vou atrás dele, minhas pernas fracas não ajudam e eu me desequilíbrio e ele me segura.

Cuidado!

Seu braço forte me segura, me puxa para mais perto, eu me sinto uma formiga perto dele de tão pequena que sou, meu corpo se incendeia, sinto uma umidade brotar em minha intimidade, é tudo muito estranho, uma pulsação e meu coração acelerado.

Foi uma brincadeira, eu aceito sim, eu realmente preciso trabalhar mas não precisa ser de secretária, eu me contento de limpar somente o chão onde você pisar.

Nosso rosto estão muitos próximos, ele está muito sério, não consigo descobrir o que ele pensa, seu rosto não esboça nenhuma reação.

Desvio meu olhar, ele segura meu queixo e faz com que eu olhe novamente em seus olhos.

Não quero você como faxineira!

Então como você me quer Senhor Hugo?

Merd@ eu vou ter um orgasmo só por está nos braços dele assim? Helena sua v@dia se controla.

Quero você assim, perto de mim, bem pertinho, assim eu posso te vigiar, você me parece muito levada, uma menina que precisa ser vigiada constantemente.

Por que quer me ajudar? Acabou de me conhecer e eu te chamo de velho o tempo todo kkk.

Kkk, não sei, mas preciso ter você por perto, sua energia é contagiante, me torna feliz, alegre e eu gosto muito da Emily.

Tenho uma vida, não posso fingir que meu mundo, minha realidade não existe, isso aqui é como um conto de fadas, mas cedo ou mais tarde vou ter que acordar.

Posso te manter para sempre nesse sonho.

E como você pode fazer isso?

Me deixa ser... toc...toc... Helena sou eu, posso entrar?

Só um minuto, precisa me soltar, eu não vou saber explicar por que estamos abraçados.

Claro, vou te ajudar a se sentar.

Ele abre a porta e Emily entra, ela fica surpresa de ver ele aqui dentro.

HUGO

Essa piralha, ainda bem que entrou, por pouco não cometo uma loucura.

Que bom, já ia te procurar, quero saber o que houve para você fugir.

Não houve nada, eu já estou aqui.

Claro que não mocinha, senta aqui, e fala logo, sua irmã está aqui, mas sua guarda ainda está comigo, te levo para um abrigo agora, vamos começar a falar.

Helena olha para mim com um bico enorme, é claro que daquela linda boca sairia um palavrão, mas antes de sair eu tapei com minha mão, ela ficou incrédula, não acreditava no que eu estava fazendo.

Deixa ela falar, Helena.

Tá bom! Mas não precisa tapar minha boca assim, tem noção do seu tamanho, sua mão quase pegou meu rosto todo, quase me matou sufocada.

KKK, que exagerada, você é muito dramática.

Não sou nada, eu tenho um metro e sessenta, e você tem o quê? Um metro e oitenta?

Não, eu tenho um metro e noventa dois, e você a julgar assim olhando não é um e sessenta nada, não passa de um e cinquenta nove KKK.

Isso é humilhante, credo!

Não adianta, pode falar Emily, quero saber o que houve, eu pensei que estava bem aqui, você me disse que gostou daqui, não entendo por que me decepcionou assim, fugir é muito perigoso...

Eu não fugi, não tenho motivos para isso.

Ela me abraça e começa chorar, Helena se desespera, eu peço para ela deixar ela falar, ainda abraçada comigo ela conta tudo.

Pode falar piralha, eu estou aqui, vou te proteger, ninguém vai te machucar, você é minha menininha, geniosa KKK, vou cuidar de você está tudo bem.

A Laura... Hugo, ela me disse que pediu para me levar ao shopping, eu acreditei.

Olha para mim, me explica isso direito Emily.

Estava no carro com ela para ir no shopping, ela me levou para uma fazenda, na verdade só tinha mato lá.

Emily, é muito grave o que você está falando.

LAURA

Vó eu tô muito encrencada, meu pai vai me matar.

O que houve, filha, você está pálida.

Eu levei aquela piralha para longe, não era para ela ter voltado aqui.

Com certeza meu pai já está sabendo de tudo.

Não devia ter feito isso, meu Deus, você ficou louca Laura.

Vai ficar do lado dela? Meu pai nem olha, mas para mim depois que essas duas apareceram, que ódio!

AINDA NO QUARTO.....

Eu sei que é grave, por isso não queria falar nada.

A Laura me largou lá, eu fiquei com medo e quando eu vi que ela não voltava eu caminhei até encontrar uma casa, uma senhora me ajudou, eu dormi lá e hoje ela me trouxe até a polícia.

Meu amor vem aqui, vamos embora Hugo, não vou ficar aqui, essa maldita...

Ela é sua filha, não vou falar nada, mas eu quero sair daqui.

Vocês não vão a lugar nenhum, eu vou resolver isso.

Helena e Emily ficaram no quarto, eu não acredito que minha filha fez uma coisa dessas, por quê?

LAURA... LAURA...

Me ajuda, vó!

Me fala que é mentira, você não pode ter feito isso.

Pai, eu posso explicar...

EXPLICAR O QUE, VOCÊ PASSOU DOS LIMITES...

Não! Você passou dos limites, trouxe duas imundas para dentro de nossa casa, não me perguntou o que eu penso sobre isso, nem fala direito mas comigo...

Eu sempre te dei de tudo, fiz todas as suas vontades e você me fez isso, qual o seu problema.

Olho para o alto da escada, Helena estava com Emily, Laura ficou ainda mais furiosa quando viu as duas.

ESSA CASA É MINHA... tudo que eu queria pai era que as duas tivessem sido atropeladas e claro deveriam estar mortas.

Cala boca.. Splash...

Meu Deus, filho!

Não suportei ver Laura daquele jeito e acabei dando uma bofetada, ela me olha caída no chão com a boca sangrando.

Nunca te levantei a mão, era isso que eu deveria ter feito antes, me ouve Laura, essa casa é minha, eu trago que eu quiser, me ouviu?

Você enlouqueceu, eu não admito que você encoste nela.

Minha mãe tenta me bater, mas eu não permito.

Luzia... Luzia... Sim senhor!

Faça as malas da Laura e também pegue tudo que é da senhora Elisabeth, elas estão proibidas de entrar nessa casa novamente.

Sim senhor!

Não quero vocês aqui, mas, e você Laura, não carregará mais meu sobrenome e não terá um centavo meu.

Pai, eu sou sua filha, está me deixando...

Você procurou, tem ideia do que poderia acontecer com ela!?

Vai morar com sua avó, ela faz suas vontades, eu não te quero mais aqui.

Deixo elas sozinhas na saba e me tranco no escritório, não acredito no que acabei de fazer, mas não posso perder Helena, preciso dela aqui.

Às horas foram passando, eu não tinha coragem de sair do escritório, me senti um monstro, mas precisava pensar um pouco em mim, não podia abrir mão de uma pessoa que me fazia tão bem.

Toc... toc...

Helena

Depois daquela confusão, eu me senti péssima, ele bateu na própria filha, se viu que ela mereceu, mas é filha dele, esse homem é louco e também está me enlouquecendo.

Emily está dormindo, eu me arrisco a descer até o escritório.

Ele abre a porta, está com uma cara péssima, o cheiro de álcool e a cara de porre é a pior.

Está bêbado! Ah, eu não acredito que você é desse tipo que fica nervoso, sai batendo em mulheres e enche a cara.

O pior é que até assim ele fica lindo, por eu não consigo me concentrar em nada perto dele?

Entre Helena... Ele caminha de volta até a cadeira e senta olhando fixo, com a cabeça encostada para trás, ele me observa.

Ia te perguntar como está, mas dá para ver que não está bem.

Eu me aproximo dele, dou a volta na mesa, e né encosto olhando para ele.

Quer conversa?

Sim, eu preciso falar...

Então fale, eu estou aqui, vou te ouvir.

Laura é muito mimada, não está acostumada com não e muito menos que eu dou atenção para outra mulher, depois que sua mãe morreu eu só me dediquei a ela, fiz todas as suas vontades.

Por isso ela é assim, a culpa é sua, não é dela, não deveria ter batido nela, muito menos mandar ela embora.

Ele se levanta e me abraça, eu não pude desviar e correspondo ao seu abraço.

Me ajuda Helena, eu não estou bem.

É óbvio que não, está muito bêbado KKK

Eu passei dos limites, acho que exagerei KKK

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