Capítulo 14 - Sangue e lágrimas

No hospital Diego andava de um lado para o outro relembrando os últimos acontecimentos da noite anterior, ele sentia um grande aperto no peito enquanto as horas passavam.

No dia anterior

- Hey cara, a gente devia sair daqui e ir para uma boate. - Romero falou empolgado.

- Acho que deveríamos ir era para minha casa, você já sabe que tem um quarto lá pra você.

Ambos já estavam bastante alcoolizados, eles se divertiram bastante com a quantidade de homens que deram em cima dos dois, mas foi só Romero que pegou o contato de todos. Diego nunca tinha visto o amigo tão leve, poderia dizer até que o amigo estava bastante feliz. Romero tinha pais abusivos e que apesar de ter lutado muito por uma vida melhor, foi sendo michê que ele se encontrou, não que fosse suficiente, mas dava para pagar as contas e ter uma boa qualidade de vida. Então depois de Diego pensar bastante, ele acabou aceitando a proposta de Romero, Diego sabia que se não aceitasse, Romero iria sozinho.

- Vamos! Mas se eu não gostar, a gente vai pra minha casa. Combinado? - Isso era apenas uma estratégia que Diego pensou para não demorar muito.

Eles chamaram um taxa e Diego lhe pediu para que levassem eles para a boate mais próxima de tivesse por ali.

Chegando no local, rapidamente Diego ficou sobrio, o taxista já havia indo embora assim que recebeu o dinheiro.

- Qual foi cara? Vamos entrar... - Romero deu um passo para frente, mas Diego o puxou para trás pelo braço.

- Eu não posso está nesse local, temos que ir embora.

A boate em que o taxista havia deixado eles, era de um grande inimigo de Diego, Carlo um outro cafetão que não tinha escrúpulos e se aproveitava da fragilidade de crianças de rua. A briga entre era bem antiga e eles tinham um acordo de não entrar no território um do outro, caso acontecesse poderia ser caso de morte.

- Fique de costas. - Diego falou se virando e pegando o celular para chamar outro táxi. Romero já tinha visto ficar daquela maneira a muito tempo atrás e não ousou desobedecer.

Quando do nada uma chuva de tiros veio na direção deles e sem nem pensar, Romero se fez de escudo humano para proteger Diego.

No segundo seguinte quando os tiros pararam, Romero caiu por cima de Diego, claramente Romero estava com muita dor, mas ele pôs um sorriso no rosto.

- Cara... Agora você me deve uma... - E então desmaiou.

Então rapidamente Diego olhou para o local de onde veio tiroteio e viu Carlos com um sorriso no rosto. Quando Diego estava preste a correr em direção do seu inimigo, o taxi chegou. Ele olhou para o amigo que estava jogado no chão e para o motorista que gritava para ele entrar no carro com Romero para levar eles ao hospital.

Diego ágil no piloto automático e pegou Romero nos braços e entrou no táxi. Ele foi o caminho todo procurando os locais em que as balas haviam pegado em Romero para poder estancar o sangue, ele não conseguia para de chorar com medo de o amigo morrer por causa dele.

O taxista era um senhor experiente e sabia que aquele local era perigoso e ao ouvir os tiros e ver que sua corrida era naquela direção, ele se sentiu no dever de ajudar.

Chegando no hospital, Diego jogou dinheiro e um cartão dentro do carro e saiu com Romero nos braços. Rapidamente uma equipe de enfermeiros colocaram Romero em uma maca, o médico que estava no momento, examinou Romero e lhe encaminhou direto para sala de cirurgia.

Diego estava completamente perdido, sentia uma pressão em seu peito que parecia que ia explodir, ele estava coberto de sangue do amigo.

- Me desculpa Romero. - Falou chorando e olhando para a porta em que Romero entrou para cirurgia.

- Senhor... Você aceita um copo de água? - Falou uma simpática enfermeira.

- Não. - Diego falou sério.

- Acho melhor o senhor ir para casa, pelo menos para tomar um banho e trocar essa roupa. Sei que a situação do seu amigo é extremamente complicada, mas essa cirurgia vai demorar bastante...

Diego saiu do local sem deixar que a moça terminasse de falar, mas ele fez exatamente o que ela pediu, foi para casa tirar aquela roupa cheia de sangue e tomar um banho. Ele iria precisar se recompor para cuidar do seu amigo quando saísse da cirurgia.

Tomando banho ele socou a parede a quebrando, ele tentava pensar no que poderia fazer, mas sua mente só lhe levava para aquele momento repetidas vezes, parecia um grande pesadelo.

Diego chorava silenciosamente. Quando ele voltou para o hospital, o sol já estava no céu e Romero ainda estava sendo operado, o médico falou rapidamente com Diego, mas logo voltou a sala de cirurgia. A situação era delicada e Romero estava entre a vida e a morte.

Quando estava preste a desabar na sala de espera, ele viu uma pessoa que no mesmo segundo lhe deu uma certa tranquilidade.

- Jasmim, está tudo bem? O que faz aqui?

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