Capítulo 4

Apolo levou a Tânia até a sala do seu tio. Lá, ele mandou ela comer e que depois ela poderia voltar para a sua sala. Tânia, muito agradecida, sorriu com franqueza e o agradeceu de todo o coração.

— Muito obrigada. Você foi a primeira pessoa a me ajudar depois de longos meses aqui...

— O Dean, não lhe ajudava?

— Bom, ele não sabe que sofro esse tipo de coisa...

— Não deixe eles pisarem em você, você também é humana...Tânia.

— Apolo — O encara — Você é do terceiro ano, certo?

Apolo concordou com a cabeça, pegou o seu celular e Tânia achou melhor o deixar em paz. Ele já fez o suficiente por ela. Ela comeu em silêncio e após está ajeitando a sua roupa, ele colocou uma marmita em cima da mesa e disse.

— Come. Um pão de queijo e suco não vai lhe sustentar.

— Esse é o seu lanche, não posso comer!

Ela estava realmente com fome. Não havia tomado café pela manhã, e o que o seu dinheiro deu para comprar não mataria a sua fome. Apolo, a encarou e disse antes de voltar a sua atenção para o seu celular.

— Pode comer, eu já lanchei.

— Não...terá problemas mesmo?

— Não.

— Então se é assim — Molha os lábios — Eu vou comer!

Tânia abriu a marmita e ao ver toda aquela comida saborosa, ela não perdeu tempo e começou a comer. Em toda a sua vida, aquela comida tinha sido uma das melhores que ela já comeu.

Após ter temido de comer, ela limpou a boca e bebeu o refrigerante que o Apolo a entregou.

— Aqui os lanches são caros, não tem problema?

— Não.

— Apolo...

Apolo a encarou, ela abaixou a cabeça e quando estava prestes a continuar falando, o sinal tocou. Apolo começou a arrumar as suas coisas, ela se despediu dele e seguiu para o banheiro. Tânia estava sentindo o seu coração palpitar com força, ela sentia que finalmente estava fazendo um amigo, um que ela poderia confiar.

Depois das três últimas aulas, ela estava arrumando os livros na mochila, quando o Rubelson fechou a porta da sala e ficou somente ele e os seus amigos babacas. Tânia sentiu um frio na barriga, ela levantou-se com dificuldade e encarou aqueles rapazes que a encurralou num canto.

— O que...o que querem?

A voz dela saiu num fio e com muita dificuldade. Ela estava apavorada e temia pelo pior estando ali. Os momentos ao lado do Yuri começou a passar como um filme na sua cabeça e sem perceber, ela já estava no chão de joelhos chorando baixo.

— Não fizemos nada ainda Tânia — Se agacha — O que você tem com aquele garoto?

A voz do Rubelson saiu estranha, ele parecia está stressado ou até mesmo enciumado. Ele a puxou pelo braço, encarou o rosto dela e gritou fazendo ela cobri o seu rosto com a mão livre.

— RESPONDE KRLH!

— Me solta...solta...

— E se eu não soltar?

— Eu mato você!

Apolo entrou na sala furioso, ele puxou o Rubelson pelo cabelo e o jogou contra as cadeiras.

— Se você se aproximar dela, eu não vou deixar você sair andando novamente!

Apolo pegou a mochila da Tânia, pegou na mão dela e saiu da sala com passos rápidos. Numa sala vazia, ele entregou um copo de água para a Tânia, e esperou ela se acalmar enquanto tomava um remédio para se acalmar.

Passar dias sem se drogar não está sendo fácil. Ele sente uma enorme necessidade de usar drogas, e para saciar a sua vontade, ele optou por se dopar.

— Está mais calma?

— Sim...obrigada, novamente.

— Aqueles caras são babacas, eles não devem achar que tem direito sobre você! — Diz com raiva.

— Existe alguém pior que eles...muito pior...— Morde os lábios.

— ...

— Bom. Obrigada, eu agora irei para casa.

— Eu irei lhe levar.

— Não precisa...

— Eu faço questão.

Tânia apenas concordou com a cabeça. Eles saíram da escola e ao passar na frente de um açaí, Apolo mandou ela esperar e após uns minutos, ele voltou com dois copos de açaí.

— Vamos ficar um pouco aqui. Você deve ter muitos problemas em casa.

— Como sabe?

— Eu ouvir... a sua mãe lhe gritando naquele dia, o dia em que nos conhecemos.

— Aaah...bom, não nos damos tão bem.

— Entendo.

Tânia encarou o Apolo, ela queria muito saber como ele era. Ele ficou meio sem saber o que fazer, já que havia esquecido que teria que tirar a máscara. Apolo suspirou, tirou a máscara e Tânia quase derrubou o copo de açaí no chão.

O Apolo era a cópia idêntica do Yuri, ambos pareciam ser as mesmas pessoas. Percebendo a confusão no olhar da Tânia, ele rapidamente tratou de olhar ao redor e falou com calma.

— Eu tenho um irmão gêmeo...

— Yuri? Você é irmão do Yuri?

— Sim.

— Você é tão diferente dele...

— Você nem imagina o quanto...

Mais populares

Comments

Solange Lemos

Solange Lemos

foi ele que abusou dela e não o outro

2023-11-08

3

Edmea De Paula

Edmea De Paula

Amando a história 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻💕

2023-07-31

3

Ver todos

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!