O dia não era nada legal para o jovem Apolo. Ele nem bem havia acordado e já estava numa discussão com os seus pais adotivos.
— Filho, para de se drogar, por favor! — Implora Nilsa — Estou farta de vê-lo assim, se entregando a estas malditas drogas!
— Certo. Isso não irá se repetir. — Diz o jovem, tentando dar um fim aos pedidos da sua mãe.
Apolo levantou-se e saiu da casa. Era chato para ele ter todas aquelas pessoas que nem são os seus pais verdadeiros se intrometendo na sua vida pessoal. Ele seguiu pelas ruas sem rumo, estava chateado e o seu subconsciente só pedia uma coisa, drogas!
Deixando todas as suas promessas para trás, ele seguiu até o beco onde comprava droga e depois saiu já com dois pinos na mão. O rapaz que vendeu as drogas a ele, disse que aquelas tinha uma substância nova e que os efeitos seriam piores que as drogas normais que ele usava. Ele não se importou muito com o que o rapaz disse e apenas pagou tudo e saiu. Foi até a casa do seu irmão e bateu na porta, esperou e logo a porta foi aberta e o seu irmão apareceu com cara de sono.
— O que faz aqui uma hora dessa? E se o papai tivesse aqui cara?! — Pergunta Yuri.
— Posso ficar aqui hoje? Estou...precisando de um tempo...
Yuri abriu o portão para ele, mandou ele ficar a vontade e seguiu para o seu quarto para continuar a dormir, já que o seu pai não chegaria tão cedo. Após horas ali, Apolo já estava drogado e muito alterado, ele pegou os pinos de maconha e guardou no bolso, abriu algumas garrafas de cachaça e tomou até ficar tonto e depois, saiu sem rumo pelas ruas.
Quando Apolo acordou, já era noite e ele estava na casa do seu irmão. Ele não sabe como chegou lá, mas sente um cheiro estranho vindo do seu corpo. Ao sentar na cama sentindo dores fortes na cabeça, ele teve lembranças da tarde cheia e nojenta que teve. Ele mal podia acreditar nas merdas que fez dessa vez e sentindo-se um f0dido, ele começou a chorar e até teve vontade de morrer.
Yuri, que adentrou o quarto com uma bandeja em mãos, o encarou dos pés a cabeça e disse, enquanto o ajudava a tirar as roupas sujas.
— Você precisa parar de fazer isso Apolo. Imagina como os seus pais estão? Eu fiquei preocupado, passei o dia todo atrás de você e quando lhe encontrei jogado naquele beco, eu quase morri cara!
Yuri estava decepcionado com o seu irmão. Vê-lo num estado tão deplorável não o agrada, ele é muito importante para ele é o único que estar ali ao seu lado e saber que ele é um viciado não o deixa contente.
— Desculpe...eu...eu errei feio irmão!
Apolo abraçou o corpo do seu irmão enquanto chorava igual uma criança. Ele estava arrependido e sentia nojo de si mesmo. Yuri não sabe o que o seu irmão fez, ele até tentou descobrir mais nada além de pedidos de desculpas e lamentações saíram daqueles belos lábios vermelhos, que estavam machucados e ressecados.
Após ter tomado banho e de estar melhor, ele se despediu do seu irmão e saiu antes do seu pai chegar. Em casa, ele recebeu bronca dos seus pais, eles estavam muito preocupados.
— Estava a onde? Porque o seu irmão veio aqui lhe procurar?
Apolo ainda sentia dores na cabeça, ele tapou os seus ouvidos e falou num tom baixo.
— Estava com uma menina, por isso demorei. Na próxima vez eu aviso, quando for transar com alguém!
— Olha o jeito que fala Apolo! — Repreendeu Emanuel.
— Eu não vou ficar dizendo para onde vou ou deixo de ir. Eu sou adulto, posso tomar conta de mim mesmo!
Apolo saiu da sala e subiu as escadas com rapidez. Ele trancou-se ali e pegou o seu fone, ligou o som no máximo e deitou na cama. Cobriu o seu rosto e chorou silenciosamente, o seu peito estava apertado e uma falta de ar o consumia. Ele sentia dificuldades para respirar e já até sabia o porquê de estar sentindo aquilo.
— Droga Apolo, o que você vai fazer agora? Como vai lidar com isso seu babaca de merda?!
Apolo levantou-se, pegou um caco de vidro em cima da mesa do quarto, olhou para os seus braços e choraminga, enquanto corta o seu braço. Ele sentia um alívio bom quando fazia isso, tudo sumia e a sua mente ficava relaxada quando ele sentia o seu sangue fluindo pelas suas veia.
Esse era um hábito criado por ele, um que somente ele sabe o quanto o faz bem. Deitado na cama, ele tentava acalmar os seus batimentos cardíacos e a todo custo tentava acabar com aquela dor insuportável que estava tomando conta do seu peito.
Após horas ali, ele ouviu uma batida na porta e com muito esforço, ele se arrastou da cama e abriu a porta sem ânimo algum. Ele sabia que evitar a sua família agora não era uma ideia boa, ele apenas queria evitar mais conflitos.
— Tio? O que faz aqui?
Apolo abriu a porta de uma vez e o seu tio entrou, fechou a porta e ficou incrédulo ao ver todo aquele sangue no chão. Dean, aproximou-se do seu sobrinho que já estava a chorar, e pedindo desculpas.
— Apolo...o que você fez com a sua vida?
— Eu acabei com tudo...fiz tudo errado!
— Eu soube de tudo — O abraça — Eu vou cuidar de você meu sobrinho, você não vai lidar com isso sozinho!
A partir daquele dia, Apolo passou a morar com o Dean. Ele começou a frequentar a escola com mais frequência e sempre que é preciso, ele se dopa para saciar a sua vontade e sede por drogas e bebidas.
●
O dia da prova de português chegou, e todos estavam a flor da pele. A todo momento várias garotas passavam com cadernos e folhas com resumos nas mãos. Tânia estava aflita, pois passou a semana toda em casa e não conseguiu estudar, por causa dos seus problemas pessoais...
— Oi
Tânia levantou o seu olhar, e ali na sua frente estava o Apolo, com um caderno na mão e a encarando. Ela deixou o seu caderno de lado, e o cumprimentou.
— Apolo? O que faz aqui?
Ela não sabia que ele era da mesma escola que ela. Apolo sentou-se ao lado dela, colocou o caderno na mesa e disse, enquanto olhava ao redor.
— O meu tio pediu para eu lhe tirar algumas dúvidas, caso você tenha alguma.
Tânia percebeu que ele evitava a olhar nos olhos. Parecia que ele tinha medo dela ou que estava com medo dela descobrir algo sobre ele. Como da última vez que ela o viu, ele usava máscara e um chapéu na cabeça, a deixando incapaz de observar o seu rosto.
— Obrigada — Abre o caderno — Eu tenho algumas dúvidas, já que eu não estudei esses dias com muita frequência...— Diz com lentidão.
— Quais são?
Apolo pegou o caderno dela, e lá estava os seus resumos. Ele leu e então disse, enquanto passava as suas anotações para ela.
— Tenho 45 minutos para lhe explicar e tirar as suas dúvidas, então preste atenção.
— Certo!
Apolo explicou e tirou todas as dúvidas que ela tinha e após 45 minutos, ele despediu-se dela e saiu da sala. Depois de uma prova demorada, mas bem sucedida. Tânia saiu da sala e seguiu para o refeitório, onde escolheu o seu lanche e sentou-se numa cadeira que ficava de frente para a janela.
Após uns minutos, um grupo de garotos pararam ao lado da Tânia, eles riam alto enquanto um dos três idiotas começou a falar asneiras para a Tânia, fazendo todos ali presentes rirem sem parar.
— Fiquei sabendo que você estava tentando conquistar um jovem rico hoje — Segura o riso — se que virar puta de luxo, me procura primeiro gata — Olha ao redor — eu vou te dar um trato de qualidade, sua putinha! — Gargalha.
— Só você não cara, tem nós aqui também! — Grita um dos amigos idiotas do Rubelson.
Rubelson já estava se preparando para retrucar, quando o Apolo chegou e perguntou.
— O que querem aqui?
Todos o encaram e aí começou o rebuliço. Ambos estavam tentando tirar o Apolo do sério, mas ele apenas os olhava sério enquanto apertava por diversas vezes o anel que tinha no bolso da sua calça.
— O que você faz aqui rico mimado? Veio ver a putinha? Já comeu ela, ou tá marcando a data ainda?
Apolo sentiu o seu sangue ferver, ele não queria ter aquelas lembranças novamente. Ele suspirou, bateu com força na mesa e perguntou enquanto encarava o Rubelson com sangue no olhar.
— Você que morrer, seu filhinho de papai e puta dos seus amigos?!
— Do que....do que está falando?
Rubelson estava intrigado, ele ficou sem jeito com as palavras do Apolo. Os seus amigos o segurou, enquanto ele tentava partir para cima do Apolo, que apenas o encarava com as mãos no bolso. Após longos segundos, Apolo pegou o lanche da Tânia e pegou na mão dela e saiu dali, deixando todos impressionados com aquela atitude dele.
Apresentação (Personagens)
Rubelson Martins, tem 17 anos e estuda mesma sala da Tânia. Fica com a garota mais popular da escola chamada Kessia, tem vários amigos mimados e filhinhos de papais. Ele é obcecado pela Tânia, só que ninguém sabe disso...
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 62
Comments
Janete Neves
Eles moram em casa separada.
2024-12-13
0
Silvia Moraes
Esses irmãos moram juntos ou em casas separadas?? A menina mora com um deles, não estou entendendo nada!!
2023-11-23
4
Marlene Siqueira
Muito confuso mesmo
2023-11-05
1