Ódio, força, ódio, força...
Os pensamentos de Shun Yue quando estava morrendo, eram de que se houvesse uma próxima vida, ela se alimentaria do ódio no seu coração para ficar forte.
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Na floresta, ao pé de uma pequena montanha, uma garotinha de nove anos estava deitada na grama alta observando o céu, e agradecendo aos deuses.
Ela teve vontade de chorar, mas as suas lágrimas secaram na sua última vida.
Após a sua morte, a sua alma vagou por cem anos, passando por vários mundos e épocas antigas e modernas.
Como uma esponja, ela absorveu diversos ensinamentos teóricos dessas eras.
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"Nunca imaginei que um dia estaria de volta. Dessa vez eu juro lutar por minha terra, meus compatriotas, amigos e principalmente por minha família." Shun Yue fez o seu juramento aos céus.
"Os deuses me deram uma nova chance. Desculpe! Mas dessa vez os deixarei cedo, para me tornar mais forte e poder cumprir a minha promessa." Shun Yue falou e levantou se da grama, batendo as mãos no seu corpo para retirar a poeira, ela desceu a montanha.
"Hoje é o dia em que aquele velho monge virá para a aldeia. Eu preciso chegar até ele, antes que ele entre na aldeia." Shun Yue pensava, enquanto andava.
Os seus pais e tios estavam revirando a terra para o plantio.
Os avós passeavam pela aldeia com as crianças menores.
O seu tio também chegaria hoje do seu treinamento no exército, e a sua esposa e filhos ainda viviam na casa.
Voltar a essa idade realmente pode ajudar-me a mudar muitas coisas.
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Por dentro da floresta, por um caminho onde até os caçadores evitavam passar, Shun Yue andava rapidamente em direção a estrada que dava acesso à vila.
Ela sabia ser um caminho perigoso, ela poderia encontrar feras ferozes, cobras e até saqueadores que se escondiam na mata, para roubar as carruagens que passavam ocasionalmente.
Mas nada disso importava-lhe, a ela que não temia mais a morte, pois já a experimentará uma vez.
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Na estrada
"Mestre! Vamos parar e descansar em algum lugar? Estou com tanta fome!" Um garotinho careca perguntou ao homem que andava ao seu lado.
"Chin Chin quantas vezes devo lembrá-lo que, você deve se concentrar mais nos ensinamentos que lhe é ensinado, e não se deixar cair em tentação por causa do seu corpo carnal." O velho monge disse ao seu aprendiz.
O garotinho careca tinha cerca de sete ou oito anos, ao ouvir as palavras do seu mestre fez beicinho.
O velho monge sorriu e acariciou a cabeça lisa da criança ao ver a sua expressão fofa.
"Tudo bem! Tudo bem! Poderemos comer algo em breve. Daqui a pouco chegaremos ao nosso destino, a aldeia de Chen Dong." O velho monge o consolou.
O garotinho sorriu e continuou a seguir o seu mestre quando parou e gritou. "Ahhhh!"
"Quem é você? De onde você veio?" Chin Chin apontou para a garotinha que saiu correndo da floresta e os interceptou.
"Desculpe aparecer assim de repente, e assustar vocês. Mas tenho algo para falar com o velho monge." Shun Yue descupou-se curvando-se para falar.
Chin Chin olhou para o seu mestre e o viu encarar seriamente a garota parada na frente deles.
O velho monge olhava para Shun Yue e tudo o que conseguia ver era uma alma gentil, porém a sua alma era muito velha e a sua aura era de uma cor vermelho sangue, o que não combinava com a sua leitura.
Os olhos da garota eram de um tom roxo claro e continha uma frieza de gelar os ossos.
"Como posso ajudá-la garotinha?" O velho monge estava curioso sobre Shun Yue.
"Preciso pedir-lhe um favor! Por motivos que não posso esclarecer nesse momento, o senhor quando chegar a aldeia, alguém vai pedir -lhe que leia a minha sorte." Shun Yue falou antes de ser interrompida.
"Sim, a sua sorte é muito boa. A sua alma é gentil." O velho monge disse.
"Peço ao senhor que não diga isso aos moradores. Estou pedindo ao senhor, que diga a eles o contrário disso. Quero que o senhor faça a leitura da minha sorte na frente de todos, e diga-lhes que se não for embora da aldeia, o mais rápido possível, trarei desastres e doenças. Podendo levar toda a aldeia a perdição. Diga a minha família que somente indo embora todos estarão a salvo." Shun Yue se ajoelhou e implorou enquanto falava.
"Não posso mentir! Isso é contra os desígnios dos céus." O velho monge não concordou.
Shun Yue levantou a cabeça e o olhou nos olhos, antes de dizer. "Velho senhor! Os céus me deram uma nova chance e dessa vez tenho que me tornar forte, pois a minha missão é a de salvar a nossa terra daqui há alguns anos. Isso é tudo o que posso dizer."
O velho monge ao olhar nos olhos roxos dela, por um instante teve uma visão. Nela havia, sangue, guerra e cadáveres dilacerados. Os corpos estavam empilhados por toda a parte, até onde os olhos pudessem ver. E um homem segurando uma lança, sorria pisando na pilha de corpos. Foi rápido mas isso o assustou.
Respirando fundo ele disse. "Tudo bem! Farei como me pede, mas o castigo dos céus por essa mentira será assumida por você."
"Obrigada!" Shun Yue agradeceu e fez um juramento aos céus, aceitando o castigo no lugar do velho monge.
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Atualizado até capítulo 88
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