Laura lançou o corpo do valentão para a velha caixa de frutas ao lado do quiosque de comida, destruindo-a por completo. Ao ver seu feito, ela bateu palmas e depois cruzou as mãos em frente ao peito.
— Parece que ainda têm coragem de cobrar aqui, né? — gritou Laura ecoando.
Os outros valentões ajoelharam-se diante de Laura, erguendo os punhos cerrados para cima.
— Ped-perdoe-nos, senhora — disse um dos valentões.
— Senhora! — disse o valentão que Laura tinha lançado.
Dois anos atrás...
Laura recebeu o apelido de senhora por causa do imenso poder que emanava, nome dado por um avô de ascendência árabe que costumava chamá-la assim depois dela derrotar os valentões e seu líder, que somavam mais de uma dúzia, sozinha.
Naquela época, Laura, ainda cursando o terceiro ano do ensino médio, voltou para casa depois da escola em busca de uma ferramenta para seu dever de casa e acidentalmente viu um grupo de crianças de rua sendo espancadas por alguém que se fazia passar por líder dos valentões.
garoto estava sendo agredido porque não tinha dinheiro para entregar. O líder dos valentões, que não aceitava desculpas de nenhum tipo, imediatamente chutou e bateu no garoto.
Laura, que em sua natureza era doce e gentil, odiava ver aquela ação acontecendo bem diante de seus olhos. Sem pensar duas vezes, ela correu e deu um chute lateral no líder dos valentões, fazendo-o cair no chão.
— Maldito! — gritou o líder dos valentões.
Como sempre, não havia traço de medo no rosto de Laura, na verdade, ela olhou diretamente para ele.
— Você ousa, moleque, se opor a mim? — disse novamente o valentão, tentando se levantar.
Em vez de chorar de medo, Laura sorriu. Ela esticou os dedos e o pescoço enquanto soltava sua mochila e a jogava descuidadamente, então adotou uma postura firme.
— Vamos lá, avance, não fale muito.—, desafiou Laura, erguendo as mãos em direção ao peito.
O líder dos valentões, desafiado pela garotinha, sentiu seu orgulho sendo perdido e se lançou sobre Laura. Devido ao líder dos valentões atacar com uma fúria cega, isso deu uma vantagem para ela.
Laura simplesmente se moveu levemente para o lado, fazendo o líder dos valentões cair novamente. Os valentões sob seu comando não aceitaram isso e todos avançaram ao mesmo tempo para atacá-la. No entanto, com movimentos suaves, mas com uma força poderosa em cada soco e chute, Laura os sobrecarregou, fazendo-os receber vários socos e chutes dela, agora os valentões estavam sofrendo.
Laura endireitou seu corpo e se virou justamente quando o líder dos valentões deu um soco. Mas mais uma vez, Laura segurou facilmente sua mão, torceu o braço do líder dos valentões e o jogou com força no chão.
— E agora? Ainda têm a coragem de causar problemas nesta área? — perguntou Laura, o líder dos valentões agora de joelhos seguido pelos outros.
— Responda! — gritou Laura.
— N-Não, senhorita.— respondeu o líder dos valentões.
— Vou voltar aqui com frequência e vou cuidar pessoalmente das crianças. Se eu ouvir isso acontecer novamente, vocês conhecerão as consequências. — ameaçou.
— Não vai acontecer de novo, senhorita. Nós prometemos. — respondeu o líder.
Laura suspirou aliviada. Então, pediu a todos que se levantassem e Laura se curvou.
— Desculpem, desculpem por machucá-los. Não foi minha intenção, sinto muito. Mas imaginem se fosse seu filho, irmão ou algum membro de sua família, como vocês se sentiriam? Vocês teriam certeza de que ficariam calados ao ver alguém que amam sendo maltratado? Vocês teriam certeza de que ficariam felizes e comemorariam se alguém que amam fosse atacado? — perguntou Laura, despertando a consciência dos valentões.
Para recompensar sua submissão humilhante, eles apoiaram as palavras de Laura. Se alguém tratasse um membro de sua própria família dessa maneira, certamente eles explodiriam.
— Você está certa, por favor, nos perdoe! — disse o líder dos valentões ao garoto que ele tinha acabado de bater.
A criança maltratada assentiu segurando seu corpo ferido.
— Eu não esperava ser derrotado por uma moleca como você. Mas obrigado por abrir meus olhos. Me chame de Rambo. Se precisar da nossa ajuda, é só nos chamar. Não hesite em fazer isso. — disse o líder dos valentões.
Laura mostrou um sorriso que deixou todos atônitos.
— Está bem, não hesitarei em pedir ajuda ao tio Rambo no futuro. — disse.
— Ótimo, então levaremos essa criança para a clínica mais próxima. — disse o tio Rambo, pegando o garoto que ele maltratou nos braços. Os capangas de Rambo também levaram as outras crianças.
E naquele exato momento, um homem idoso com turbante apareceu. Parecia ser de ascendência árabe e se aproximou dela, inclinando ligeiramente a cabeça. Então, ele a chamou de Senhora, a Deusa da Guerra. Portanto, agora aquela área estava sob o domínio de Laura, que pediu a Lore, oito anos mais velha que ela, para ensinar as crianças de rua.
Voltando ao presente...
— Senhora! — disse o valentão que Laura acabara de derrubar.
— O que foi? Ainda quer brigar comigo? — perguntou, ao que o valentão negou com a cabeça. —Vá embora antes que eu chame o tio Rambo. — disse novamente.
Os outros valentões se aproximaram imediatamente e ajudaram o novo valentão a se levantar, apoiando-o enquanto ele saía do local.
— Senhorita Laura, aqui está seu pedido.— disse a Senhora Lorena, tirando-a de seus pensamentos.
— Oh, sim... Quanto é o total, senhora Lore?— perguntou Laura.
— Vinte dólares, senhorita.— respondeu a senhora Lore.
Laura entregou o dinheiro, ao que Lore aceitou com alegria.
— Muito obrigada! — disse ela.
— Não, sou eu que agradeço, senhora Lore. Bom, me despeço. Que Deus te abençoe! — disse Laura.
— Que Deus te abençoe! — respondeu Lore.
A mulher permaneceu em pé, observando Laura até que ela desapareceu de sua vista.
— Não consigo acreditar que uma jovem como ela tenha uma força tão incrível. Talvez seja mais forte do que cinco adultos juntos.— disse um dos clientes da senhora Lore.
— Como Sansão, não acha?
— Sim... Se a senhorita Laura quisesse, eu a casaria com meu filho.
— Não sonhe acordado, senhor. Tenho certeza de que o destino dela é alguém especial, alguém extraordinário. Porque a senhorita Laura não é apenas bonita por fora, mas também em seu coração.
— Amém, que Deus o ouça, meu amigo. — disse a senhora Lore sorrindo.
Depois de se despedir, Laura seguiu para encontrar as crianças de rua.
— Que a paz esteja com vocês! — saudou Laura.
Ela estava organizando os livros de leitura e cadernos que as crianças de rua usariam mais tarde.
— Que a paz esteja contigo! Meu Deus, Lau, onde você esteve por quase duas semanas? As crianças têm procurado você todos os dias.— respondeu Ivan, que estava cuidando das crianças naquele momento.
— Lamento muito, senhor Ivan! Estive procurando emprego e finalmente consegui encontrá-lo. Então vim com isso para almoçarmos juntos.— respondeu Laura com um sorriso radiante, enquanto Ivan apenas suspirava suavemente.
— Por que você procura trabalho quando já tem muito dinheiro? — disse Ivan.
— Não diga isso, senhor Ivan! Mamãe não pode saber! Se eu não trabalhar, certamente ela pensará coisas ruins sobre mim. Como poderia ter dinheiro todo mês sem trabalhar? — respondeu Laura rindo de seu próprio comentário.
— Sim, sim, você é a mais obediente. Que Deus sempre a proteja e lhe dê saúde, Laura! É hora de você se fazer feliz— disse Ivan.
— Isso é fácil, tio. A felicidade da Lau é a felicidade das pessoas próximas a ela.— respondeu Laura.
— E onde está a senhora Maria? — perguntou Laura mudando de assunto, referindo-se à mulher com quem Ivan havia se casado apenas três meses antes.
— Minha esposa está acompanhando minha mãe à clínica para um check-up de rotina.— respondeu Ivan.
— Sua mãe está bem, não é, tio? Se precisar de algo, não hesite em me pedir. — disse Laura.
— Graças a Deus, agora minha mãe está melhor do que antes! Tudo graças à sua ajuda, Lau, não sei o que teria acontecido com a minha mãe se não tivesse te conhecido. — respondeu Ivan.
— Todo apoio vem de Deus, senhor Ivan. Eu sou apenas a intermediária.— disse Laura.
'Oh, meu Deus! Estou realmente grato pela presença dessa garota que considero minha irmã. Concede-lhe felicidade nesta vida e na outra. Amém', pensou Ivan.
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Atualizado até capítulo 20
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