Pedro acenou negando e disse:
-" Não precisa se preocupar, vou dar um jeito nisso eu mesmo, agora pode ir."
Sem nem pensar duas vezes ela se retirou da sala e respirou aliviada. Restando somente ele e Helena na sala dele, Pedro perguntou indiferente para a mulher:
-" O que você veio fazer aqui? Arrumar confusão?" Ela negou e disse:
-" Eu vim pedir o que eu tenho direito, como você sabe estou em liberdade condicional e preciso me estabilizar, eu gostaria que você me desse um pouco de..." Pedro riu de forma intimidadora e completou a frase da mulher a sua frente:
-" Você veio atrás de dinheiro, acertei?" Ela deu um sorriso amarelo e balançou a cabeça confirmando, antes de dizer:
-" Eu preciso me estabilizar e ninguém vai dar um emprego para uma ex presidiária, eu sei que você pode me ajudar, é só até que eu possa me estabilizar. Esse dinheiro que estou pedindo não vai mudar em nada na vida se vocês. Queria uma pensão, sei que você tem condições de fazer isso."
Rindo ainda mais com o pedido dela, Pedro bateu palmas parabenizando pela coragem e cara de pau, antes de falar:
-" Você é realmente inexplicável, não sei o que passou pela sua cabeça quando pensou em me pedir dinheiro, mas vindo de você, não é nada de se estranhar. Agora me diz, o que te fez pensar que eu lhe daria algum centavo?"
Sem medo algum, ela respondeu:
-" Porque você é podre de rico e não quer que eu fique incomodando sua amada esposa."
Pedro comprimiu os lábios e fechou as mãos em punho, ela estava certa, ele não queria que aquela mulher desse dor de cabeça a Bianca. Porém ele não daria nenhum centavo para Helena e nem deixaria ela se aproximar de Bianca. Pensando nisso, ele respondeu:
-" Eu tenho pena de você por ser uma escória nessa mundo, e de mim você não terá nada, se caso você volte a se aproximar de Bianca ou dos irmãos dela, faço com que você volte para a prisão, mais rápido do que você saiu."
O rosto dela se contorceu de raiva e frustração. Sem querer prolongar a conversa, ele falou indiferente:
-" Agora se retire e não volte mais a pisar nessa empresa, você não gostaria de ter o desprazer de me encontrar novamente." Batendo o pé com raiva, Helena falou, alterada:
-" Como você pode me tratar assim, sou sua sogra, graças a mim Bianca existe e você pode a conhecer, o mínimo que você poderia fazer, tendo tanto dinheiro, era ajudar sua sogra em um momento complicado como esse."
Rindo ainda mais e sentindo um ódio crescer dentro dele, toda vez que ele olhava para ela, lembrava das vezes que escutou a história de Bianca, a vida que ela foi levada a ter para dar conta de sustentar os irmãos, casa entre outras coisas. Lembrava também de como ela jogou a filha de 15 anos para o mundo sem se importa do que iria acontecer com a filha.
Bianca era diferente da mãe, apesar de ter o mesmo sangue,não era uma encostada, aproveitadora que preferia depender dos outros ao invés de se virar sozinha. Apesar do passado, a esposa era forte, guerreira e protetora, diferente dessa mulher a sua frente.
Tudo que a esposa passou era culpa daquela senhora desnaturada que nem era digna de ser chamada de mãe. Vendo o rosto espantando de Helena, Pedro que estava com a mandíbula serrada, para conter a raiva, disse de forma fria e intimidadora:
-" Como você tem coragem de dizer isso, você jogou sua filha no mundo, não pensou nas consequências, deixou um homem abusar da sua outra filha e ainda o defendeu, mulheres como você nem deveriam existir e muito menos estar aqui na minha sala, pedindo dinheiro, como se estivesse em condição de exigir algo."
Carrancuda, Helena abriu a boca para retrucar, mais foi impedida por Pedro, quando ele gritou e bateu a mão com força na mesa, liberando toda raiva:
-" SAIA, AGORA."
Helena deu um passo para trás e sentiu medo do homem a sua frente. Pensando no problema que ela se matéria, se continuasse na frente dele, ela saiu da sala batendo os pés, frustada.
Quando ela passou pelo corredor e ficou a frente do elevador, bufando e resmungando de raiva do genro, a mesma mulher que se apresentou como Cristina apareceu. Educadamente, a mulher perguntou:
-" Como foi a conversa com seu genro, vejo que não foi das melhores,pelo seu semblante e pelo que pude escutar a senhora resmungando" Sem pensar muito,Helena respondeu:
-" Aquele filho de uma mãe, não pedi o mínimo e mesmo assim ele me tratou como uma qualquer, eu sou mãe da mulher dele, uma mixaria de dinheiro não iria fazer cócega na conta bancaria dele."
Levantando uma das sobrancelhas em agrado do que escutou, Cristina comentou:
-" Imagino que a senhora esteja precisada."
A olhou de cima a baixo e viu o quão cansada e desgastada estava as roupas e aparência da mulher. Em um tom amigável, ela questionou:
-" Mas por que você não fala com sua filha, ao invés de falar com o senhor Mancini?" Olhando para os próprios pés, pensando em uma boa resposta que ela não parecesse uma pessoa ruim, ela respondeu:
-" Aconteceu algumas coisas no passado, a muito tempo que acabou fazendo minha filha guarda ressentimentos de mim, mas é bobagem." Ficando curiosa, Cristina decidiu chamar ela para ir a outro lugar, conversar melhor:
-" Nossa, essas coisas de família são complicado, mas o que a senhora acha de irmos comer algo ou tomar um café, eu pago, quem sabe eu não possa ajudar. Como amiga da Bia, eu talvez possa ajudar, não?"
Helena deu uma boa olhada na mulher elegante a sua frente e pensou que a filha era uma sortuda de estar rodeada de pessoas ricas e poderosas. Sem rodeios, ela respondeu, sorridente:
-" Eu adoraria, você não sabe o quanto isso seria importante para mim." Cristina assentiu e falou sem jeito:
-" Se a senhora não se importa, poderia me esperar lá em baixo, vou resolver algo rapidinho aqui e já entro a senhora lá em baixo."
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Atualizado até capítulo 60
Comments
Fatima Gonçalves
que falsa que cobra
2024-09-18
0
Graciete Barbosa Silva
duas cobrasse quando se encontram se dão bem
2024-09-03
0
Loídes Licá
cobra nojenta
2024-08-19
0