Capítulo 10

Concordando, Helena falou:

-"Não vejo problema, até daqui a pouco."

Helena entrou no elevador e acenou para Cristina que mantinha um sorriso no rosto, parecendo amigável. Quando as portas do elevador se fecharam, ela desfez o sorriso e pensou que teria que manter a farsa de amiga, para que aquela senhora lhe ajudasse, se é que ela poderia lhe ajudar.

...

Na sala de Pedro, ele tinha acabado de chamar a sua secretária, pois queria saber quem deixou aquela mulher subir. Nervosa e coma voz trêmula, ela respondeu:

-"Não sei como ela conseguiu entrar, mas vou procurar saber agora mesmo e já volto para lhe informa, senhor Mancini." Pedro respondeu:

-" Faça isso agora mesmo, quero essa informação para ontem."

A secretária assentiu e saiu apressada da sala, com o coração na mão de tanto nervosismo, pensando no porque não providenciou essa informação antes. Assim ela saiu de sua mesa e foi pessoalmente para a recepção conversar com suas amigas que trabalhavam naquela função.

...

Olhando a vista da sua janela e pensando em sua esposa, Pedro se estava sério, mas quem o visse, não perceberia que algo aconteceu a alguns minutos para lhe estressar. A vontade dele era mandar aquela mulher para a lua e assim saber que a esposa não se aborrecer com uma nova aparição de Helena.

Quando alguém bateu na porta, ele nem se virou para ver de quem se tratava. Em um tom indiferente, ele comentou, achando que era sua secretária:

-" Senhorita Renata, você já conseguiu a informação que eu lhe pedi, estou surpreso com sua agilidade."

Em seguida, quando finalmente se virou para olhar a secretária, o rosto dele, que estava apático, se tornou nebuloso. Franzino o cenho em descontentamento, Pedro perguntou impaciente:

-" O que você quer aqui? Já não falei que não quero te ver e era para ir embora?"

Ele imaginou que a secretária dele havia saído para conseguir as informações solicitadas por ele e Cristina aproveitou para entrar, essa era a explicação mais plausível. Cristina se aproximou e se sentou na cadeira à frente da mesa de Pedro. Brincando com algumas canetas, ela respondeu:

-" Eu sou mãe do seu filho, não sei o porque você está nervoso, mas não tem o porquê estar descontando em mim"

Ele se sentiu divertido só de olhar para a cara daquela mulher sínica sentada à sua frente. Já no ápice da sua raiva, ele respondeu:

-" Você nem deveria ser chamada de mãe também, agora suma da minha frente que já tive raiva demais por hoje."

Fazendo um semblante injustiçado, ela falou:

-" Eu sei que ando ausente, mas eu mudei de celular e acabei perdendo todos os meus contatos, por isso não entrei em contato com vocês esse tempo todo. Pedro, agora vou me redimir, não me afaste desse jeito." Dando de ombro, comentou:

-" Vou acionar a justiça e te processar por abandono afetivo, assim você toma jeito." Bufando ela respondeu:

-" Também não é para tanto, mas mudando de assunto, mês que vem é aniversário do nosso menino, o que vamos fazer." Balançando a cabeça em negação, ele respondeu:

-" Nós? não sei, mas eu e Samantha já sabemos o que ele quer, se você fosse uma boa mãe, também saberia." Revirando os olhos ela disse:

-" Não gosto que você fale assim de mim, mas não importa, mais tarde vou buscar ele na sua casa para que ele possa passar o final de semana lá em casa comigo." Pedro então respondeu:

-" Se ele quiser, mas saiba que se você fizer ele ficar mal de novo, vou fazer o possível para que você nunca mais entre em contato com ele, ele é só uma criança." Não dando ouvidos, Cristina falou:

-" Tá, tá, tá, já entendi, não precisa ficar repetindo varias vezes, eu já te expliquei o que aconteceu."

Depois de falar isso, ficou encarando Pedro como se fosse devorar ele. Fechando mais ainda o semblante, Pedro disse:

-" Esse é o número de Gael, ligue para ele e tente falar com ele, se ele quiser aproximar de você tudo bem, mas você terá que acompanhar ele na psicóloga na terça, isso é importante. Agora se retire da minha sala."

Olhando para o número de telefone que Pedro tinha acabado de lhe entregar, ela respondeu:

-" Certo, senhor grosseiro, mais tarde passo na sua casa."

Sério e em um tom imponente, ele disse:

-" Não, eu mando ele para sua casa, caso ele queira ir, você não é bem vinda da minha casa e de Bianca." Bufando de raiva, ela tentou falar:

-" Mas isso não é..." Sem se importar de estar sendo rude, ele ordenou:

-" Sem mais, agora se retire ou eu chamo os seguranças para te retirar."

Cristina bateu as duas mãos sobre a mesa e encarou o homem frio e indiferente à sua frente. Pedro falou:

-" Se não fosse por Gael, você nem estaria mais aqui ou podendo se aproximar, agora aproveita a chance que tem e cai embora, antes que eu me estresse."

Ele pegou o telefone da sua mesa e iria fazer uma ligação, quando Cristina o interrompeu ansiosa:

-" Não precisa, eu já estou indo, de qualquer forma eu tenho que sair com uma amiga agora. Bom, já vou indo, até outro dia."

Ela se retirou e Pedro voltou a se sentar em sua cadeira. Parecia que aquelas duas pessoas não bem vindas, tinham decidido aparecer no mesmo dia para tirar a pouca paciência que ele mal tinha. Olhando para o porta retrato com uma foto de sua família, ele se sentiu melhor, Gael, Mariana e Bianca eram seus alicerces e ponto de paz.

Como esperado, a secretaria dele apareceu e batendo na porta e pedindo permissão para entrar, Pedro fez um sinal para que ela entrasse. Sem enrolação, ele perguntou:

-" O que você descobriu, senhorita Renata?" Ela respondeu:

-" As funcionárias da recepção disseram que ela estava tendo um ataque de nervos com as elas, dizendo que era sogra do senhor e queria subir e elas não deixaram sem horário marcado ou aviso prévio do senhor. Porém dona Cristina disse para deixar ela subir, pois estavam juntas e as meninas não a questionaram."

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***