Capítulo 6

Os dois saborearam as guloseimas que haviam na cesta, enquanto admiravam a bela vista da cidade sendo vista de tão alto.

Suzana não se sentia tão bem assim desde quando vivia bons momentos ao lado de seu ex marido.

Maxiwel não parava de sorrir, pois seu coração batia num ritmo frenético. Ele queria dar o primeiro passo, mas tinha medo de que isso afetasse esse vínculo que ele começou a ter com ela.

De repente, o celular dele toca, indicando que havia uma mensagem de sua irmã sobre a proposta de emprego para Suzana:

"Cecília: boa tarde irmãozinho. Me desculpe por demorar a te responder, mas eu cheguei muito cansada do trabalho ontem. Me apresente sua nova amiga e então conversaremos sobre ela cuidar do Nicolas- 15h."

"Maxiwel: tá bom maninha, obrigado. Irei falar com ela. Qual dia você pode?- 15h."

"Cecília: amanhã eu não trabalho pela manhã. Então, que tal às 9h na minha casa? pelo menos ela conhecerá meu filho e veremos se isso dará certo- 15h01."

"Maxiwel: tá bem, marcado então- 15h01."

Ele se vira para Suzana e diz:

— consegui uma proposta de emprego para você com minha irmã e ela pediu para que você esteja na casa dela amanhã às 9hs para verem se isso dará certo.

— que ótimo!- ela exclama animada- muito obrigada por fazer isso por mim- ela lhe dá um abraço- ah! desculpe- ela tenta soltá-lo, mas ele retribui.

— eu disse que te ajudaria e se você não conseguir esse emprego, eu busco outro para você- ele a solta e coloca uma mecha de cabelo atrás da orelha dela- fique tranquila que tudo dará certo.

— tá bem- sua respiração estava meio ofegante e ela sentia seu coração batendo acelerado.

Maxiwel a observa de um modo diferente e ela apenas sorrir. Então, ele resolve arriscar, segurando no queixo dela a puxando para um beijo leve. Os olhos dela automaticamente se fecharam e ela se viu retribuindo no mesmo ritmo.

Quando ele soltou seus lábios, ela estava com seu rosto rosado- o que o fez sorrir mais e novamente lhe dar um beijo, dessa vez com mais intensidade.

Sua língua passeava pela boca dela e ela se sentia nas nuvens- algo que era estranho para Suzana sentir com alguma pessoa além de Leandro, mas ela se sentia tão carente e vulnerável naquele momento que deixou esses sentimentos lhe invadirem, sem ao menos protestar.

Por estarem sozinhos naquele lugar e sentados por cima de uma toalha de mesa, Maxiwel a deitou gentilmente e continuou a beijando, sendo retribuído da mesma forma.

Ela não estava conseguindo pensar em nada naquele momento- sua mente estava em branco- e ele se sentia da mesma forma.

Mas eles não avançaram para algo mais profundo porque ele não queria que isso acontecesse em público. Maxiwel sabia que ela estava carente, mas ele também se sentia assim e seu coração batia forte por ela, do qual ele não conseguiu evitar dar um beijo.

E então ele parou o beijo, fazendo carinho no rosto dela e sorrindo. Eles não sabiam o que dizer um ao outro e por isso, apenas juntaram as coisas e desceram a escada para retornarem para o carro.

— nós podemos assistir um filme se você quiser- ele dizia enquanto segurava na porta do carro.

— pode ser, mas 19hs eu terei que ir embora porque minha filha chegará hoje.

— tudo bem, podemos ir ao cinema assistir algo ou ir para sua casa.

— na minha casa parece bom- responde ela timidamente- porque pelo menos não precisarei sair antes da seção de algum filme para buscá-la.

— tudo bem, então vamos passar no supermercado primeiro.

— mas não tem lanches nessa cesta?- ela pergunta confusa.

— sim, mas irei levar para minha mãe comer.

— que lindo gesto- ela sorrir novamente- então vamos ao supermercado.

Ele destrava a porta do carro e abre para a mesma passar. Depois, ele vai para o outro lado e abre para ele entrar no veículo, dando partida após poucos segundos.

Maxiwel dirige até chegarem num supermercado chamado: Supermarket Valença. Ele estaciona no local e os dois entram no mercado para comprarem as coisas para o cinema em casa.

Maxiwel pega um carrinho e instrui Suzana de tudo que eles irão precisar:

— iremos precisar de milho para pipoca; refrigerante ou suco, caso você prefira, salgadinhos, bolo, material para hambúrguer e batatas pré cozidas. Você tem Air flyer em casa?

— não, ficou na minha antiga casa. Nós saímos apenas com as roupas do corpo.

— nossa!- responde ele triste- vamos fazer na minha casa então, se você não ver nenhum problema nisso.

— está tudo bem, podemos deixar para outro dia.

— não precisa se sentir envergonhada pelo que aconteceu. Nós somos adultos e não tem o que temer. Eu sei que para você foi algo sem compromisso e entendo perfeitamente- ele segura na mão dela- fique tranquila.

— tudo bem, então pode ser na sua casa.

Eles pegaram todos os itens e depois de dirigiram ao caixa.

...****************...

— bem vinda a minha casa- ele abre o portão de sua residência- vem, vamos para o elevador. Eu moro no 3° andar.

— tá bem, obrigada- ele pega as sacolas da mão dela- deixa que eu levo algumas.

— nada disso, eu sou o cavaleiro aqui- ela sorrir e eles seguem para o elevador- só mais alguns segundos e chegaremos.

— tá bem- ele aperta o botão 3 e logo chegaram no andar certo- nossa! aqui é muito bonito.

— obrigado, eu moro aqui já faz um bom tempo. A segurança é muito boa e temos gás encanado. Só um momento e- ele abre a porta de seu apartamento- chegamos.

Seu AP não é grande, porém aconchegante, com um quarto pequeno, cozinha acoplada com a sala, uma área de serviço no canto e claro, o banheiro. É todo pintado de um tom claro.

— sua casa é muito bonita.

— obrigado. Venha, vou começar a fazer as batatas enquanto você escolhe um filme para assistirmos na Netflix.

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