capítulo 14

-Não tem nada a ver com ele - respondo brava e viro meu rosto para o lado.

-Estava falando com quem no telefone ? - ele pega o celular e começa a mexer.

-Meu pai - evito qualquer troca de olhares.

-Eu tenho dezoito anos - continua mexendo no celular.

-Nossa uau.

-Eu não nasci ontem - olha diretamente para mim.

Os pais de Arthur entram no carro e ficamos em silêncio o caminho todo até a nossa casa.

-Chegamos filho - o pai de Arthur fala.

-Obrigado pai eu vou subir e descansar - Arthur fala saindo do carro.

-Obrigada pela carona - falo saindo do carro.

-De nada, minha querida - Alessandra fala se despedindo.

Estamos os dois sozinhos na calçada Arthur estava com a cabeça com algumas faixas e eu querendo apenas fugir de tudo isso.

-Vamos para dentro - ele fala apontando para o portão.

-Pode ir entrando daqui a pouco eu vou - me sento na calçada colocando minhas mãos sobre o rosto.

-O que houve? - ele pergunta se sentando ao meu lado - ai - ele reclama colocando a mão na cabeça.

-Toma cuidado, você precisa descansar - olho para ele.

-Estou bem - tirando a mão da cabeça.

Apenas ficamos nos olhando por um tempo calados até que um carro passa e Arthur fala algo estranho.

-Quando eu era criança lambia carros - ele olha para o céu.

-É sério ? - pergunto rindo.

-Sim era praticamente um hobby, sempre que via algum carro diferente na rua eu lambia - ele me olha rindo.

-Quando eu era criança eu colecionava pedras mas nunca passei a língua nelas - começamos a rir juntos e um som alto de trovão me assusta.

-Sabe eu estava brincando nunca lambi um carro era só pra tentar animar você - ele fala olhando para a árvore do outro lado da rua.

-Eu sabia - me levanto e começo a andar.

-Onde você vai - ele pergunta se levantando também.

-Andar por aí sem rumo.

-Vamos - ele vem até o meu lado e começamos a andar.

As calçadas tinham grandes árvores e estava tão escuro que deixava o ar um pouco sombrio,passamos por um poste que a luz estava piscando e quando chegamos perto a luz apagou.

-Você desligou o poste - Arthur fala tentando cortar o clima meio assustador.

-Não,deve ter quebrado igual sua cabeça - começo a rir alto e quando olho para Arthur ele estava sério olhando para mim.

-Não vi nenhuma graça - ele fala olhando para o céu.

-Você gosta do céu? - pergunto pois ele olhava para o céu toda hora.

-Gosto de tempo de chuva.

-E vai chover? - olho para o céu também.

-Concerteza daqui alguns minutos.

-Como você sabe ? - pergunto curiosa.

-Não tem nenhuma estrela no céu nem mesmo a lua - ele aponta para cima.

-Não tinha reparado.

-E tem também o trovão que assustou você.

Chegamos em um parquinho de crianças e nós sentamos em um banco fico olhando as gangorras lembrando da minha infância quando minha mãe me levava a um parquinho que tinha perto de casa e brincávamos nas gangorras por mais que eu nunca havia conseguido descer minha mãe eu achava divertido.

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!