-Não tem nada a ver com ele - respondo brava e viro meu rosto para o lado.
-Estava falando com quem no telefone ? - ele pega o celular e começa a mexer.
-Meu pai - evito qualquer troca de olhares.
-Eu tenho dezoito anos - continua mexendo no celular.
-Nossa uau.
-Eu não nasci ontem - olha diretamente para mim.
Os pais de Arthur entram no carro e ficamos em silêncio o caminho todo até a nossa casa.
-Chegamos filho - o pai de Arthur fala.
-Obrigado pai eu vou subir e descansar - Arthur fala saindo do carro.
-Obrigada pela carona - falo saindo do carro.
-De nada, minha querida - Alessandra fala se despedindo.
Estamos os dois sozinhos na calçada Arthur estava com a cabeça com algumas faixas e eu querendo apenas fugir de tudo isso.
-Vamos para dentro - ele fala apontando para o portão.
-Pode ir entrando daqui a pouco eu vou - me sento na calçada colocando minhas mãos sobre o rosto.
-O que houve? - ele pergunta se sentando ao meu lado - ai - ele reclama colocando a mão na cabeça.
-Toma cuidado, você precisa descansar - olho para ele.
-Estou bem - tirando a mão da cabeça.
Apenas ficamos nos olhando por um tempo calados até que um carro passa e Arthur fala algo estranho.
-Quando eu era criança lambia carros - ele olha para o céu.
-É sério ? - pergunto rindo.
-Sim era praticamente um hobby, sempre que via algum carro diferente na rua eu lambia - ele me olha rindo.
-Quando eu era criança eu colecionava pedras mas nunca passei a língua nelas - começamos a rir juntos e um som alto de trovão me assusta.
-Sabe eu estava brincando nunca lambi um carro era só pra tentar animar você - ele fala olhando para a árvore do outro lado da rua.
-Eu sabia - me levanto e começo a andar.
-Onde você vai - ele pergunta se levantando também.
-Andar por aí sem rumo.
-Vamos - ele vem até o meu lado e começamos a andar.
As calçadas tinham grandes árvores e estava tão escuro que deixava o ar um pouco sombrio,passamos por um poste que a luz estava piscando e quando chegamos perto a luz apagou.
-Você desligou o poste - Arthur fala tentando cortar o clima meio assustador.
-Não,deve ter quebrado igual sua cabeça - começo a rir alto e quando olho para Arthur ele estava sério olhando para mim.
-Não vi nenhuma graça - ele fala olhando para o céu.
-Você gosta do céu? - pergunto pois ele olhava para o céu toda hora.
-Gosto de tempo de chuva.
-E vai chover? - olho para o céu também.
-Concerteza daqui alguns minutos.
-Como você sabe ? - pergunto curiosa.
-Não tem nenhuma estrela no céu nem mesmo a lua - ele aponta para cima.
-Não tinha reparado.
-E tem também o trovão que assustou você.
Chegamos em um parquinho de crianças e nós sentamos em um banco fico olhando as gangorras lembrando da minha infância quando minha mãe me levava a um parquinho que tinha perto de casa e brincávamos nas gangorras por mais que eu nunca havia conseguido descer minha mãe eu achava divertido.
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Atualizado até capítulo 15
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