capítulo 13

Olho para Arthur envergonhada e com medo dele contar a verdade.

-Você vai me entregar? - pergunto ansiosa.

-Não ,eu preciso de você.

-Sério - pergunto feliz pois parecia estar tudo certo.

-Para receber minha herança só - ele fala virando o rosto.

-Então está tudo certo? - pergunto morrendo de medo.

-Sim , agora chama meus pais que cansei de ver a sua cara - ele fala apontando para a porta.

-Não precisa me tratar assim - grito e percebo que foi alto demais.

Os pais dele abriram a porta rapidamente preocupados e vejo que exagerei.

-O que está acontecendo? - o pai de Arthur perguntou sem entender o motivo do grito.

-Eu acho que a Cassandra precisa de um calmante - Arthur fala tentando disfarçar.

-Vem minha querida - Alessandra me puxa pelo braço para fora do quarto.

-Vocês estavam brigando? - ela pergunta me fazendo sentar em uma cadeira que estava no corredor.

-Ele me fez ficar com raiva - falo com medo dela perguntar o motivo da raiva.

-Olha é o primeiro dia que vocês estão juntos vai passar - ela fala indo para o quarto que Arthur estava.

-Acho que nunca vai passar - falo colocando minhas mãos sobre o rosto.

-Como está senhorita Milles? - um médico pergunta se sentando na cadeira ao meu lado.

-Milles ? -pergunto sem entender.

-Sobrenome do seu marido.

-Eu não sou casada.

-Mas logo será - ele fala se levantando e indo embora.

-Taylor eu preciso falar com ele - pego o telefone em meu bolso e procuro pelo número de Taylor.

O celular dele apenas caía na caixa postal e o meu medo só aumentava se Arthur decidisse mudar de ideia e contar para os pais dele o que fiz.

-Alô - uma voz feminina atende o celular.

-Taylor ? - pergunto confusa.

-Está deitado na minha cama - ela fala em um tom debochado.

-Quem é? - aperto o celular em minha mão.

-Namorada dele - ficamos em silêncio por alguns minutos e ela desliga a chamada.

Namorada? Ele nunca havia me dito nada sobre ela, só pode ser mentira algumas horas atrás ele estava pedindo para fugirmos,não pode ser.

-Levanta vamos para casa - Arthur fala ao sair do quarto.

-Tão rápido.

-O bandido era incompetente - ele fala me puxando da cadeira.

-Próxima vez uso uma pá - falo empurrando seu braço.

Vou andando rapidamente em direção a saída do hospital sem olhar para trás.

-O que houve? - Arthur pergunta segurando em meu braço para que parasse.

-Quero ir embora - nesse momento as lágrimas começaram a descer e eu não sabia como parar.

-Precisamos esperar meus pais - ele fala me soltando.

-Eu preciso sair daqui.

-Vem comigo - ele segura em meu braço e saímos do hospital - Fica tranquila eu não vou entregar você - ele fala abrindo a porta do carro.

-Pode entregar eu não ligo - entro no carro secando as lágrimas.

-Aconteceu alguma coisa? - ele pergunta entrando no banco de trás ao meu lado.

-Sim eu sou o ser humano mais burro desse mundo - apoio minha cabeça sobre o vidro.

-Não sei, mas sinto que tem algo a ver com seu amigo - ele fala olhando para o lado.

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