No apartamento de Sara Lins, o ator Erick Fernandes vestia-se para sair. Precisava ir à agência do Diretor Soares para saber como foram as coisas com Alana Cariús.
Considerou que talvez o diretor tivesse sucesso em dar um jeito nela e fazê-la desistir dessa coisa de ser atriz.
— Não queria que fosse embora, Erick — disse Sara virando-se na cama para fitá-lo — Fique um pouco mais comigo.
— Não posso, preciso, saber o que está acontecendo.
Ela se levanta e senta na cama. Está usando uma camisola branca de seda.
— Alana acredita que seu papel na série será importante, mas a pobre coitada não sabe que só haverá uma vaga de figurante para ela. A menina é mesmo estupidamente inocente. Na verdade ela nem deveria estar viva.
— Fiz o que fiz para tirá-la do seu caminho, Sara. Quero que você seja a estrela principal. Daremos outro jeito nela, eu prometo.
— Você não acha que ela pode acabar seduzindo o diretor Soares e colocá-lo contra nós?
— Não é o estilo de Alana. Se bem que ela está diferente agora, mais ousada. Não se preocupe com isso. Concentre-se em estudar o roteiro.
Sara segurou na mão de Erick.
— Como está se sentindo com isso? Você quer mesmo vê-la sofrer? Quando ela souber da verdade, não irá perdoá-lo.
— Você é aquela que amo, Sara — disse ele fazendo um carinho no rosto dela — além disso, ela já estava desconfiada de nós antes mesmo de acontecer o incidente no estúdio. Não preciso do perdão de Alana, apenas que desapareça de nossas vidas.
— Você está falando do dia em que ela flagrou nos beijando?
— Isso!
— O que vai acontecer depois, digo, quando ela descobrir tentou tirar a vida dela?
Erick pensou por um instante antes de responder.
— Não vai acontecer nada — ele respondeu, finalmente — Me livro dela, você assina o contrato, fica famosa e seremos felizes e muito ricos.
Sara Lins sorriu maliciosamente. Gostava de ver o quanto seu amante era determinado em estar com ela.
— Você é um homem sem coração, Erick Fernandes! Acho que só eu posso suportar o que você faz.
— Sabe que faço isso por você, meu amor — ele a toma nos braços — Só apresentei Alana ao diretor Soares porque ele precisava de uma atriz amadora para a figuração. Ele queria alguém de confiança, que eu conhecesse. Em troca, prometeu me deixar escolher a atriz do papel principal. Foi assim que consegui a personagem pra você.
Sara Lins sentiu-se lisonjeada pelo gesto amoroso de Erick, porém, estranhamente diabólica. Além de dormir com o namorado de Alana Cariús e tramar a morte da garota, ainda fazia com que a rival se esforçasse o máximo em sua atuação para um papel que não poderia ter, sem saber que ela, Sara, é quem estava escalada.
Tratou de expulsar essa sensação estranha. Acreditava que o mundo era dos espertos, e pessoas como Alana Cariús infelizmente estavam na parte de baixo dessa pirâmide.
Pensou em pegar seu celular e mandar uma mensagem para Alana, atormentando-a por sua infeliz situação. Mas, desistiu da ideia. Isso seria jogar baixo demais.
Erick pegou o blaser em cima do sofá e o vestiu.
— O diretor Soares me mandou uma mensagem dizendo que Alana perguntou por mim. Acho que quer me ver. Ela se recusa a aceitar o fato que me deve um favor, já que fui eu quem a indicou ao diretor.
— Ela e uma teimosa sem noção! — disse Sara claramente irritada — Devia abandonar essa ideia de ser atriz, não tem a menor chance. Será que nunca vamos conseguir tirar essa mulher do nosso caminho?
— Não precisa ficar brava. Ela nem vai estar lá, eu acho. Maurício me disse que ia criar dificuldades até que ela desistisse do papel. Espere por mim, anjo — disse Erick abrindo a porta. — Volto logo para você!
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Atualizado até capítulo 11
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