Eu não posso.

Brian não parava de pensar na mulher que viu mais cedo. Ele estava em sua sala tomando o copo de whisky e quebrando a cabeça para lembrar de onde a conhecia.

Ele não tinha mais dúvidas, a forma que ela o olhou e a sua atitude provava que ele estava certo. Ela também o conhecia, só que diferente dele, ela sabia de onde e ele não.

Brian sempre teve uma vida mundana, sempre gostou de farras e mulheres. No entanto, depois que seu pai morreu e ele foi obrigado a assumir a empresa. Mudou completamente, não que agora ele fosse um santo, não é isso.

Só que agora, ele é um homem mais reservado. Sempre tem mulheres à sua disposição para satisfazer seus desejos de homem, mas não é tão libertino como costumava ser.

A cada gole que ele dava, tentava buscar em sua mente, de onde ele a conhecia. Mas, foi tudo em vão. A única certeza que ele tinha era que precisava ver aquele mulher de novo.

No dia seguinte...

Brian acordou cedo e foi diretamente para a empresa, ele teve uma péssima noite de sono, não conseguiu mais dormir. Depois de acordar de um sonho com aquele mulher misteriosa que vinha assombrando os seus pensamentos desde de ontem.

Ele sonho que estava chovendo, e aquela mulher estava sozinha na chuva e chorava muito. Ele queria se aproximar dela, mas seus pés estavam pesados demais. Ele só conseguia vê-la, mas não podia se aproximar e consola- lá. Ele acordou com o coração apertado.

Mark bateu na porta da sua sala e ele disse que ele podia entrar.

- Mark, quero que você marque uma reunião, na verdade não. Quero um almoço com aquela mulher da empresa Brown Advocacia, fale para eles que quero discutir mais sobre a nossa colaboração futura.

- Senhor, então você já decidiu a empresa vencedora?

- Não, ainda não. Mas, me interessei pela proposta deles e quero saber mais. Antes de tomar uma decisão.

- Tudo bem, irei providenciar isso agora. Mas, alguma coisa.

- No momento não.

Mark pediu licença e saiu da Sala. Mark ligou para a Brown Advocacia e relatou o que seu chefe disse.

A secretária da empresa, ficou de ligar e confirmar o almoço, assim que fosse passado para os seus superiores. Mark agradeceu e desligou a ligação.

Quando Emma chegou ao escritório, Magno estava sentado em sua sala esperando por ela.

- Ei, bom dia. Estrelinha da sorte.

- Bom dia, Mark.

- Qual foi agora do apelido? Ela disse revirando os olhos, Emma conhece Magno muito bem.

- Então, o secretário da Bunks ligou, dizendo que seu chefe quer marcar um almoço para falar da colaboração. Acho que você fez um bom trabalho na apresentação.

Emma, não estava feliz. Ela não sabia se seria uma boa opção trabalhar para aquela empresa, afinal o pai dos seus filhos também trabalhava lá.

- Então, Mark, eu estava pensando se você não podia designar outra pessoa para este trabalho.

- Não, claro que não. Você é a pessoa ideal para isso. Você se saiu tão bem, que agora eles que estão vindo atrás de nós.

- Eu realmente não quero continuar. Eu nunca neguei trabalho antes, sempre fiz o que me mandou. Dessa vez, eu posso recuar?

- O que está acontecendo Emma? Essa não é você, aconteceu alguma coisa?

- Não, não aconteceu nada. Só não quero continuar com esse trabalho. Você pode me liberar, por favor?

- Tudo bem, como é uma colaboração muito importante. Eu mesmo irei no seu lugar, tudo bem assim?

- Sim, está ótimo. Obrigada por me entender.

Brian chegou ao restaurante marcado, mais cedo do que o combinado. Ele estava ansiosa para vê-la novamente. No entanto, para a sua surpresa, quem apareceu foi um homem e não ela. Ele estava furioso, seu humor estava péssimo.

Magno chegou ao restaurante e encontrou Brian, que parecia ser frio como um gelo. Magno não ligou muito, estava acostumado a lidar com todos os tipos de pessoas. Ele era um dos advogados dos bons, ele não era facilmente intimidado por cara feia.

- Boa tarde, senhor Brian Bunks. Meu nome é Magno Pontes. Sou o Diretor Geral da Brown Advocacia, como essa é uma colaboração muito importante para a nossa empresa, resolvi vir pessoalmente.

- Boa tarde! Onde está aquela mulher que apresentou a proposta ontem?

Magno estava sem palavras, Brian era muito direto. Magno desconfiava que tinha acontecido algo entre Brian e Emma.

- Ela foi designada para outra tarefa e agora eu serei o responsável pela nossa colaboração. Assim, como eu te disse antes.

- Só vai existir uma possível colaboração se ela for a responsável.

Magno engoliu seco. Ele não sabia o que dizer, mas esse era um cliente muito importante e ele não poderia se dar ao luxo de recusar.

- Tudo bem, verei o que posso fazer.

O almoço terminou de forma silenciosa, Brian tinha perdido totalmente o seu apetite. Só que ele teve uma ideia. Ele não era uma pessoa tão simples de lidar. Se fosse não teria triplicado a fortuna da sua família em apenas três anos.

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