...Bella Holf 27 Anos...
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Quem vê o meu sorriso e a maneira leve que eu levo a vida nem imagina.
E como poderiam?
Aprendi sobre resiliência na pele. Vivendo processos de perdas e lutos, decepções e frustrações.
Bom... Não conheci minha mãe. Ela morreu durante o parto, e a figura materna que eu tive foi a Diná. Que me criou desde que cheguei em casa, com um pai que não sabia o que fazer com uma recém nascida, e que sequer conseguia olhar direito para quem havia destruido a familia.
Apesar das aparências, meu pai inconsientemente me culpava pela perca da minha mãe. Ao longo da vida o vi passar pelo vicio do cigarro e da bebida, certa vez ele chegou bêbado em casa, e jogou um cinzeiro contra mim, afirmando que eu era a culpada de tudo.
Meu pai perdeu tudo que nossa familia tinha no vício de jogo. Éramos pessoas estruturadas financeiramente. Cresci com certos privilégios, porque de fato todo excesso esconde uma falta. Já que ele não podia me dar afeto, cobria isso com o que o dinheiro proporcionava: estudei em boas escolas, e tinha um fututo promissor.
Mas a algum tempo meu pai vinha mantendo apenas as aparências. Logo as coisas se tornaram um caos. Funcionários que não recebiam, a empresa da familia declarando falência, processos e hipotecas chegando a nossa porta.
Tudo ficou insustentável. Quando completei dezoito anos ele me expulsou de casa. Diná abriu as portas da casa dela para mim.
Eu trabalhava o dia todo e fazia faculdade a noite.
Meu pai disse: "Você já nasceu fazendo tudo errado. Nada vai dar certo na sua vida". Mas o que mais doeu foi "Deveria ter sido você". Foi cruel. Doloroso.
Trabalhei muito. Me esforcei. Diná foi a força motriz que me impulsionou a não deixar as palavras de um velho amargurado me paralisarem.
Ela uma mulher simples, que me criou como filha, muita das vezes terceirizando os cuidados dos próprios filhos e que não pensou duas vezes em me estender a mão, me fez entender que a podemos sair das dificuldades mais fortes.
E foi isso que eu fiz. Me dediquei, fui atrás dos meus sonhos. Comecei como assistente em um escritório de contabilidade. Fui crescendo até chegar ao nível de abrir o meu próprio escritório aos vinte e cinco anos. Que cresceu. Cresceu muito.
Pude retribuir parte do que Diná fez por mim, seus filhos estudavam e estagiavam no meu escritório.
Quando tudo estava se encaixando a vida tirou Diná de mim, minha referência materna, a única pessoa que eu tinha no mundo.
Dois anos depois eu resolvi abrir uma filial do meu escritório em NY. Aonde eu também terminaria a pós em ciências contábeis. Deixei Lauri e Oliver cuidando do escritório em New Jersey e sai em busca de novas aventuras.
Aluguei um apartamento. E descobri que minhas coisas só chegariam um dia depois. Fui direto para a faculdade. Estava atrasada.
Acabei esbarrando em alguém por acidente.
E quando disse estar atrasada, o arrogante olhou para mim e disse : Certamente. Artes Cênicas é do outro lado do campus.
Ele havia deduzido isso pela minha aparência. Me julgou em alguns segundos.
E depois que finalmente cheguei na sala, quem entra? Sim... Aquele que sabe o que você faz com apenas um olhar. Sinistro!
Ele revirou os olhos, e do nada se mudou de lugar. Tão receptivo!
Ainda bem que só precisarei suportar esse poço de arrogância aqui.
Quando a aula termina eu decido ir jantar. E depois sigo para o meu apartamento novo. Era lindo. E era a prova de que eu daria certo sim. Eu faria dar certo.
No dia seguinte a campainha tocou cedo. Deixaram minhas coisas no corredor. Não acredito!
Comecei a levar pouco a pouco as coisas para dentro. Levaria dias para organizar tudo.
Quando ouço algo se quebrar seguido de um longo "Merda"
Olhei para fora e vi que meu vizinho era meu arquinimigo da faculdade.
Diná disse que eu tenho um senso de humor duvidavel.
Quando disse para ele que ele havia quebrado a urna do meu pai, a expressão dele congelou. E eu simplesmente tive uma crise de riso. Ele estava apavorado! Eu no entanto estava amando ver o desespero dele.
Sorria senhor certinho, a vida fica mais leve. - Eu disse.
Ele me deu um sermão, e saiu irritado.
Eu passei parte do dia trazendo as coisas para dentro. E foi tudo o que eu fiz. Já estava atrasada para uma visita com um corretor para ver o espaço do novo escritório.
Me arrumo rapidamente e saio. Era sexta feira. Hoje não teria aula.
Eu sei... Não deveria procrastinar a arrumação do apartamento, por que certamente eu vou ficar enrolando e essas coisas vão ficar fazendo aniversário nas caixas. Mas uma sexta rm NY? Como negar?!
Depois de resolver tudo que precisava vou para casa, tropeçando nas caixas, e abrindo tudo para encontrar algo para vestir, consegui deixar tudo ainda mais bagunçado. Mas sem neura... Amanhã é outro dia.
Me arrumo rapidinho e vou jantar fora. Quem sabe depois uma balada? Nunca se sabe o que pode acontecer. E a graça é essa. Não ter muito controle sobre nada e estar aberto as possibilidades. A vida tem seu próprio curso. E a graça é essa.
Deixo o carro e vou de táxi até um restaurante que vi mais cedo. E depois de jantar e olhar no relógio, vejo que ainda dava tempo para alguma diversão na pista de dança.
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Atualizado até capítulo 59
Comments
morena
🥺🥺
2024-09-02
0
morena
realmente, muito bela 😍
2024-09-02
0
FBJ💞
os opostos se atraem
2024-08-12
2