Capitulo 4

Tudo parece um sonho para Maite que ao acordar não vê Muriel deitado a seu lado.

"Bem, deve ter sido tudo um sonho, olha para o berço, não vê seu filho, Angel e se desespera, se levanta correndo e procura incansavelmente o bebe pela casa, não encontra Ester e deduz que ela já saiu para trabalhar, sem ter ideia de onde está o seu bebe ela se senta no sofá e começa a chorar.

"Me levaram o meu bem mais precioso enquanto eu dormia"

Até que escuta dois risos vindos do quintal, ela vai até lá e vê Muriel brincando com o filho e o menininho parece estar feliz, ela para em frente a porta até que Muriel percebe a presença dela.

_Desculpa depois que sua irmã saiu para o trabalho, Ariel acordou, eu tomei a minha forma verdadeira e quiz brincar um pouco com ele para que você pudesse descansar, eu tenho observado muito os humanos e vejo que as mulheres que são mães quase não descansam.

_Você me assustou, achei que alguém tinha roubado o meu filho e Lisboa é enorme, talvez eu nunca encontrasse ele.

_Vejo que você chorou, desculpa se te assustei.

_Vem Muriel entre, eu não sei se anjos se alimentam, mas o Ariel precisa mamar.

Muriel pega o filho e que em seu colo está em grande alegria, e Maite tem medo do bebê se afeiçoar ao pai e este querer o levar para longe dela, mas vendo aqueles olhos azuis olhando bem fundo nos dela ela descarta essa possibilidade, pois enxerga a bondade e o amor no coração dele. E quando Muriel se aproxima dela, ela sente seu coração aquecer e seu corpo arrepiar, quando ele lhe puxa para um beijo.

Maite

Maite

Sonho com o dia em que fui possuída pelo homem misterioso, o sonho parece ser real, eu não consigo, fugir e nem deixar de olhar aqueles olhos de impacto, ele me ajuda a levantar, diz que não irá me fazer mal e me envolve em um beijo envolvente e cheio de luz, eu não consigo escapar dele e nem quero escapar, ele me envolveu e não quero ficar longe dele, e em uma mudança de cenário me vejo nua em seus braços e ele me invadindo o corpo com toda aquela luz, se houvesse alguém ali naquela praia, com certeza enxergaria somente a luz e não dois corpos ali, ele me beija e me aquece a alma e eu não tenho medo por ser a primeira vez, pois estou muito envolvida pela luz e pelos beijos cheio de ternura dele e acho que se estivéssemos de olhos abertos eu conseguiria ver a alma dele. Quando ele se coloca em cima de mim eu sinto um pouco de receio de doer, mais meu receio logo se afasta quando ele se achega ao meu busto e passa a acariciá-lo com beijos, subindo para o meu pescoço e retornando para a minha boca, sinto ele entrar de mim, e sinto apenas um incômodo e não dor, ele se movimenta e me beija inteira, e eu não me importo de me entregar para aquele homem de luz naquela praia deserta, um homem misterioso que se achegou a mim e não pensou duas vezes em me seduzir, faço amor com um homem desconhecido que não sei o nome, porém está sendo muito especial, de repente uma brisa e um clarão, estou vestida e não vejo mais aquele homem, acordo do sonho olho na cama e o gato branco não está deitado nela, volto meu olhar para o berço e não vejo o Ariel, me levanto e saio a procurar por toda a casa e não vejo Ariel e nem o gato, Ester já havia saído para trabalhar, desesperada começo a chorar: roubaram meu filho, escuto gritos e risadas de felicidades vindos do quinta, vou até lá e os dois estão lá Muriel o anjo e Ariel o meu filho, brincando. Observo a brincadeira por um tempo e percebo o quanto o meu filho está feliz e introrsado com seu pai, tenho receio de Muriel querer levar o meu filho para longe de mim, e esse receio passa quando ele caminha até mim com Ariel nos braços e me puxa para um beijo cheio de ternura.

Muriel

Amanhece estou deitado na forma de gato, na cama de Maite e como gato observo ela dormir, está muito linda, eu sinto um arrepio na espinha ao olhar a sua respiração, seu peito sobe e desce, desce e sobe. Vejo a irmã dela entrar no quarto e dar um beijo em Ariel e em Maite, ela pede desculpas e sai, as duas brigaram ontem e acho que Ester se sentiu mal por tudo, eu entendo, o pouco que observo os humanos, alguns se sentem culpados, e pedem desculpas, outros em uma briga podem se matar, mas aqui na casa da Maite esse não foi o caso, embora eu ache Ester superprotetora demais, me certifico que ela já saiu para tomar a minha forma verdadeira e foi aí que percebi que Ariel meu filho está acordado, eu o pego no colo, para deixar a Maite descansar, pois pelo que eu vejo sendo anjo as mulheres a partir do momento, que se tornam mães, não tem descanso pelo menos nos seis primeiros meses. Levo Ariel para o quintal, o dia está lindo e brinco com ele para a Maite descansar, eu tento entender que efeito essa jovem tem sobre mim, que mesmo depois de quase um ano, eu quiz vê-la novamente, para decidir se vou cair na terra ou não, eu perderei a minha graça, e serei um humano comum. Meus irmãos não sabem que fiz isso, no total somos seis anjos, somos os guardiões do mundo humano, e eu infringi uma regra importante. Não se envolver com um humano. Eu sou o mais jovem dos irmãos. O mais velho Azaquiel é o nosso líder, às vezes ele exagera em seus julgamentos, e é esse que me preocupa, quanto aos outros quatro: Azazel, Rafael, Uriel e Gabriel, eu não me preocupo tanto, pois eles também acham que muitas vezes Azaquiel passa um pouco dos limites em suas palavras. Como eu disse, eu infringi as regras, mas não resisti, eu observo a Maite desde que ela entrou na adolescência e me encantei com ela, eu poderia cair e aí já resolvia o problema, porém eu quero conquistá-la antes, por isso eu desci a praia aquela vez, só não esperava que fossemos tão longe, e acabamos fazendo amor, e agora quando eu desço a praia novamente descubro que essa noite gerou um fruto e eu tenho que proteger os dois, pois se Azaquiel descobrir a existência do meu filho ele vão querer matá-lo, pois os Nifelin tem uma graça própria e Azaquiel não vai permitir que ninguém desequilibre o seu legado de guardião.

Penso em todas essas possibilidades enquanto brinco com Ariel que é um bebê muito lindo que encanta com seus olhos um de cada cor, o verde de Maite, e o Azul do meu, ele não nega que somos seus pais.

Enquanto eu brinco com Ariel, eu não pensei que Maite poderia acordar e ficar em desespero por não ter encontrado seu filho no berço e sair pela casa a sua procura.

Quando senti a presença dela eu explico qual foi a minha intenção, me levanto, me aproximo dela e me sinto hipnotizado por aqueles olhos, caminho até ela e a puxo para um beijo.

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