Capitulo 18

Maitê

Estou tendo um lindo sonho com um paraíso de onde Muriel vem me ver todos os dias acompanha o crescimento de nosso filho, estamos muito felizes, um lugar com o aroma de perfume carmesim, o mesmo que a minha mãe costumava usar, neste sonho eu estou num lindo quarto em uma cama confortável e macia, Ariel não está dormindo no berço e sim ao meu lado, mas engana-se que não tem um berço no quarto, tem é um berço de mogno muito bonito com um belo colchão e jogo de cama macio e confortável.

Eu vejo no sonho a graça de Ariel brilhar com mais intensidade, ele está acordado e sorri para mim, como amo aqueles olhos, um verde e um azul, uma condição incomum mais linda, que encanta há todos que o veem.

Escuto o cantar dos pássaros, um canto alto, lindo e de alegria, o cantar dos pássaros está cada vez mais intenso e eu escuto meu filhinho, resmungar e eu acordo.

Noto que meu filho está deitado na cama a meu lado.

_Como pode ser, eu o coloquei no berço para ele dormir.

_Como você veio parar aqui na cama, Ariel? Esta já conseguindo abrir as suas pequenas asas de anjo?

O canto dos pássaros está cada vez mais intenso e quando vou me levantar para abrir a janela, noto que já não estou em meu quarto, estou no lindo quarto de meus sonhos, não é possível, acho que ainda estou sonhando. Incrédula, vou até a janela e a abro para olhar a rua de lisboa e sentir o cheiro da água do mar, quando olho não vejo as ruas de lisboa e sim um lindo jardim aonde as borboletas sobrevoam as flores que emanam sua maravilhosa fragrância.

_Não é um sonho, afinal, mas onde estou, é não estou com medo, e sim calma, estou me sentindo feliz e muito feliz.

_Provavelmente Cassiel me trouxe para cá para me proteger e eu assim que ele vier me ver vou agradecer.

Lembro que é hora de cuidar de Ariel, pego ele em meus braços e checo o, guarda-roupas e que lindas roupas, tem para mim e para o meu filhinho Ariel. Sorrio Cassiel, esse arcanjo pensou em tudo até nas fraldas. Dou banho em meu filho e alimento ele, o lugar em que estamos é tão lindo que eu não sinto falta de Lisboa e nem do mar que eu tanto amo.

Saio com Ariel para fora da casa e vejo um verdadeiro paraíso, sem poluição dos carros, não há barulhos de Buzinas e nem de gente falando na rua, eu só escuto os cantos dos pássaros, e vejo os animais andando em paz, vejo coelhos passeado pelo local e mais a frente tem uma macieira e um lido rio de água límpida.

Me sento embaixo da macieira com Ariel em meu colo e molho meus pés no rio e sinto os peixes passarem por baixo deles, me levanto, colho uma maçã e me sento, provo da maçã que saborosa ela é.

Volto por meus pés naquele rio e sinto alguém tocar meu ombro e Ariel emana a sua graça, e dá gritinhos de satisfação, penso ser Cassiel, quando me volto para trás vejo outro anjo.

Zadkiel

_Não tenha medo Maite, eu sou o arcanjo que junto de Cassiel te resgatou, eu sou o arcanjo da Chama violeta, da piedade e da benevolência.

_Obrigada, mas porque me resgataram.

_Para te proteger da maldade de um ser desprezível que quer te fazer mal.

_eu só consigo pensar no namorado de minha irmã, o Rômulo, ele queria que eu fizesse meu filho gostar dele.

_Não pense mais nisso, Maite, aqui quem cuida desse paraíso sou eu e eu quem vou cuidar de sua segurança de agora em diante.

Ela está bem e eu não sinto medo e nem apreensão emanar dela, só vejo a sua graça de anjo, os nefilins tem graça própria e são muito poderosas, são até capazes de curar feridas se assim desejarem.

_Zadkiel, Muriel Sabe que eu estou aqui?

Sorrio para ela, e penso se Cassiel já contou para o anjo que sua amada e filho estão seguros.

_Eu quero fazer surpresa, só não sei se Cassiel contou para ele. Quando vocês acertaram se ver?

_Na quinta-feira em minha casa em Lisboa.

_Pode ser que Cassiel queira deixar a surpresa para quinta-feira.

Sorrio, Maite é uma jovem muito iluminada e de coração puro, sua graça me diz.

_Há Zadkiel, quero muito vê-lo, tem como?

Sorrio novamente para ela, é uma jovem nefilins inocentes que não tem noção da maldade que existe nesse mundo.

_Eu posso tentar falar com o Cassiel, mas eu não garanto minha querida, sua segurança e mais importante.

Vejo espanto no olhar dela que abraça o filho e se levanta.

_Aqui não estou segura Zadkiel?

Não aguento, a menina tem a alma e a graça tão puras e intensas que eu não resisto e dou risadas.

_Ei do que está rindo Zadkiel.

Ela começa a rir também e eu explico:

_Está, sim, segura meu bem, não se preocupe, esse lugar aqui está sob minha proteção.

_você me assustou, eu já ia sair correndo com meu filho no colo e me trancar em casa.

Me admira a pureza de Maite, ela e Muriel são dois anjos de graça pura.

E o bebê Ariel que lindo bebe com aqueles olhinhos um de cada cor, um verde que puxou de Maite e um azul que puxou de Muriel.

Digo a ela para esperar que irei atrás de Cassiel, Muriel merece saber que sua noiva está a salvo.

Me volto de costas e ela me chama:

_Zadkiel.

_Sim, Maite.

_Obrigada por me ajudar e se preocupar comigo.

_ Não precisa agradecer, você é filha de anjos que foram meus amigos Clara e Haiaiel.

_Mas meus pais eram nefilins.

_Meu Bem, nefilins não deixam de ser anjos, e se bobear são, mas poderosos que os próprios anjos.

_Agora tenho que ir Maite, fique a vontade nesse paraíso.

Me afasto e noto que ela se levanta com o pequeno no colo e colhe, mas uma maçã.

A Inocência de Maite chega a ser bonita de se ver, assim como a inocência e pureza de Muriel que acredita que a humanidade pode evoluir e ser um lugar melhor para as pessoas viverem.

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