Capitulo 19

Ester

Esse já é meu segundo dia na casa de Rômulo, eu estou feliz, a casa parece um castelo de conto de fadas e ele é super carinhoso comigo. Sinto um pouco de saudades de Maite, afinal eu a criei, para agradecer aos pais dela por terem me adotado e me criado.

Sinto falta do Ariel, não posso negar que aqueles olhinhos um de cada cor me cativou, mas pelo fato de ser um bebê eu mês sinto um pouco estranha em relação há ele, se eu voltar no tempo é a mesma sensação que tive quando minha irmã Maite nasceu. Como eu disse, ela era um bebê lindo e muito sorridente e meus pais sempre me ensinaram que eu deveria protegê-la com a vida se fosse necessário. Quando ela me contou que um ser de luz havia se aproximado dela, eu achei que a melhor maneira de proteger a sua honra era inventar aquela mentira sobre o namorado enganador, afinal não era a história verídica dos três pastorinhos e ninguém ia acreditar nela se ela saísse contando por aí que se envolveu com um ser de luz. Talvez eu tenha errado com ela, talvez se eu tivesse levado os dois para longe Maite teria um pouco de paz, me engano, Maite sempre teve paz, eu sou quem nunca encontrei a paz verdadeira que ela têm.

Encontrei o Rômulo, minha antiga paixão de faculdade e esse me pediu em namoro e eu encontrei nele a forma de ser feliz, já que perdi parte de minha vida cuidando de Maite até ela completar dezoito anos. Agora vamos nos casar e eu estou verdadeiramente feliz, mas ainda sim eu preciso descobrir quem eu sou, na verdade, só assim eu serei feliz realmente e encontrarei a minha paz. Não duvido que Maitê encontrou o ser de Luz, afinal meus pais eram Nefilins, um tipo de anjo, mas estando com Rômulo ele me fez perceber que Maite mesmo com um ser de luz, não deveria ter se entregue dessa forma sem ao menos saber o nome, e depois ficar indo até a praia na esperança de encontrá-lo de novo.

Antes de vir passar a semana com Rômulo eu a ofendi e magoei o seu coração, porém antes de vir eu pedi desculpas e ela me pediu que eu não viesse.

Eu tenho o direito de ser feliz e Rômulo está preparando o contrato de casamento para nós unirmos no fim de semana, e no início da semana eu busco as minhas coisas e me despeço daquela que passei a vida chamando de minha irmã, afinal ela é minha irmã e do pequeno Ariel que é meu sobrinho. E eu espero que ela me perdoe por eu agir tão mal com ela nos últimos dias. Me despedindo dela, talvez eu descubra quem sou eu na realidade. E espero que o Rômulo me ajude a descobrir, pois essa incerteza está me deixando insegura.

Ele entra no quarto e eu havia acabado de acordar;

_Bom dia, amor, como dormiu essa noite?

_Bem, Rômulo, obrigada o, seu castelo é muito aconchegante.

Ele me diz que o contrato de casamento está pronto e eu pulo em seu pescoço e o beijo.

Começo a me arrumar para ir decorar os interiores das casas de Lisboa.

_Amor, hoje eu te levo e te pego no trabalho, tudo bem para você?

_Sim, meu amor para mim está tudo bem, combinado.

Terminei, de me arrumar e Rômulo me deixou no trabalho, talvez eu passe na casa de meus pais para dar uma olhada em Maite.

Rômulo (Abaddom)

Confesso que sinto que Ester está triste e acredito que 'por não saber quem ela é, eu vou ajudá-la a descobrir, sei que tenho a missão de Azaquiel para cumprir, mas sinceramente não to afim não, já'fiz um terror com a Maite e para mim foi o suficiente, para falar a verdade eu já estou cansado dessa guerra entre Anjos e demônios eu quero viver em paz, eu até o menino ia sequestrar, mas pensei melhor e essa é uma maldade muito grande até para mim que sou conhecido como o destruidor. Vou deixar que Azaquiel resolva suas próprias pendências, bem ou mal, eu não sou um demônio, sou muito diferente disso, sou um anjo que caiu, e fui expulso como tantos outros, mas isso foi há muito tempo, eu vou me casar com Ester e ir embora com ela para longe, quero tranquilidade, não vou mexer com ninguém e não vou querer que ninguém mexa comigo. Maite, eu vou deixá-la em paz, depois que senti a graça daquela criança, eu percebi que ela é poderosa de mais, e percebi que se Azaquiel for tentar algo contra esse bebê ele vai sucumbir e cair, e eu quero estar longe de tudo isso. Se me arrependo de ter tido aquelas palavras duras para Maitê, eu posso dizer que sim, eu estou arrependido, pois fui levado pela ordem de um guardião de ordem inferior à minha. Se eu pudesse pedir perdão, mas não é feitio do destruidor, vou fazer Ester descobrir quem ela é de verdade, para que ela não viva com mentiras, mas vou convencê-la a irmos embora para bem longe e deixar está guerra que céu e terra estão querendo criar. E afirmo a partir de agora eu deixo de ser Abaddom para ser apenas Rômulo, um homem comum. Penso em tudo isso enquanto levo a Ester ao local de trabalho, assim que eu me casar com ela, e mostrar quem ela é de verdade, eu vou abdicar de minha graça e esconder em um lugar que só eu saberei, ou não, pois depois que eu abdicar eu não me lembrarei desse passado de anjo e nem de anjo caído serei apenas um homem comum, serei a penas Rômulo e na velhice morrerei como homem. E eu estou decidido, é isso mesmo que eu quero.

_Chegamos amor, mais tarde eu venho te buscar.

_até logo Rômulo te espero.

Sigo para a casa de Maitê inclinado a pedir perdão.

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