Sonho

Leonor: Onde estou?

Eu estava em uma floresta, mas não era qualquer floresta. Só de pisar ali, dava para sentir a magia invadindo até os meus ossos. Aquele lugar, assim como a base dos gnomos, emanava uma áurea sagrada. Era noite, mas estranhamente tudo estava iluminado, as flores, folhas e até o chão brilhavam, mas não eram eles que faziam aquele lugar ser tão claro, mas sim uma árvore que estava no meio da floresta. Ela era branca e emanava uma luz tão forte que fazia a noite parecer dia, eu tive a impressão de que mesmo as flores e folhas tomavam daquela luz para terem luz própria.

"Venha querida", olhei para os lados, mas não vi ninguém.

Leonor: Quem está falando?

"Já nos encontramos antes", disse a voz forte como um trovão. Me lembrei da voz que havia escutado na base.

Leonor: Foi você que me trouxe para cá?

"Isso mesmo. Chegue mais perto criança", ouvi a voz vindo da árvore.

Leonor: Você por acaso... é Nir?

"Isso mesmo criança", disse a voz, que apesar de forte também era mansa e terna. "Finalmente nos encontramos minha filha".

Eu sentia, por alguma razão, vontade de chorar. Aquela voz tão terna, parecia se derramar no meu coração e penetrar no mais profundo do meu ser.

Leonor: Eu não entendo...Eu não te conheço, então por que você parece me amar? Por que me chama de filha, se não compartilhamos o mesmo sangue e nem a mesma natureza?

"Você não me conhecia, mas eu sempre te conheci e sondei. Voce foi gerada no meu coração, eu desejei você, isso te torna minha filha.".

Leonor: Sou mesmo a filha da profecia? Se sim, por que eu? Sou só uma garota mal amada, como poderia salvar esse povo?

"Sim, você é a filha da profecia, porque eu te escolhi para ser. Isso não é mérito seu, mas meu, então não se preocupe com o ser ou não capaz, porque eu te tornarei capaz."

Leonor: Então, o que eu faço?

"Você e seus amigos irão para a gruta dos desejos"

Leonor: Mas a gruta é fora da rota para a capital.- disse me lembrando do mapa do Valen.

"Esquece a capital, ainda não é a hora de vocês irem para lá. Vocês encontraram o que estão procurando na gruta dos desejos. Agora vá criança, seus amigos precisam de você".

Leonor: Mas você...

Antes que eu pudesse terminar a frase, eu acordei. O livro que estava no criado mudo entre minha cama e a de Valen, estava brilhando.

"Não foi um sonho", pensei comigo.

De repente ouço gritos vindos de fora.

Leonor: Valen! Acorda! - Comecei a chacoalhar ele.

Valen: Que foi? - Sua voz sonolenta e rouca soava meio estressada por eu tê-lo acordado no meio da noite.

Leonor: Escuta esses gritos.

Valen: Nos acharam! - Disse se levantando e calçando suas botas.

Acordei Íris, que dormia feito uma princesa do meu lado.

Leonor: Quem nos achou Valen?

Valen: Acha mesmo que aquele troll que sobreviveu não iria contar nada pra sua mestre? E acha que a mestre dele sabendo que uma conjuradora da luz apareceu, iria ficar sentada sem fazer nada? É óbvio que ela mobilizou um exército para te achar Leonor.

Íris: Que foi gente?

Leonor: Precisamos nos arrumar Íris, as criaturas das trevas nós acharam.

Valen: Estejam prontas para o combate.- falou olhando pela janela, era possível ver alguns trolls rindo feito hienas.

Íris: É impossível vencermos eles, somos três, eles devem ser pelo menos vinte.

Valen: Precisamos tentar... não posso deixar essas pessoas se prejudicarem por nossa causa, a culpa foi minha...- Tava para ver o quanto ele estava preocupado.- Devíamos ter ido para uma aldeia mais afastada.

Leonor: Eles iriam nos perseguir de qualquer jeito Valen. E você não havia falado para nós no caminho para cá que escolheu aqui por ser mais seguro? Vai ficar tudo bem, só precisamos fazer nossa parte.

Valen havia me explicado enquanto estamos vindo para a aldeia, que aquela era uma aldeia de elfos, e que os elfos são criaturas muito poderosas, que possuem ótimos arqueiros, espadachins e curandeiros, entre outros talentos entre eles. Por isso estávamos indo para aquela aldeia em específico, porque lá era mais seguro do que as outras.

Valen: Tem razão, não é hora para se arrepender, precisamos ir ajudar eles.

Íris: Vocês são loucos!

Havia vários elfos de diferentes idades com espadas e armaduras, arcos e flechas, entre outros ítens de combate. Ainda assim, pareciam em desvantagem em relação ao exército das trevas, que contavam com horrendos gigantes, trolls, duendes, ogros...Foi então que percebi.

Leonor: Valen!

Valen: Oi?

Leonor: Não há sinal de bruxas e nem de devoradores ainda... Não é estranho?

Íris: Talvez ainda não tenham chegado.

Valen: Isso é ruim. Se as bruxas não vieram ainda, talvez há mais soldados do lado de lá para chegarem...e se forem devoradores, a coisa fica pior ainda.

Leonor: Irei para o começo da vila! - Sai correndo.

Íris: É perigoso Leonor! - Gritou.

Leonor: Posso evitar que os devoradores consigam invadir a aldeia.- Gritei de volta.

Dei uma olhada para trás, Valen ia vim atrás de mim, mas teve que parar para ajudar um grupo de elfos que lutava com um gigante que estava destruindo metade das casas ali.

"Não se preocupe com o ser ou não capaz, porque eu te tornarei capaz", lembrei das palavras de Nir. Eu estava com medo, mas não queria fugir. Depois daquele "sonho", sinto que sou capaz de fazer tudo.

Continua...

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